«Foi-me dito, por quem lhe esteve próximo nos últimos dias, que sentiu que o seu ciclo tinha chegado ao fim. Quase não falou mais a não ser algumas breves palavras trocadas com quem o assistia. Um mutismo, penso, de preparação para o grande salto. A “Ars Morienti” foi esquecida pelos homens de hoje. Mas certamente não seria desconhecida de Evola. Quiçá! Enfim, como “iniciado” que era, sentindo o momento muito próximo, não quis que a morte física o apanhasse na cama. Faz-se vestir com toda a elegância e sentar à sua escrivaninha, de frente para a janela a olhar o céu. Assim, direito na cadeira, olhando para a luz, reclinou a cabeça e passou pelo último rito. Um certo tipo de homem não pode nem deve morrer na horizontal.»
Gaspare Cannizzo – extracto de "Ricordo di Evola" revista "Vie della Tradizione" n.14 junho de 1974.