Muralha III
Guarda, guardião é aquele que preserva, que trata, conserva, protege, esconde, auxilia, orienta, obedece e manda. Ser guardião é tudo isso e muito mais: é união, é disciplina, é rigor, é amor e sabedoria, é vontade. Vontade de saber, de agir, de trabalhar, de lutar. É pensamento e obra... é triunfo. Com estes objectivos se criaram as guardas masculina e feminina. Corpos uniformizados e disciplinados capazes de um forte sentido de fidelidade, de dedicação e serviço.
A história do homem é feita de guerra e paz, de grandes e pequenos exércitos, de batalhas e guerrilhas, do nascimento e queda de impérios. Apareceram heróis, salvadores e mártires. Conhecemos monstros sanguinários, personagens diabólicas. Viveram-se momentos felizes durante as guerras, como se viveram momentos de angústia em tempos de "paz". Guerras entre povos, guerras religiosas, guerras entre classes o separatismo está sempre na moda e enfim, um prolongado etc. Há quem faça a guerra para enriquecer. Há quem queira a paz para não perder. De um lado falam-nos em guerras justas, do outro em guerras santas. Uns buscam ouro na terra enquanto outros virgens no céu. Todos prometem algo, há sempre alguma coisa em troca. Há os que lutam pela liberdade e sendo este o seu objectivo de vitória escravizam a derrota dos outros. De um lado os vencidos, do outro os vencedores. Depois a grande mentira: de um lado o bem e do outro o mal. Não nos iludamos, o processo de decadência que a humanidade conhece só tem uma definição de guerra: um ganha, outro perde, já foi teu agora é meu.
Nós guardiões não temos um ideal de conquista no sentido material, nem buscamos a vitória pela vitória. O nosso ideal de Justiça e Beleza são a busca do equilíbrio perdido entre o Homem e a Natureza, entre o Homem e o Divino, e por consequência entre o homem e a sua consciência divina (Krixna em Bhagavad-Gita).
Os líderes actuais da decadência orientam o rebanho na busca da riqueza, baseiam-se num processo ilusório de necessidades, chave mestra da economia – a nova divindade.
Como nos diz Julius Évola: "A economia actuou na essência inferior do homem moderno e através da civilização por ele criada, tal como o fogo se transmite de um ponto para outro, enquanto não arde tudo. E a correspondente "civilização", partindo dos seus focos ocidentais, difundiu o contágio a todas as terras ainda sãs, trouxe a inquietação, a insatisfação, o ressentimento, a incapacidade de se possuir um estilo de simplicidade, de independência e de comedimento, a necessidade de avançar sem parar e cada vez mais rapidamente no seio de todas as camadas sociais e de todas as raças; ela foi empurrando o homem cada vez mais longe, foi-lhe impondo a necessidade de um número cada vez maior de coisas, tornou-o portanto cada vez mais insuficiente e cada vez mais impotente - em cada nova invenção, cada nova descoberta técnica, em vez de ser uma conquista, marca uma nova derrota, é uma nova chicotada destinada a tornar a corrida ainda mais rápida e ainda mais cega. É assim que as diferentes vias convergem: a civilização mecânica, a economia soberana, a civilização da produção e dos consumos coincidem com a exaltação do devir e do progresso, do impulso vital ilimitado – em resumo com a manifestação do "demoníaco" no " mundo moderno".
Como nos diz Julius Évola: "A economia actuou na essência inferior do homem moderno e através da civilização por ele criada, tal como o fogo se transmite de um ponto para outro, enquanto não arde tudo. E a correspondente "civilização", partindo dos seus focos ocidentais, difundiu o contágio a todas as terras ainda sãs, trouxe a inquietação, a insatisfação, o ressentimento, a incapacidade de se possuir um estilo de simplicidade, de independência e de comedimento, a necessidade de avançar sem parar e cada vez mais rapidamente no seio de todas as camadas sociais e de todas as raças; ela foi empurrando o homem cada vez mais longe, foi-lhe impondo a necessidade de um número cada vez maior de coisas, tornou-o portanto cada vez mais insuficiente e cada vez mais impotente - em cada nova invenção, cada nova descoberta técnica, em vez de ser uma conquista, marca uma nova derrota, é uma nova chicotada destinada a tornar a corrida ainda mais rápida e ainda mais cega. É assim que as diferentes vias convergem: a civilização mecânica, a economia soberana, a civilização da produção e dos consumos coincidem com a exaltação do devir e do progresso, do impulso vital ilimitado – em resumo com a manifestação do "demoníaco" no " mundo moderno".
Guerra e economia – os soldados não têm comandantes, obedecem a patrões que lhes pagam o ordenado... são livres, democraticamente enviados pelos governos do povo" para restaurar liberdades e democracias", braços políticos da economia capitalista. Este é o cenário actual: democracias – esquerdas direitas – capitalismo economia... os novos mitos.
Somos Guardiões, uma milícia de fé, acreditamos em valores intemporais, que irrompem de um supra mundo. Sabemos que as modas são passageiras e por vezes perigosas. O processo de degeneração em curso só tem um caminho – o abismo.
Vamos procurar manter uma chama acesa para servir de farol na tempestade.
Agosto/2003
INCLINO-ME REVERENTE Á VOSSA PROSA...NÃO SEJA O ACTO O ELEMENTO POLIANDRICO DE VARIADAS MÁS VIRTUDES!...E APROXIMAM-SE"PERIGOSAMENTE"DA perfeição!!
HUm!
Me parece bom demais para ser mesmo assim.
Ainda hà gente para isso?