Saber escolher
Texto publicado originalmente neste blogue em Dezembro de 2007
«Recuemos, e será maior o perigo, avancemos, e será maior o esforço» (Séneca)
Perguntamo-nos
“nós”, que nunca fizemos parte de nenhuma claque de futebol, que nunca
os nossos pais nos incutiram ódio para com ninguém de outra raça ou
outra religião (excluindo as anedotas normais dos “samoras”, a sovinice
dos eleitos, e a ciganice parasita…!), que desde miúdos nos acostumamos a
ver ano sim ano não um filme sobre o holocausto judeu, que desde a
entrada na escola vimos a História contada pelos ditames estatais, quer
antes do 25 de Abril, quer depois da dita data, até ao actual
politicamente correctês – perguntamo-nos como viemos “aqui” parar?
Reforçando a ideia: desde tenra idade “aprendemos” quem eram os bons e quem eram os maus. Onde estavam os coitados dos perseguidos e quem eram os seus diabólicos perseguidores. De quem fugisse deste padrão educacional podia-se dizer muita coisa, mas não estava certamente enquadrado nas pessoas de bem, e se tinha ideologias e personagens diabólicas como ídolos, das duas uma, ou era nitidamente mau carácter ou mais um adolescente com crises próprias da idade…
Frisamos que estamos a falar da generalidade educacional das últimas gerações e não de casos esporádicos que culturalmente através de educação familiar, ou de amigos próximos, tiveram um contacto diferenciado com a História.
Dito isto, e sabendo que muita gente obrigatoriamente influenciada pelo establishment andou da esquerda para a direita, e da direita para a esquerda à procura de… um mal menor, que tem vindo a descobrir empiricamente com o tempo, à sua custa e da pior maneira, e portanto parou para pensar, reflectir, ou simplesmente num – basta, já chega – procurou e procura alternativas.
As alternativas que muita boa gente encontra, como num último balão de oxigénio, são-lhes enganosamente fornecidas, ainda, pelo establishment democrático em forma de Blocos de Esquerda, pretensamente anti-sistema, mas do qual, tão bem sabemos, eles também fazem parte. Perguntamo-nos se dita gente alguma vez poderia fazer parte das nossas fileiras ou se em última analise diríamos – está-lhes no sangue, são vermelhos, ou de outros – anarcas por natureza!
No entanto sabemos que, mesmo que por raras excepções, não é assim, e que por diversas formas eles chegam até “nós”, talvez por descobrirem quem realmente o Sistema persegue e encarcera, por delitos de opinião, nesta Europa (livre e democrática!).
Devemos no entanto estar cientes de uma coisa, somos nós, como já anteriormente referimos, “os maus da fita” pois é essa a imagem que os me(r)dia e restante escumalha passa de gente que pensa e age de modo diferente, e por conseguinte, com este nosso negro rótulo, quem de nós se pretende aproximar, alguma coisa de mau terá!… Como alguém dizia: Se não é tarado, alguma tara lhe iremos encontrar mais tarde!…
Quando os me(r)dia & associados diariamente fazem a lavagem cerebral dizendo o quão maus e perigosos “somos”, digamos que é de ter cuidado com quem nos procura, não acham?
Temos estado a abordar este tema referindo-nos a “nós” com aspas, precisamente para relembrar que nestas aspas cabe uma amálgama, raramente coesa, de gente, grupos e partidos, que os nossos inimigos chamam vulgarmente de “extrema-direita”, extrema esta mil vezes pior que qualquer extrema-esquerda que como bem sabemos é aceite e acarinhada pele sistema («les enfants terribles»).
Ao contrário dos democráticos e seus queridos extremistas de esquerda que brincalhonamente se picardiam, dando ares de oposições sérias com salutares alternativas, a “nossa gente”, por vezes muito douta, faz teses e escreve artigos sobre as “várias extremas-direitas” e sua forma de actuação ou inacção. Uns são acusados de violência gratuita e outros de se virarem demasiado para si mesmos e preferirem uma espécie de – como é mesmo? – contemplação baseados num qualquer orientalismo!…
Achamos por bem balizar estes dois posicionamentos para tentarmos perceber o que anda pelo meio destes dois postes da chamada extrema-direita, os da pancadaria gratuita e os “monges orientais” a olhar o vazio!
Pois bem, como podem observar, parece “termos” de tudo, agora meus caros é só uma questão de marketing, e olhem que para além dos da pancada e dos monges a “fauna” é imensa.
Reforçando a ideia: desde tenra idade “aprendemos” quem eram os bons e quem eram os maus. Onde estavam os coitados dos perseguidos e quem eram os seus diabólicos perseguidores. De quem fugisse deste padrão educacional podia-se dizer muita coisa, mas não estava certamente enquadrado nas pessoas de bem, e se tinha ideologias e personagens diabólicas como ídolos, das duas uma, ou era nitidamente mau carácter ou mais um adolescente com crises próprias da idade…
Frisamos que estamos a falar da generalidade educacional das últimas gerações e não de casos esporádicos que culturalmente através de educação familiar, ou de amigos próximos, tiveram um contacto diferenciado com a História.
Dito isto, e sabendo que muita gente obrigatoriamente influenciada pelo establishment andou da esquerda para a direita, e da direita para a esquerda à procura de… um mal menor, que tem vindo a descobrir empiricamente com o tempo, à sua custa e da pior maneira, e portanto parou para pensar, reflectir, ou simplesmente num – basta, já chega – procurou e procura alternativas.
As alternativas que muita boa gente encontra, como num último balão de oxigénio, são-lhes enganosamente fornecidas, ainda, pelo establishment democrático em forma de Blocos de Esquerda, pretensamente anti-sistema, mas do qual, tão bem sabemos, eles também fazem parte. Perguntamo-nos se dita gente alguma vez poderia fazer parte das nossas fileiras ou se em última analise diríamos – está-lhes no sangue, são vermelhos, ou de outros – anarcas por natureza!
No entanto sabemos que, mesmo que por raras excepções, não é assim, e que por diversas formas eles chegam até “nós”, talvez por descobrirem quem realmente o Sistema persegue e encarcera, por delitos de opinião, nesta Europa (livre e democrática!).
Devemos no entanto estar cientes de uma coisa, somos nós, como já anteriormente referimos, “os maus da fita” pois é essa a imagem que os me(r)dia e restante escumalha passa de gente que pensa e age de modo diferente, e por conseguinte, com este nosso negro rótulo, quem de nós se pretende aproximar, alguma coisa de mau terá!… Como alguém dizia: Se não é tarado, alguma tara lhe iremos encontrar mais tarde!…
Quando os me(r)dia & associados diariamente fazem a lavagem cerebral dizendo o quão maus e perigosos “somos”, digamos que é de ter cuidado com quem nos procura, não acham?
Temos estado a abordar este tema referindo-nos a “nós” com aspas, precisamente para relembrar que nestas aspas cabe uma amálgama, raramente coesa, de gente, grupos e partidos, que os nossos inimigos chamam vulgarmente de “extrema-direita”, extrema esta mil vezes pior que qualquer extrema-esquerda que como bem sabemos é aceite e acarinhada pele sistema («les enfants terribles»).
Ao contrário dos democráticos e seus queridos extremistas de esquerda que brincalhonamente se picardiam, dando ares de oposições sérias com salutares alternativas, a “nossa gente”, por vezes muito douta, faz teses e escreve artigos sobre as “várias extremas-direitas” e sua forma de actuação ou inacção. Uns são acusados de violência gratuita e outros de se virarem demasiado para si mesmos e preferirem uma espécie de – como é mesmo? – contemplação baseados num qualquer orientalismo!…
Achamos por bem balizar estes dois posicionamentos para tentarmos perceber o que anda pelo meio destes dois postes da chamada extrema-direita, os da pancadaria gratuita e os “monges orientais” a olhar o vazio!
Pois bem, como podem observar, parece “termos” de tudo, agora meus caros é só uma questão de marketing, e olhem que para além dos da pancada e dos monges a “fauna” é imensa.
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quinta-feira, setembro 22, 2016
10:12 da tarde
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LEGIÃO VERTICAL
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A propósito de Pedro Varela: Bandeiras e Etiquetas
domingo, setembro 11, 2016
11:49 da manhã
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LEGIÃO VERTICAL
Etiquetas: Boletim Evoliano , Citações , Comentário , Documentos , Doutrina
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Voltamos
a publicar este texto, aparecido originalmente no Boletim Evoliano, porque
convém nunca esquecer que há homens que mesmo não partilhando todas as nossas
posições, nem por isso deixam de ser “um dos nossos”!
* * *
por Eduard
Alcántara
Há
pessoas que dizem hastear a mesma bandeira que a nossa. Há aqueles que dizem
fazê-lo, senão for com a mesma, com uma bandeira semelhante. Nós temos
dificuldades em identificar muitas dessas bandeiras como iguais ou semelhantes
à nossa. Nisto não reside nenhuma dificuldade. No entanto, depois de
conhecermos uns e outros não demora muito tempo até que comecemos a sentir-nos
em comunhão existencial com uns e a ver outros como estranhos. Não adianta
ostentar publicamente uma etiqueta ou outra mas sim aspirar a viver de acordo
com os princípios e a essência que a caracterizam. Não nos chega, sequer, que
nos demonstrem erudição e conhecimento dos conteúdos e objectivos contidos na
nossa bandeira. Há que exigir, no mínimo, um intento de assumpção dos seus
parâmetros vitais.
Há
indivíduos que, por muito que digam que partilham a nossa trincheira, nunca
serão dos nossos nem nunca os consideraremos como tal, pois após um breve
contacto não descortinamos na sua actuação nenhum valor entre aqueles que são
próprios do Homem da Tradição. Não identificamos nestes indivíduos nem um vestígio
de nobreza, de lealdade, de fidelidade, de valentia, de sinceridade, de
franqueza, de serenidade, de temperança, de espírito de serviço e sacrifício, de
firmeza interior, de bravura, de tenacidade, de perseverança, de laconismo, de prudência
ou de abnegação, mas pelo contrário, em pouco tempo, poderemos vislumbrar ou
perfídia, ou hipocrisia, ou egoísmo, ou individualismo, ou ânsia de
notoriedade, ou tendência para a cobardia, ou predisposição para a traição, ou
deslealdade, ou mentira, ou ligeireza para criticar ou até caluniar aqueles que
lhe são próximos, ou a inveja, ou rancor, ou o ódio, ou a incontinência verbal,
ou a charlatanice, ou a irascibilidade, ou mudanças súbitas de humor, ou a
instabilidade psíquica, ou a ruindade, ou a inconstância, ou a dissimulação, ou
a estridência e a imprudência. Para nós é, por isto, quase indiferente, se alguém
hasteia a nossa bandeira ou uma parecida, pois o que na verdade nos importa é
que o faça tentando sentir os valores que sempre foram os da Tradição e não apenas
impregnados dos contravalores do mundo moderno. A etiqueta não nos serve de
nada se o etiquetado nada faz em honra dela. Causa-nos ainda mais desagrado o indivíduo
que professa verbalmente a sua adesão a uma etiqueta semelhante à nossa e a mancha
de modo execrável do que aqueles contemporâneos nossos que se sentem
identificados com esta funesta modernidade e fazem gala do seu posicionamento.
Estes, ao menos, mostram coerência entre os seus contravalores de referência e
a etiqueta própria do mundo moderno, o qual idolatram e santificam. Os outros,
pelo contrário, traem as nobres causas com a sua maneira de ser. Sentimos camaradagem
por aqueles que mesmo não militando exactamente na nossa bandeira são fiéis na
sua existência aos valores que temos identificado como próprios da Tradição. Talvez
possamos discordar com estas pessoas em certos detalhes na hora de conceber a
existência. Embora possamos ir beber a fontes idênticas, talvez algumas das
nossas referências históricas (ou proto-históricas) ou míticas não sejam as
mesmas (ou exactamente as mesmas) mas sentimo-nos como camaradas quando conhecemos
e podemos comprovar os valores que os regem e caracterizam a sua maneira de ser.
Neste
sentido, entre estas pessoas dignas de admirar pelo exemplo que dão – ao serem
coerentes com os valores nos quais acreditam – encontramos um represaliado pelo
Sistema Dominante, Pedro Varela. Poucas pessoas como ele libertam essa espécie
de aura que é a marca da coerência, da honestidade, da tenacidade e da limpidez
de ânimo. Uma aura que move a admiração de todos aqueles que apreciam os valores
ignorados e menosprezados, pertencentes ao Mundo da Tradição. Por outro lado,
Pedro Varela apenas provocará inveja, receios e ódio entre os modernos, impotentes
para fazer seus aqueles elevados valores, pois a incapacidade e a impotência movem
a inveja dos que não são capazes de dignificar-se pela sua vontade e esforço
constante.
Que
os escassos Homens rectos propaguem seus ideais entre si, enquanto os néscios,
os desajustados, os alienados e os desequilibrados produtos da modernidade vão
merecendo o respeito do Sistema. No entanto, não nos surpreende o destino que o
mundo moderno outorga a estes tipos antagónicos de pessoas, pois aos primeiros não
os pode manipular, domesticar, hipnotizar, e aos segundos, pelo contrário,
seduz, programa e converte em seres movidos por reflexos compulsivos e
escravizados com grande facilidade.
Mesmo
que apenas exista um homem íntegro, a chama da Tradição não se extinguiu de
todo!
-- Boletim Evoliano,
nº 1, 2ª Série
Evola e o judaísmo
domingo, agosto 21, 2016
6:43 da tarde
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LEGIÃO VERTICAL
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Verdades que causam azia a muita gente!...
sexta-feira, agosto 12, 2016
5:36 da tarde
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LEGIÃO VERTICAL
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O BUDISMO ZEN
por Eduard Alcántara
Hemos sido honrados con la petición que
nos ha hecho llegar el autor de la presente obra en el sentido de que
tuviéramos a bien el prologarla y no podíamos por menos que acceder a
ella por una cuestión de cortesía y agradecimiento, por otra cuestión de
cercanía y fructífera relación que mantenemos desde hace ya un tiempo
con él y por una tercera que responde a nuestra alta valoración sobre el
tema objeto de estudio del libro. Si a todo esto añadimos el que, tras
su lectura, hemos concluido que los aportes que se nos ofrecen en sus
páginas resultan de mucho interés se comprenderá el porqué de nuestra
respuesta afirmativa ante tal petición.
quarta-feira, junho 22, 2016
11:17 da tarde
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LEGIÃO VERTICAL
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Para quem vive, ou pretende viver, com ideais, ideias e
espírito crítico, o mundo de hoje é cada vez mais isolador, votando ao
ostracismo quem contesta e não se coaduna com a frivolidade da maioria das
relações sociais. Nestas prevalecem a hipocrisia, o oportunismo, o uso e
descarte conforme as conveniências. Dentro das próprias famílias, por vezes, há
“personas gratas” e “non gratas”, conforme o seu “status” social. Entre amigos,
as circunstâncias do momento ditam os relacionamentos e o afastamento é
impiedoso para quem não tenha aceitação. Desde sempre considero amigo um
conceito burguês, pejado de relativismo e subjectivismo, algo que cada vez mais
perde o seu conteúdo afectivo e moral. Pelo contrário, o conceito de camarada,
para lá de qualquer conotação política, é algo que, dentro das próprias
instituições militares e paramilitares, sempre implicou um compromisso e uma
relação de reciprocidade e união para lá das trivialidades da vida civil. Pelos
camaradas sempre se lutou e morreu, muitas vezes sacrificando a própria vida
pelos demais.
Ao afastar-me cada vez mais das muito bem-amadas
concepções políticas ditadas pela correcção tolerada pelo “establishment”,
todas as instituições políticas, sociais e filosóficas existentes deixaram de
me transmitir qualquer fiabilidade e qualquer razão de utilidade. As
agremiações políticas, mesmo aquelas que se autoproclamam como radicais e
alternativas ao sistema, vivem segundo as regras a que a democracia já habituou
todos os seus apaniguados. Os egos são ali alimentados com cargos honoríficos e
os seus membros digladiam-se por atenções e honrarias conferidas pelas
hierarquias superiores. Outros, como alguns grupos de intervenção, sem intervenção
definida, caracterizam-se por… intervenção nenhuma.
Quando descobri o blogue da Legião Vertical, corria o
ano de 2009, deparei-me com conteúdos que pela primeira vez escapavam à chuva
no molhado e aos lugares comuns habituais, para além da afinidade que já sentia
pelo pensador Julius Evola. Para definir o momento do despertar do interesse,
podemos começar pelo próprio conceito de Legião, que por si só significa um
corpo da antiga milícia romana, ou por extensão corpo ou divisão de um
exército. A meu ver, uma sociedade que não degrade os seus antepassados e
valorize a estirpe da sua grei tem de ter conceitos fortes militaristas, sob
pena de a decadência a destruir. Nenhum laço é mais forte do que o laço criado
entre os soldados numa guerra ou num período de recruta. Um acaso feliz
colocou-me no encontro entre membros da Legião Vertical e cedo comecei a
participar nos seus eventos, permitam-me especificar, em cerca de 2010.
Contudo, a vida impediu-me de estar nessa época disponível para participar de
corpo e alma nas actividades da Legião, criando um muro entre mim e o meu
destino. Quando não é chegada a hora, a obra não nasce e a luta faz-se noutros
campos de batalha. Mas, quando o sentimento, os valores e os ideais prevalecem,
graças à perseverança, o tempo próprio para a chegada da hora é aguardado sem
impaciência e sem constituir nenhum óbice, e ninguém será votado ao
esquecimento. E assim aconteceu, desde 2014, ano a partir do qual os meus medos
e vontade de superação foram postos à prova em situações de limite criadas para
o efeito pelos camaradas, nas quais aprendi a conhecer-me e a testar-me,
ultrapassando receios e tornando-me mais homem. Barreiras foram ultrapassadas,
tomando consciência de que é impossível esculpir a mente e o espírito, descurando
a parte física e respectiva potencialidade. Não existe luta sem concertação de
forças. Na diversidade e especialidade de cada uma dessas forças pode haver
então uma frente de combate. A nossa sobrevivência enquanto homens e dos nossos
ideais dependerá do poder que cada um irá acrescentar ao grupo. Tal desiderato
não é para todos, é para os que já foram escolhidos, pois outros foram
desviados por certas forças que os afastaram do nosso caminho. Que o destino
nos torne, pelo menos, um farol que sirva como guia, através do nosso exemplo.
E que este mesmo exemplo dignifique aquilo que representamos. Grato a todos os
camaradas que me aceitaram.
Editorial do Boletim Evoliano nº 12 (2ª série)
PONTO DE SITUAÇÃO RELATIVAMENTE AO "PROCESSO" M. ALEGRE VS BRANDÃO F.
27/05/16
No dia 17 de Maio fui
surpreendido pela notícia de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, com a
data de 12 do mesmo mês, em que me condena a pagar uma multa de 1.800 euros ao
Estado, e 25.000 euros de indeminização ao cidadão Manuel Alegre (assistente no
processo crime contra a minha pessoa) por, na versão dos venerandos juízes
Antero Luís e João Abrunhosa de Carvalho, o ter difamado.
A origem da queixa de
difamação recorda-se, baseia-se na imputação de que no artigo intitulado
"Manuel Alegre, combatente por quem?", publicado no Jornal "O
Diabo", em 3/5/2010, o ter apelidado de traidor à Pátria.
Nesse mesmo dia (17/5),saiu
um artigo no jornal "O Público", eivado de alguns erros e
incorrecções, que dava conta do sucedido ao mesmo tempo que entrevistava o
aparente ganhador da causa.
Acontece, porém, que este não
foi o 1° acórdão do mesmo Tribunal da Relação, sobre o mesmo caso, e sem que
qualquer alteração tenha ocorrido relativamente ao processo já apreciado.
A coisa conta-se em poucas
palavras e compreenderão que haja "pormenores" que ainda não devam
ser revelados.
Por douta sentença do
Tribunal de 1§ instância, datada de 12 de Setembro de 2014, a Meritíssima Juíza
Ana Paula Figueiredo, absolveu-me do crime de difamação e do pagamento de
qualquer indeminização cível (por improcedente), em processo instaurado pelo
supracitado vate e acompanhado pelo Ministério Público.
Não conformado com tal
decisão o queixoso, naturalmente, recorreu.
O processo subiu ao Tribunal
da Relação de Lisboa (15/12/2014), tendo calhado por sorteio, aos Juízes
Desembargadores Carlos Benido (relator) e Francisco Caramelo (adjunto), da
secção, cujo chefe é o Venerando Juiz Trigo Mesquita.
O processo seguiu os seus trâmites e, em pouco
tempo, conheceu decisão. Deste modo a 26/02/2015, os venerandos acima
referidos, confirmavam o acerto da sentença da 1§ instância e negaram o
provimento dos recursos interpostos pelo assistente e Ministério Público.
Desta decisão foi dado
conhecimento ao arguido.
A questão estaria
definitivamente encerrada, dado a moldura penal do eventual crime em questão
não permitir recurso para instância superior, restando apenas levar o caso,
eventualmente, ao Tribunal dos Direitos do Homem, em Bruxelas.
No entretanto, porém, o
assistente mudou de advogado e para o lugar do Dr. Nuno Godinho de Matos foi o
Dr. Afonso Duarte, por acaso filho do assistente, que já tinha patrocinado o
pai antes do processo ter chegado à fase de julgamento.
Ora por aparente erro
burocrático (a que, juro, sou alheio) um parecer do Procurador - Geral da
República, junto ao Tribunal da Relação de Lisboa, em vez de ir parar ao novel
advogado, foi parar ao anterior, o que deu origem a que aquele reclamasse do facto.
Havendo esta
"irregularidade" (que não nulidade), o processo não transitou em
julgado tendo voltado às mãos do Desembargador Benido, o qual por alturas de
Maio/Junho, revogou o seu despacho; sendo que o normal nestas circunstâncias é
corrigir-se a irregularidade e prosseguir- se com as formalidades.
Acontece que, entretanto, o
Juiz C. Benido entrou de férias e quando regressou em Setembro, jubilou-se.
Em data não apurada o
processo foi redistribuído (não por sorteio) a dois novos Desembargadores, os
já referidos, venerandos Antero Luís e João Abrunhosa de Carvalho, tendo sido
afastado do processo o Desembargador Francisco Caramelo, que era o juiz natural do processo e mais antigo do que os escolhidos!
Destas substituições não foi
o arguido (eu) informado.
Mesmo assim - dizem-me
profissionais do mesmo ofício - o habitual é a nova equipa confirmar tudo o que
vem do anterior, não só por razões do foro deontológico, mas sobretudo por se
tratar de juízes da mesma secção e não ter havido nada que pudesse ter carreado
algo de novo para o processo, além do que já foi apontado atrás.
Ora não foi nada disto o que
o novel Desembargador Dr. Antero Luís fez. O que fez foi, numa espécie de passe
de mágica virar, 16 meses depois, o primitivo acórdão do avesso.
Com a curiosidade acrescida
do advogado do assistente Manuel Alegre continuar a não ter sido informado do
tal parecer do Procurador, que deu origem a esta "trapalhada" toda...
(E eu juro, que não tenho
culpa nenhuma nisso!).
Face a este, algo
"kafkiano" acontecimento, o Dr. Alexandre Lafayette - que como
militar honrou os seus deveres para com a Pátria, e estando na reserva
territorial há muitos anos, nunca deixou de combater o bom combate - interpôs
tempestivamente (apesar de ter um prazo de apenas três dias para o fazer.) um
"requerimento de nulidade" para o Tribunal da Relação de Lisboa,
representando-me.
Este requerimento tem efeitos suspensivos da pena.
Este requerimento tem efeitos suspensivos da pena.
E, como dizem os espanhóis,
"assy estamos". (1)
João José Brandão Ferreira Oficial Piloto Aviador
[1] Para
quem quiser perceber porque é que as coisas se passaram da maneira como se
passaram, aconselho a pesquisa nos "curriculum vitae" de alguns dos
intervenientes no processo.
Conferência
quarta-feira, maio 25, 2016
10:42 da tarde
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