Solstício de Inverno
sexta-feira, dezembro 22, 2017
11:30 da tarde
Etiquetas: Actividades , Citações , Documentos , Doutrina
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À semelhança do que todos os anos acontece, a Legião Vertical celebrou mais um Solstício de Inverno evocando a memória de uma camarada caído.
Aqui fica o texto lido durante a cerimónia deste ano.
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François Duprat
François Duprat nasceu a 26 Outubro de 1940 em Ajaccio, na
Córsega, embora tenha passado grande parte da sua juventude em Baiona, no País
Basco francês.
Proveniente de uma família comunista, a sua primeira militância política
foi num grupo trotskista.
No entanto, em 1958
adere ao grupo Jeune Nation de Pierre Sidos, e depois ao Parti Nationaliste,
tornando-se o responsável pela zona de Baiona e mais tarde por todo o sudoeste.
Em 1959
muda-se para Paris, para prosseguir os seus estudos de história, tornando-se um
dos membros fundadores da Fédération des Étudiants Nationalistes.
A sua
actividade, bem como as suas ligações à OAS, fizeram com que fosse preso por
“atentado à segurança do Estado” no início dos anos 60.
Em 1964,
participou na criação do movimento Occident
e entre Outubro de 1964 e Outubro de 1965 foi o responsável pela propaganda do
Estado do Catanga de Moise Tshombe.
De regresso a
França, colabora com o jornal Rivarol
e torna-se membro do Secretariado Político do movimento Occident, coordenando a sua propaganda e assumindo o cargo de
redactor-chefe do seu órgão: Occident-Université.
No entanto,
em Março de 1967 demite-se, em desacordo com a direcção do movimento.
Passa então a
colaborar estreitamente com Maurice Bardèche, tornando-se o redactor-chefe
oficioso da revista Défense de l’Occident.
François
Duprat fez também parte do grupo que em 1970 fundou o movimento Ordre Nouveau, fazendo parte do seu
Secretariado Político e ocupando-se, naturalmente, da sua propaganda, criando o
chamado “estilo Ordre Nouveau:
provocador, belicoso, violento”.
Em 1972 o movimento Ordre Nouveau, muito por influência de
Duprat, cria a Frente Nacional, concebida como uma plataforma eleitoral para o
movimento.
Em Dezembro de 1973 publica o primeiro número de Les Cahiers Européens e em 1974 cria os Comités d’Union des Nationaux,
tendo em vista apoiar a primeira campanha presidencial de Jean-Marie Le Pen.
No seio da
Frente Nacional, Duprat é o responsável pela Comissão Eleitoral, ou seja, é ele
o responsável pelas questões estratégicas e de propaganda.
Paralelamente, Duprat desenvolve a sua própria tendência no seio da FN,
criando em 1976 os Groupes Nationalistes Révolutionnaires, cuja influência no seio da FN é
ilustrada pelo facto de o seu número dois – Alain Renault – ser também o
secretário-geral da Frente Nacional.
De entre as
várias publicações que fundou e em que colaborou, destaca-se a Revue d’Histoire
du Fascisme. Segundo Duprat, “não devemos deixar aos nossos adversários,
marxistas e regimistas, o monopólio da apresentação histórica dos homens, dos
factos e das ideias. A história é um extraordinário instrumento de combate e
uma das mais importantes razões das nossas dificuldades políticas reside na
exploração histórica e na deformação sistemática das experiências nacionalistas
do passado”.
François Duprat teve também
um papel importante na divulgação das correntes revisionistas em França, tento
publicado, em 1967, um artigo na revista Défense
de l'Occident intitulado “O Mistério das Câmaras de Gás”; a partir de 1976,
utiliza os seus Cahiers Européens para
divulgar várias traduções de obras revisionistas, tais como The Hoax of the Twentieth Century do
americano Arthur Butz ou Did Six Million
Really Die? do britânico Richard E. Harwood.
Em Março de
1978, pela manhã, uma violenta explosão destrói o carro em que seguia com a sua
mulher, quando se deslocava para a escola em que dava aulas de história. Duprat
morre de imediato mas a sua mulher sobrevive, apesar de gravemente ferida.
O atentado
foi, à época, reivindicado por dois grupos sionistas até então desconhecidos,
embora a polícia tenha descartado tal possibilidade. Muitas outras teorias
foram avançadas acerca do seu assassinato. Alguns acusaram a Mossad, devido ao
apoio que Duprat sempre deu à causa palestiniana; outros apontaram o dedo a
grupos de extrema-esquerda ou ainda a grupos nacionalistas rivais. A aparente
falta de interesse em investigar o atentado, levou também a especulações acerca
do envolvimento dos serviços do Estado no atentado.
Seja como
for, a verdade é que as investigações levadas a cabo não levaram a qualquer
acusação e até hoje desconhecem-se os verdadeiros responsáveis pelo atentado.
François Duprat foi um
intelectual e um militante, um homem de pensamento e de acção. Esteve sempre na
linha da frente do combate político e ideológico, e, em última análise, pagou a
sua militância incansável com a própria vida.
François Duprat – Presente!
Traduzido e
adaptado de: www.jeune-nation.com/culture/francois-duprat-6-octobre-1940-18-mars-1978.html
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