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Alea jacta est!

     

 


 No seu “Cavalgar o Tigre”, manual para os aristocratas de espírito numa época de dissolução, Evola lembra-nos que os estóicos - pela voz de Séneca - entendiam que era aos mais capazes que os deuses reservavam as provas mais duras.

“Séneca dizia que nenhum espectáculo é mais aprazível para os deuses do que o do homem superior a enfrentar a adversidade. Só aí pode conhecer a sua força – e Séneca acrescenta que são os homens de valor que são enviados para as posições mais arriscadas ou para as missões mais difíceis, enquanto os indignos e os fracos são deixados para trás.” (pag 58, versão inglesa, Ed. Inner Traditions)

Esta ideia que os estóicos cultivavam e que Nietzsche - grande recuperador da tradição europeia - retomará, com o seu conceito de amor-fati (amor ao destino) ou com alguns dos seus conhecidos aforismos (“Da Escola de Guerra da Vida - o que não me mata torna-me mais forte”) é, na verdade, a expressão filosófica de uma ideia cara à tradição imemorial dos povos europeus, manifestada desde os primórdios na sua religiosidade.

Quando se questionavam por que razões permitiam os deuses o advento dos infortúnios sobre os homens, os gregos lembravam os adágios da sua tradição: é no infortúnio que os deuses vêem a grandeza dos homens e se os homens não fossem sujeitos a enfrentá-lo, seriam incapazes de se diferenciar, de se erguer da mediocridade.

Na antiga tradição europeia, o que a divindade pede dos homens não é, portanto, a humildade em troca da salvação, é que nos momentos difíceis se comportem à altura, com coragem e dignidade. São os homens que o conseguem que são os predilectos dos deuses. E é por isso que na antiga tradição nórdica são os homens superiores e aqueles que tombaram em combate que ascendem ao Valhala para junto dos deuses.

Na sua obra-magna sobre as atitudes religiosas dos povos indo-europeus, Hans F. Gunther recorda-nos essa característica distintiva da nossa tradição primordial:

“Faz parte da força espiritual dos indo-europeus – e isto é testemunhado pela grande poesia destes povos e, acima de tudo, pelas suas tragédias – sentir profunda alegria no destino – na tensão entre as limitações do homem e a infinidade dos deuses. Nietzsche chamou a esta alegria amor-fati. Em especial aqueles de entre os indo-europeus com uma alma rica sentem – precisamente no meio do turbilhão dos golpes do destino – que a divindade lhes concedeu um grande destino perante o qual devem provar o seu valor (…). Mas esta alegria perante o destino, sentida pelos indo-europeus, nunca se transforma em aceitação da sorte ou em fatalismo.” (capitulo 3)

Somos hoje as testemunhas vivas do ocaso de uma era longa que foi marcada pela grandeza dos povos europeus e espera-nos agora um tempo de decadência que nos colocará perante grandes dificuldades.

É então o momento de nos lembrarmos da nossa tradição mais profunda e nos enchermos de alegria, pois é sinal de que o destino se prepara para nos testar e que os deuses nos escolheram e nos concederam uma grande honra.

Não é tempo de nos ajoelharmos, humildes e culposos, em súplicas à procura de redenção, é tempo para agradecermos a dura prova que os deuses nos propõem, porque, independentemente do final, o que importa é que nos mostremos à altura do desafio, de pé, orgulhosos perante o destino e dispostos ao combate.

Alea jacta est!

 

Rodrigo Penedo

Há que salvar os Hobbits

Hay que salvar a los Hobbits

El valor del relato fantástico reside en su capacidad para trasladarnos símbolos y metáforas. En su capacidad entonces para convertirse en “leyenda y mito” y a través de un lenguaje sugestivo de personajes y episodios de resonancias arquetípicas, darnos lecciones de vida.
Nosotros humildemente pensamos que eso es lo que ocurre con el universo de Tolkien. Siendo así, de todos los errores que comete Sauron en la Guerra del Anillo Único, quizás el más importante sea el de haber menospreciado a los hobbits…
Que los sencillos, pequeños e “insignificantes” hobbits, tengan un papel fundamental en la Guerra del Anillo Único, es algo que Sauron parece incapaz de imaginar.
Y sin embargo, resultará que son los hobbits, los pequeños e “insignificantes” hobbits, esos que Sauron despreció y ni si quiera contempló en sus planes de guerra, los que terminaron por ser su talón de Aquiles…
*

De todos los errores que comete Sauron en la Guerra del Anillo Único, quizás el más importante es el de haber menospreciado a los hobbits…
Forja anillos para corromper y someter a hombres, elfos y enanos, pero los humildes hobbits, pareciera que le resultan tan insignificantes y simples que no hace cuenta de ellos en su estrategia general por dominar la Tierra Media. Como si pudiera ignorarlos sin más contando con que su sometimiento a la Sombra será cosa segura, y que su papel en la Guerra del Anillo será nulo.
Por el contrario, quizás el mayor acierto de Gandalf y Aragorn, es fijarse precisamente en los hobbits y contar con ellos. Especialmente Gandalf, que desde el principio se siente intrigado por la sencillez y aparente mundanidad de sus vidas, como si detrás de ellas, pudiera encontrarse una fuente de fortaleza y bondad imprescindible para los días oscuros que estaban por llegar…
Y es que podemos suponer que Sauron, en las cuentas generales que hace de su estrategia de guerra, cuenta con que quizás aún corrompiendo a Saruman, alguno de los subordinados de éste (como Gandalf), sea capaz de resistir y hacerle frente. Y del mismo modo, aún contado con alienar o desesperar a los senescales de Rohan y Gondor, posiblemente cuenta con que pueda surgir un líder capaz de aunar a los hombres en su lucha contra Sauron (obviamente aquí hablamos de Aragorn). Es decir, que “un mago y un rey” puedan estar en el tablero de juego, aún a pesar del poder de Sauron para corromper, alienar o desesperar a los habitantes de la Tierra Media, parece que hace parte de los planes del Señor Oscuro. Por decirlo así, cuenta con ello…
Ahora, que los sencillos, pequeños e insignificantes hobbits, tengan un papel fundamental en la Guerra del Anillo Único, es algo que Sauron parece incapaz de imaginar. Cabe pensar en una soberbia tan demoniaca, que frente a los humildes hobbits, solo contempla desprecio. Siendo entonces que su arrogancia, le impide ver cómo detrás de esa sencillez, se esconde esa fuente de fortaleza y bondad que sí que supo ver Gandalf, y que los convierte en pieza fundamental de la lucha contra Sauron.
Hasta tal punto es así que Sauron, desconociendo las potencialidades que podía guardar el alma de un buen hobbit, “ni se le pasa por la cabeza” la posibilidad de que haya alguien capaz de cargar con el Anillo hasta el Monte del Destino y destruirlo. Sea lo que sea lo que hagan aquellos que encuentren el Anillo Único, más tarde o más temprano éste los corromperá y sin apenas percatarse de ello, terminarán por servir al Señor Oscuro. Es así como piensa Sauron, y por eso, aún sabiendo que el Anillo Único ha sido encontrado, no protege ni guarda el acceso al Monte del Destino. Como si ese flanco en cualquier caso, estuviera cubierto…
Obviamente estaba equivocado y todos sabemos que es así. Que esa fue su perdición. Que si en lugar de despreciar a los hobbits hubiera hecho por conocerlos, se habría dado cuenta que si había alguien capaz de sobreponerse al poder corruptor del Anillo y cargar con él hasta Amon Amarth, ese alguien, sería un buen hobbit…

As três provas legionárias


A vida legionária é bela, mas não é bela pela riqueza, pelas diversões e luxos, mas pelo grande número de perigos que oferece ao legionário; é bela pela nobre camaradagem que une os legionários de todo o país numa santa irmandade de luta; é bela, de modo sublime, pela inflexível e viril atitude perante sofrimento.
Quando alguém entra na organização legionária, deve saber desde o princípio a vida que o espera, o caminho que deverá percorrer.
Este caminho passará pela montanha do sofrimento, depois pela floresta das feras selvagens e finalmente pelo pântano do desalento.

A Montanha do Sofrimento
Depois de alguém se ter inscrito como legionário com o amor à sua terra no coração, não o espera uma mesa posta, senão que tem de aceitar sobre os ombros o jugo do nosso Redentor Jesus Cristo: ‘Ponho o meu jugo sobre ti…’
E o caminho legionário começa a escalar-se por um monte que o mundo chamou ‘a montanha do sofrimento’.
Ao início, parece fácil escalá-la. Mas pouco depois, a subida torna-se mais difícil, o sofrimento maior. As primeiras gotas de suor começam a cair da face dos legionários.
Então um espírito impuro, infiltrando-se entre os legionários que a escalam, lança pela primeira vez a pergunta: ‘Não seria melhor voltar atrás? O caminho legionário sobre o qual caminhamos começa a tornar-se difícil e a montanha é larga e alta, tanto que não vemos o fim’. Mas o legionário não presta atenção, segue adiante e escala sem dificuldade. Mas, sempre subindo pelo monte sem fim, começa a cansar-se, parece que as forças começam a abandoná-lo.
Felizmente para ele, encontra uma fonte, límpida como o coração de um amigo. Refresca-se, limpa os olhos, respira um pouco e de pronto retoma a ascensão da montanha do sofrimento. Ultrapassa metade do caminho, e ali começa a montanha sem água, sem erva, sem sombra, onde apenas se encontram pedras e penhascos. E o legionário, ao ver aquilo, diz: ‘Até aqui muito sofri. Senhor, ajuda-me a chegar ao cume’. Mas o espírito do mal lança-lhe a pergunta: ’Não seria melhor voltar atrás? Deixa o amor pela tua terra. Não vez que deves falecer se amas a Pátria, a Estirpe e a Terra? E, depois, que vais aqui ganhar? Não é melhor que fiques tranquilo em tua casa?’
Sobre a pedra desnuda, ele sobe com fé infinita. Agora está cansado. Cai. Resvalam as suas mãos e vê correr o sangue pelos seus joelhos. Levanta-se como um valente e sobe de novo. Falta-lhe pouco. Mas a pedra é agora empinada e angulosa, o sangue flui-lhe do peito e goteia sobre a pedra inclemente. ‘Não seria melhor que regresses?’, pergunta de novo a voz do espírito imundo. Ele parece ficar pensativo. Mas de improviso ouve uma voz que grita das profundezas dos séculos: ‘Adiante, rapazes! Não vos desalenteis!’ Um último esforço. E a valorosa frente chega ao cimo triunfante, sobre o alto da montanha do sofrimento, com o espírito cristão e romeno cheio de felicidade e satisfação.
‘Sereis felizes quando vos persigam e apenas digam más palavras contra vós… E eles partiam, alegrando-se de terem sido golpeados em nome de Jesus’.
Muito padecem os legionários subindo por esta montanha do sofrimento. Necessitaríamos um livro inteiro para descrever o seu sofrimento.

A Floresta das Feras Selvagens
Quem desejar tornar-se legionário não deve imaginar que tudo aqui terminou, no cimo da montanha do sofrimento. Está bem que cada um saiba desde o princípio o que o espera e conheça o caminho para o qual se encaminha.
Segunda prova: não decorre muito tempo e o caminho legionário entra por uma floresta à qual o mundo deu o nome de ‘floresta das feras selvagens’.
Desde as margens da floresta escutam-se os gritos destas feras selvagens, que esperam apenas que alguém entre no bosque para despedaçá-lo.
Depois da montanha do sofrimento, esta é a segunda prova pela qual os legionários devem passar. Quem seja medroso, que se fique pelas margens da floresta. Quem possua um coração valoroso, nela entra, luta com valor e afronta mil perigos, dos quais se poderia escrever, e se escreverá, um livro inteiro. Nesta luta, o legionário não foge do perigo, não se esconde por detrás das árvores. Pelo contrário, faz-se presente onde o perigo é maior. Depois de haver atravessado a floresta e ter vencido todos os perigos, uma nova prova espera-o.

O Pântano do Desalento
O caminho perde-se, e os legionários devem atravessar um pântano. Chama-se o ‘pântano do desalento’ porque aquele que nele entra, antes de chegar ao outro extremo do pântano, é presa do desalento. Alguns não têm a coragem de entrar, começam a duvidar do bom êxito da luta, porque este encontra-se demasiado distante e pensam que não chegarão à vitória. Assim, muitos deles que atravessaram a floresta das feras e escalaram a montanha do sofrimento, naufragam neste pântano do desalento. Outros entram e logo retornam, outros afundam-se. Mas os verdadeiros legionários não perdem o ânimo, superam também esta última prova e chegam à outra margem cobertos de glória.

Ali, no final do difícil caminho das três provas, começa a obra bela, a obra bendita para construir os fundamentos da nova Roménia.

Apenas aquele que superou as três provas, ou seja, apenas aquele que escalou a montanha do sofrimento, atravessou a floresta das feras selvagens e superou o pântano do desalento, e triunfou, somente este é um verdadeiro legionário.
Quem não passou através estas provas não pode chamar-se legionário, ainda que esteja inscrito na organização, carregue o distintivo e pague as quotas. Quem teve a habilidade de sempre as evitar e, em três ou quatro anos da vida legionária não tenha conhecido e não tenha dado nem o exame da dor, nem o exame da virilidade e nem sequer o exame da fé, pode ser um homem ‘hábil’, mas não pode ser um legionário.
O Chefe da Legião, quando avalia a pessoa de um legionário, não se baseia nem na sua idade, nem na sua popularidade (isto é, o número de homens que o rodeiam), nem na sua habilidade, mas apenas nestes três exames.

Corneliu Codreanu, O Manual do Chefe

OTTO SKORZENY ENTREVISTADO PELO RIVAROL


OTTO SKORZENY ENTREVISTADO PELO RIVAROL

Do magnífico semanário francês RIVAROL vamos transcrever, com a devida vénia, a entrevista publicada no seu número de 24 de Março último, com o coronel Otto Skorzeny, o quase lendários libertador de Mussolini e autor de muitos outros extraordinários feitos.

In Agora, nº 268, pág. 3/4, 09.04.1966

“Tenho 1,95m de altura de manhã e um 1,94 à noite”, responde com humour o antigo coronel das Waffen SS cujos livros, hoje traduzidos para hebreu, estão inscritos no programa da Escola de Guerra em Israel. Mas o señor Skorzeny (madrileno de adopção) calunia-se. Com 57 anos, continua a ser aquele desportista completo cuja silhueta foi vista, em tempos idos, em todas as frentes. Entre duas viagens, entre dois encontros de negócios, joga ao ping-pong, nada, treina-se à pistola, instala-se nos comandos dos aviões.
Até à data, Otto Skorzeny nunca tinha concedido uma entrevista a um jornalista francês. O antigo oficial, que combateu na frente do Leste com os “Sete Alicerces da Sabedoria” do inglês T.E. Lawrence nas suas bagagens, não tinha contudo preconceitos contra o nosso país. Deu provas disso na semana passada. Respondendo com prazer a todas as nossas perguntas. No quadro dum aeroporto internacional que poderia ter sido o de Orly.

O Reacionário Autêntico

A existência do reacionário autêntico tende a escandalizar o progressista. A sua presença incomoda-o vagamente. Ante a atitude reacionária, o progressista sente um pequeno desprezo, acompanhado de surpresa e inquietação.

Para apaziguar as suas dúvidas, o progressista costuma interpretar essa atitude intempestiva e chocante como um disfarce de interesses ou como um sintoma de estupidez; mas sozinhos, o jornalista, o político e o tolo não se surpreendem, secretamente, com a tenacidade com que as inteligências superiores do Ocidente, desde há cento e cinquenta anos, acumulam objeções contra o mundo moderno. Um desdém complacente não parece, com efeito, a resposta adequada a uma atitude em que um Goethe pode irmanar-se com um Dostoiévski.

Mas se todas as teses do reacionário surpreendem o progressista, a mera postura reacionária desconcerta-o. Que o reacionário proteste contra a sociedade progressista, que a julgue e que a condene, mas que se resigne, sem embargo, ao seu atual monopólio da história, parece-lhe uma posição extravagante.

O progressista radical, por um lado, não compreende como o reacionário condena um facto que admite, e o progressista liberal, por outro lado, não entende como ele admite um facto que condena.

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Aristides de Sousa Mendes: falsificação e mentira


Escrito por Miguel Bruno Duarte

Fonte: [link]

Veio finalmente a lume, numa edição de autor, o livro intitulado O cônsul Aristides de Sousa Mendes: a Verdade e a Mentira, assinado pelo embaixador Carlos Fernandes. Trata-se, na sua essência, de uma desmitificação da figura de Sousa Mendes enquanto herói salvador de milhares de refugiados no eclodir da Segunda Guerra Mundial, entre os quais um grande número de judeus, bem como da reposição da verdade histórica falseada no plano de uma campanha interna e internacional que não poupa a pessoa impoluta e aristocrática de Oliveira Salazar, assim como membros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e outras figuras no contexto afim (1).
De resto, num livro de José-Alain Fralon sobre A. de Sousa Mendes (2), constam igualmente alguns elementos que nos ajudam a compreender até que ponto se fabrica, insinua e propala a mentira enganosa sobre tão desditosa personagem, a saber:

Solstício de Inverno

À semelhança do que todos os anos acontece, a Legião Vertical celebrou mais um Solstício de Inverno evocando a memória de uma camarada caído.
Aqui fica o texto lido durante a cerimónia deste ano.

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François Duprat
François Duprat nasceu a 26 Outubro de 1940 em Ajaccio, na Córsega, embora tenha passado grande parte da sua juventude em Baiona, no País Basco francês.
Proveniente de uma família comunista, a sua primeira militância política foi num grupo trotskista.
No entanto, em 1958 adere ao grupo Jeune Nation de Pierre Sidos, e depois ao Parti Nationaliste, tornando-se o responsável pela zona de Baiona e mais tarde por todo o sudoeste.
Em 1959 muda-se para Paris, para prosseguir os seus estudos de história, tornando-se um dos membros fundadores da Fédération des Étudiants Nationalistes.
A sua actividade, bem como as suas ligações à OAS, fizeram com que fosse preso por “atentado à segurança do Estado” no início dos anos 60.
Em 1964, participou na criação do movimento Occident e entre Outubro de 1964 e Outubro de 1965 foi o responsável pela propaganda do Estado do Catanga de Moise Tshombe.
De regresso a França, colabora com o jornal Rivarol e torna-se membro do Secretariado Político do movimento Occident, coordenando a sua propaganda e assumindo o cargo de redactor-chefe do seu órgão: Occident-Université.
No entanto, em Março de 1967 demite-se, em desacordo com a direcção do movimento.
Passa então a colaborar estreitamente com Maurice Bardèche, tornando-se o redactor-chefe oficioso da revista Défense de l’Occident.
François Duprat fez também parte do grupo que em 1970 fundou o movimento Ordre Nouveau, fazendo parte do seu Secretariado Político e ocupando-se, naturalmente, da sua propaganda, criando o chamado “estilo Ordre Nouveau: provocador, belicoso, violento”.
Em 1972 o movimento Ordre Nouveau, muito por influência de Duprat, cria a Frente Nacional, concebida como uma plataforma eleitoral para o movimento.
Em Dezembro de 1973 publica o primeiro número de Les Cahiers Européens e em 1974 cria os Comités d’Union des Nationaux, tendo em vista apoiar a primeira campanha presidencial de Jean-Marie Le Pen.
No seio da Frente Nacional, Duprat é o responsável pela Comissão Eleitoral, ou seja, é ele o responsável pelas questões estratégicas e de propaganda.
Paralelamente, Duprat desenvolve a sua própria tendência no seio da FN, criando em 1976 os Groupes Nationalistes Révolutionnaires, cuja influência no seio da FN é ilustrada pelo facto de o seu número dois – Alain Renault – ser também o secretário-geral da Frente Nacional.
De entre as várias publicações que fundou e em que colaborou, destaca-se a Revue d’Histoire du Fascisme. Segundo Duprat, “não devemos deixar aos nossos adversários, marxistas e regimistas, o monopólio da apresentação histórica dos homens, dos factos e das ideias. A história é um extraordinário instrumento de combate e uma das mais importantes razões das nossas dificuldades políticas reside na exploração histórica e na deformação sistemática das experiências nacionalistas do passado”.
François Duprat teve também um papel importante na divulgação das correntes revisionistas em França, tento publicado, em 1967, um artigo na revista Défense de l'Occident intitulado “O Mistério das Câmaras de Gás”; a partir de 1976, utiliza os seus Cahiers Européens para divulgar várias traduções de obras revisionistas, tais como The Hoax of the Twentieth Century do americano Arthur Butz ou Did Six Million Really Die? do britânico Richard E. Harwood.
Em Março de 1978, pela manhã, uma violenta explosão destrói o carro em que seguia com a sua mulher, quando se deslocava para a escola em que dava aulas de história. Duprat morre de imediato mas a sua mulher sobrevive, apesar de gravemente ferida.
O atentado foi, à época, reivindicado por dois grupos sionistas até então desconhecidos, embora a polícia tenha descartado tal possibilidade. Muitas outras teorias foram avançadas acerca do seu assassinato. Alguns acusaram a Mossad, devido ao apoio que Duprat sempre deu à causa palestiniana; outros apontaram o dedo a grupos de extrema-esquerda ou ainda a grupos nacionalistas rivais. A aparente falta de interesse em investigar o atentado, levou também a especulações acerca do envolvimento dos serviços do Estado no atentado.
Seja como for, a verdade é que as investigações levadas a cabo não levaram a qualquer acusação e até hoje desconhecem-se os verdadeiros responsáveis pelo atentado.
François Duprat foi um intelectual e um militante, um homem de pensamento e de acção. Esteve sempre na linha da frente do combate político e ideológico, e, em última análise, pagou a sua militância incansável com a própria vida.

François Duprat – Presente!

Traduzido e adaptado de: www.jeune-nation.com/culture/francois-duprat-6-octobre-1940-18-mars-1978.html

Aniversário do nascimento de Julius Evola

Hoje celebra-se o aniversário do nascimento de Julius Evola (19-Maio-1898).

Filósofo, escritor metapolítico e um dos mestres da Cultura e Tradição Europeias, foi um defensor do tradicionalismo, com uma visão "ascendente" ou continuamente melhor para a sociedade.

A nossa melhor homenagem, é nunca esquecer:

"Uma única coisa deve importar ao Homem: permanecer de pé entre as ruínas"
Julius Evola

Adenda ao último post

De Eduard Alcántara:

"Evola dice que para ser de 'raza pura' tienes que cumplir con los 3 niveles de la misma: la 'raza del espíritu', la 'raza del alma' y la 'raza del cuerpo'. La del cuerpo es un reflejo de la del alma y ésta de la del espíritu. En el plano del Espíritu se debe conquistar un tipo de Espiritualidad solar, esto es, llegar al Conocimiento del Principio Primero eterno e Inmutable y transformar interiormente hasta hacerte uno con él (esto a través de la 'vía heroica' que supone la Iniciación).  En el plano del alma (como sinónimo de mente), como de forma natural al haber culminado lo dicho anteriormente en el plano del Espíritu, se deben hacer nuestros valores como la 'gravitas', la fidelidad, el honor, la lealtad, la constancia, la impasibilidad, el espíritu de servicio y sacrificio, la abnegación,... Y en el plano del cuerpo los valores propios del plano del alma se reflejarán en una nobleza de rostro de ese hombre indoeuropeo que, dicho sea de paso, al ser, a su vez, descendiente del hombre boreal de la Edad de Oro es el único que atesora la potencialidad de Conquistar la Eternidad (a través de la mencionada 'vía heroica').
Este arquetipo de 'raza pura', que cumple con los tres planos del hombre, no es un punto de partida sino una meta a la que aspirar. Se llegue a su culminación o no lo cierto es que si se brega por ello se habrá recorrido mucho camino que, quizás, sea completado en el post mortem.

Para conocer los pormenores esta vía post mortem es recomendable la lectura del "Libro Tibetano de los muertos" o "Bardo Thodol" o del "Libro egipcio de los muertos". De ella hablo en https://septentrionis.wordpress.com/2009/02/08/la-ilusion-reencarnacionista/
 
 
Ciertamente el cristianismo no acredita en la necesariedad de las cualificaciones innatas y es por esto (en parte)por lo que ofrece la posibilidad a todos.
 
Para saber de lo explicado por Evola sobre el tema de la raza tenemos su "Sintesi di dottrina della raza" (traducido al castellano como "La raza del Espíritu) y sus "Orientaciones para una educación racial". También escribí al respecto:
 
Mucho se ha escrito, a partir del desconocimiento, sobre la postura que el gran intérprete de la Tradición, Julius Evola, mantuvo a lo largo de su vida a propósito ...
 


Hace algún tiempo redactamos un escrito bajo este mismo título. En aquella ocasión empezamos por intentar realizar un esbozo de la ´doctrina de la raza´ que el ...
 
 
Lamentablemente sigue sin entenderse, por franco desconocimiento, la postura que Julius Evola tenía con referencia al tema racial. Tanto es así que hace poco ...
 


Las presentes líneas no son más que la continuación de tres escritos que fuimos publicando hace un tiempo y que llevaban el mismo título que éste. El sentido de ...
 
 
 
 
 
Um dia alguém nos comentava uma passagem da Cidade de Deus de Santo Agostinho: Vês aqueles homens (?), parecem iguais a nós, alguns até são muito parecidos, mas é só exteriormente porque por dentro eles não nos pertencem e estão até nos nossos antípodas.

ENTREVISTA A EDUARD ALCÁNTARA

Hace unos pocos años se nos realizó, de parte de Editorial Eas, una entrevista que hasta ahora había quedado inédita. Dado que los contenidos de nuestras respuestas responden, como no podía ser de otra manera, a nuestra concepción Tradicional de la existencia hemos decidido su publicación:

PREGUNTA:
Estimado Sr. Alcántara, la educación pública está envuelta por un dogma invulnerable que presupone ciegamente una línea de progreso positiva, causando así la despreocupación y confianza por la educación de las nuevas generaciones, de la que debiera encargarse el Estado muy adecuada y honestamente. ¿Podría hablarnos de la realidad del ámbito educativo en España, teniendo en cuenta su cercanía al mismo? ¿Por qué patrones generales se rige, por ejemplo, la asignatura de “Historia” y/o “Filosofía” oficialmente?
RESPUESTA:
Vivimos en una época en la que sólo se habla de derechos (que, por otro lado, el Establishment casi nunca cumple) y a duras penas se hace mención a los deberes y obligaciones. El deber presupone esfuerzo y éste resulta casi incomprensible – a la vez que poco menos que algo denostado- en especial para las generaciones más jóvenes que sólo conocen de la vida fácil en la que sus deseos les suelen ser satisfechos sin la contrapartida del haber hecho merecimientos para obtenerlos. Exigirles esfuerzos y el cumplimiento de sus deberes choca, pues, con su fofo carácter no forjado y los resultados se plasman, ¡cómo no!, en el ámbito educativo con una deficiente asimilación de los contenidos (ya de por sí rebajados en su dificultad) trabajados en clase. Nuestro mundo hedonista es laxo y nuestros alumnos son un fiel reflejo de esa laxitud.
Si a los alumnos se les imbuye de la idea de que vivimos en la mejor de las sociedades posibles, de que el nuestro es el mundo más evolucionado y de que, por contra, el pasado equivalía a retraso cultural y político poco interés pueden tener hacia la historia de su comunidad y/o de la entidad política y/o étnica a la que pertenecen y menos aún hacia la de otras comunidades que le son más o menos ajenas; aunque, paradójicamente, se existe (desde las instancias político-culturales) un incomprensible y aun oscuro interés de ensalzar, entre el alumnado, la historia de pueblos, culturas y etnias totalmente ajenos a la idiosincracia, valores y concepción del mundo que fueron los nuestros característicos. Resulta difícil saber si estos procederes responden a la convicción, por parte de sus mentores, de que en efecto la historia de otros pueblos disímiles al nuestro resulta más loable que la nuestra propia (y, por ello, más digna de ser enseñada a lo largo de las diferentes etapas educativas) o, en cambio, si dichos procederes son fruto de oscuros, negros e inconfesables intereses, maniobras y planes que pretenden cercenar nuestras raíces y nuestra esencia más genuina para convertirnos, definitivamente, en materia fácilmente dúctil y manipulable de cara a los intereses y a las estrategias de este mundo globalizado que va abocando al género humano a una situación mental de encefalograma plano. Quizás dichos procederes respondan a una suerte de enfermizo y suicida etnomasoquismo que ha ido creciendo al calor de la ideología dominante tras el triunfo de la Revolución Francesa y que ha hecho triunfar lo pusilánime, lo igualitario y los valores mercantiles y denosta lo jerárquico, el heroísmo, la concepción trascendente de la existencia, lo viril, guerrero y heroico y, por todo ello, abomina de lo más álgido de nuestra historia …cuyos momentos y hechos más memorables se alumbran en el seno -y a causa- de esos valores a los que anatemiza la ideología dominante.
El área -o asignatura- de Historia viene dada con una hipertrofia de contenidos de orden socio-económico, demográfico, comercial,… que suele hastiar hasta la exasperación al alumnado y le aleja de cualquier tipo de interés por esta disciplina. En cambio, se le ocultan hazañas, momentos épicos, personajes de gesta que despertarían el interés por la historia pero que al Sistema le supondría un grave inconveniente …el inconveniente de que el alumnado contrastara pasados episodios, valores y personajes dignos de encomio con la miseria humana preponderante hoy en día, con la medianía, la bajeza, la ruindad y la mediocridad del proceder de nuestros actuales congéneres en general y de nuestros dirigentes en particular y que, asimismo, contrastara con los antivalores que desgraciadamente rigen hoy en la actualdad. Y es que quien desconoce la historia suele ser más dócil por ser más acrítico, pues sólo conoce del mundo insulso, materialista y consumista en el que se ha criado y desconoce otras posibilidades, otros valores, otra forma de vertebrar la sociedad, otras maneras de entender la vida y otro tipo de instituciones políticas con las que comparar el paroxismo reinante.
El liberalismo, como ideología dominante, también ha seleccionado a su conveniencia el temario de asignaturas como la de Filosofía, difundiendo entre los estudiantes aquellas corrientes de pensamiento que le son más cercanas, o bien aquéllas en las que encuentra sus fundamentos y sus orígenes: racionalismo, enciclopedismo, Ilustración, idealismo, positivismo, empirismo, existencialismo o hasta el marxismo hallan amplio eco en los planes de enseñanza. A estas corrientes de pensamiento habría que añadir otras tales como el evolucionismo o el psicoanálisis que han sido presentadas como ciencias pero que no son más que deletéreas formas de pensamiento. Cuando se echa mano a la filosofía clásica el Sistema sabe qué filones (corrientes y autores) explotar y sabé, igualmente, qué visión sesgada o, peor aun, manipulada ofrecer al alumnado …no oculta -porque no puede-, p. ej., a un Platón pero se cuida muy mucho de penetrar en la esencia de su filosofía, pues ésta resulta de un total contraste y de una irreductible oposición a la ideología que lo sustenta (que sustenta al Sistema político e ideológico actual).

Continua aqui

O VERDADEIRO CORPORATIVISMO

Julius Evola

Hoje em dia, em certos ambientes, o corporativismo é uma das ideias mais em voga e a serem revalorizadas, tendo em vista uma obra de reconstrução nacional. Não podemos deixar de aderir a este ponto de vista, porquanto a ideia de corporação teve, no período fascista, o valor de uma daquelas reivindicações dos princípios de um ordenamento sadio e normal que, se tivessem sido adequadamente desenvolvidas, poderiam ter feito frente a processos económico-sociais perniciosos.
Sem dúvida que se deve destacar que tal desenvolvimento não teve sempre o curso desejado e, hoje em dia, se se tivesse de voltar a assumir uma posição antidemocrática e antimarxista, este conceito teria de passar por uma revisão e interpretação adequados.
Em primeiro lugar, deve ter-se em conta que o conceito de corporação tem um valor efectivo enquanto possuir um carácter tradicional. Por isso, devem ser rechaçadas certas valorizações historicistas a respeito do corporativismo, como aquelas que queriam fazer dele un quid medium ou, de acordo com um certo jargão, uma ‘síntese dialéctica’, uma ‘terceira posição’ entre uma ‘esquerda’ e uma pretensa ‘direita’, em matéria económica, entre liberalismo e marxismo, ou análogas oposições. Tais jogos conceptuais podem fazer nascer confusões perigosas, descuidando situações de facto que nem sequer deixaram escapar os teóricos do ‘materialismo histórico’; posto que se deve reconhecer inquestionavelmente que o liberalismo – seja a nível económico como noutros âmbitos – não foi senão uma fase preliminar de desagregação da ordem tradicional, a qual teria de paulatinamente dar lugar a resoluções classistas, socialistas e proletárias. Com o corporativismo não se trata pois de combinar de forma conjunta aquilo que não são duas instâncias diferentes – liberalismo e colectivismo – senão em alternativa duas fases de um único processo descendente; trata-se de limpar o terreno e de voltar às origens: de retomar o nível de ideia formativa e dadora de sentido, um princípio que foi vivente e eficiente antes que interviessem os processos de dissolução da era ‘moderna’.
No corporativismo fascista actuou, em certo momento, uma exigência desse tipo: sem dúvida diremos que isso aconteceu de uma forma semiconsciente e portanto com insuficiente radicalidade. Com efeito, no corporativismo fascista subsistiu, apesar de tudo, um resíduo marxista, uma vez que a concepção classista foi parcialmente reconhecida. Isto é, permaneceu a ideia-base de dois enquadramentos que foram reconhecidos como tais e que se tratou apenas de harmonizar as estruturas, lamentavelmente muitas vezes somente burocráticas, do Estado corporativo. Desse modo, não se atacou de forma definitiva o mal nas suas raízes. Tem também interesse analisar que orientação seguir e ter presente a forma como a ideia corporativa se desenvolveu na Alemanha. Aqui a tendência fundamental foi justamente a de partir o enquadramento classista através de um sistema no qual a superação da antítese marxista teria de realizar-se no interior da empresa. Na mesma empresa onde o marxismo a havia derrogado, a unidade devia ser reconstituída. E a ideia tradicional da corporação voltou a apresentar-se na forma moderna de comunidade orgânica, na qual capital e trabalho, possuidores dos instrumentos produtivos, resultam intimamente vinculados numa comunidade de vontade e de finalidade que tem um carácter menos económico e mais ético. Nem capitalistas, nem operários proletários, mas ‘chefes’ e ‘seguidores’ (tal era justamente a terminologia) na empresa, numa solidariedade variadamente garantida e tutelada que não exclui hierarquia e que numa e na outra parte pressupõe a faculdade de elevar-se mais além do interesse puramente individual como uma formação militar e guerreira.
Não era diferente disto o espírito das antigas corporações, inclusive a partir das romanas: uma vez que estas, de acordo com uma expressão característica, estavam constituídas ad exemplus reipublicae, isto é, à imagem do Estado, e nas mesmas designações (por exemplo nas de milites o milites caligati para os simples seguidores da corporação) e repartições (decúrias, centúrias) reflectiam no seu plano o ordenamento militar. E este espírito conservou-se no homem germano-romano medieval, no qual se punha em relevo a dignidade de um ser livre entre os que pertenciam a uma corporação, reafirmava-se o orgulho de cada um de pertencer à mesma e por amor fazia o trabalho concebido como uma arte e uma expressão da própria personalidade e à entrega do inferior correspondia o cuidado e o saber dos ‘mestres’ e o compromisso dos superiores para o acrescento e a elevação da unidade colectiva. O problema da ‘propriedade’ não aparecia aqui para nada, tão natural era a ligação entre os diferentes elementos do processo produtivo com um fim comum.
Tudo isto pode ser lançado em conjunto com as formas ligadas à economia do passado e que voltamos a traduzir nas adequadas formulações modernas, tal como na Alemanha se tinha tratado de fazer. Quanto ao espírito – o que equivale a dizer: enquanto ideia formativa superior e anterior a qualquer problema técnico – o mesmo não seria alvo de uma verdadeira reconstrução. O ponto fundamental é constituído pelo momento ético. A íntima finalidade da ideia corporativa tradicional é a de elevar o plano daquelas actividades inferiores que se vinculam ao domínio produtivo e ao interesse material ao plano mais alto que no mundo antigo correspondia à casta dos ‘guerreiros’ que se encontrava num plano superior à dos ‘servos’ (proletariado) e dos ‘mercadores’ (capitalistas).
Porque quando a empresa-corporação, uma vez superada a ideia classista, se organiza, tomando como ‘exemplo um Estado’, e à responsabilidade do compromisso e ao sentido de honra dos chefes – os quais devem encontrar-se no centro da sua unidade e não ser os consumidores parasitários de proveitos e dividendos, em detrimento do complexo produtivo – corresponde o compromisso e a fidelidade dos subordinados, então se reflectia também no domínio de uma economia ética clara, viril e personalizada, própria de um mundo guerreiro.
Então, no mesmo ambiente desfavorável próprio da civilização moderna da máquina, o homem, seria elevado tanto no alto como no baixo, podendo assim readquirir a sua face e a sua acção tornar-se-ia merecedora de um sentido: na sequência de uma acção política de conjunto, acabar-se-ia por erradicar as excrescências teratológicas do capitalismo e da finança sem pátria e propiciar uma adequada articulação dos grandes complexos da produção. Aqui o processo negativo de proletarização, sobre o qual o marxismo assenta, poderá ser sensivelmente reduzido mediante a aplicação do princípio corporativo em espaços mais restritos, de tal modo que a unidade de conjunto da empresa-corporação resulte de uma coordenação e hierarquização de várias unidades menores de análoga estrutura: em síntese, o ponto fundamental é introduzirem-na na empresa e tornar em orgânicas as instituições unificadoras que no corporativismo fascista se encontravam fora dessa mesma empresa, mas tinham um carácter burocrático estatal e mantinham uma dualidade de enquadramentos gerais.
Isto são naturalmente esboços, compreendidos para indicar uma direcção, com vista sobretudo a um princípio sobre o qual nunca se insistirá o suficiente, isto é, a mudança de mentalidade, a reintegração do homem de sensibilidade normal e, onde seja isto possível, superior. A desproletarização, mais do que tratar-se de um fim social, é uma tarefa interna. Implica a capacidade de aquela ética viril da corporação tradicional, da qual se falou, e que é o único verdadeiro cimento para as unidades de uma economia orgânica. Quanto aos diferentes problemas, técnicos e estruturais, que hoje em dia são postos em primeiro plano, tais como a comparticipação nas receitas, comissões internas, conselhos de gestão, e outros similares, estes são problemas que devem ser considerados como ponto de chegada e não ponto de partida. Devem resolver-se num clima diferente, antimarxista, justamente ‘corporativo’ de acordo com um desenvolvimento interno natural, num espírito que os liberte de qualquer tendenciosidade de ‘classe’.
Hoje ao nos debruçarmos sobre o conceito de ‘corporativismo’, devemos aprofundar e reformular tudo aquilo que, no sentido do que foi aqui mencionado, tinha começado a ganhar forma na Itália e na Alemanha. Nos ambientes nos quais se quer preparar um renascimento político italiano, será necessário que se convoquem pessoas qualificadas para isso, para um estudo sistemático sério e para uma orientação que hoje se sente mais necessária do que nunca.
Com efeito existe, em especial em Itália, uma situação de desordem, erradamente contida com medidas que, querendo resolver uma erupção cutânea, acabam por chegar a uma febre devida à intoxicação do sangue. Esta intoxicação, que contaminou grande parte da classe trabalhadora, é o marxismo e o socialismo, a mentalidade classista, a propalada e artificial "consciência de classe".
A febre hoje serpenteia na forma ‘sindical’; as suas erupções endémicas são as desordens, as agitações, as greves convertida em coisa normal e natural, para prostrar a nossa nação até ao ponto desejado de formas extremas de subversão mundial.
Apenas conferindo ao ideal corporativo o significado orgânico, articulado de unidade quase guerreira, que teve tradicionalmente, e dando aos interesses superiores maior força, em vez do impulso materialista, o mal poderá ser atacado nas suas raízes, e, nesta ‘época da economia’, poderão ser mantidos valores vinculados a uma alta concepção do homem e da vida.

Il Meridiano d’Italia, 04/12/1949

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