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Solstício de Inverno

À semelhança do que todos os anos acontece, a Legião Vertical celebrou mais um Solstício de Inverno evocando a memória de uma camarada caído.
Aqui fica o texto lido durante a cerimónia deste ano.

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François Duprat
François Duprat nasceu a 26 Outubro de 1940 em Ajaccio, na Córsega, embora tenha passado grande parte da sua juventude em Baiona, no País Basco francês.
Proveniente de uma família comunista, a sua primeira militância política foi num grupo trotskista.
No entanto, em 1958 adere ao grupo Jeune Nation de Pierre Sidos, e depois ao Parti Nationaliste, tornando-se o responsável pela zona de Baiona e mais tarde por todo o sudoeste.
Em 1959 muda-se para Paris, para prosseguir os seus estudos de história, tornando-se um dos membros fundadores da Fédération des Étudiants Nationalistes.
A sua actividade, bem como as suas ligações à OAS, fizeram com que fosse preso por “atentado à segurança do Estado” no início dos anos 60.
Em 1964, participou na criação do movimento Occident e entre Outubro de 1964 e Outubro de 1965 foi o responsável pela propaganda do Estado do Catanga de Moise Tshombe.
De regresso a França, colabora com o jornal Rivarol e torna-se membro do Secretariado Político do movimento Occident, coordenando a sua propaganda e assumindo o cargo de redactor-chefe do seu órgão: Occident-Université.
No entanto, em Março de 1967 demite-se, em desacordo com a direcção do movimento.
Passa então a colaborar estreitamente com Maurice Bardèche, tornando-se o redactor-chefe oficioso da revista Défense de l’Occident.
François Duprat fez também parte do grupo que em 1970 fundou o movimento Ordre Nouveau, fazendo parte do seu Secretariado Político e ocupando-se, naturalmente, da sua propaganda, criando o chamado “estilo Ordre Nouveau: provocador, belicoso, violento”.
Em 1972 o movimento Ordre Nouveau, muito por influência de Duprat, cria a Frente Nacional, concebida como uma plataforma eleitoral para o movimento.
Em Dezembro de 1973 publica o primeiro número de Les Cahiers Européens e em 1974 cria os Comités d’Union des Nationaux, tendo em vista apoiar a primeira campanha presidencial de Jean-Marie Le Pen.
No seio da Frente Nacional, Duprat é o responsável pela Comissão Eleitoral, ou seja, é ele o responsável pelas questões estratégicas e de propaganda.
Paralelamente, Duprat desenvolve a sua própria tendência no seio da FN, criando em 1976 os Groupes Nationalistes Révolutionnaires, cuja influência no seio da FN é ilustrada pelo facto de o seu número dois – Alain Renault – ser também o secretário-geral da Frente Nacional.
De entre as várias publicações que fundou e em que colaborou, destaca-se a Revue d’Histoire du Fascisme. Segundo Duprat, “não devemos deixar aos nossos adversários, marxistas e regimistas, o monopólio da apresentação histórica dos homens, dos factos e das ideias. A história é um extraordinário instrumento de combate e uma das mais importantes razões das nossas dificuldades políticas reside na exploração histórica e na deformação sistemática das experiências nacionalistas do passado”.
François Duprat teve também um papel importante na divulgação das correntes revisionistas em França, tento publicado, em 1967, um artigo na revista Défense de l'Occident intitulado “O Mistério das Câmaras de Gás”; a partir de 1976, utiliza os seus Cahiers Européens para divulgar várias traduções de obras revisionistas, tais como The Hoax of the Twentieth Century do americano Arthur Butz ou Did Six Million Really Die? do britânico Richard E. Harwood.
Em Março de 1978, pela manhã, uma violenta explosão destrói o carro em que seguia com a sua mulher, quando se deslocava para a escola em que dava aulas de história. Duprat morre de imediato mas a sua mulher sobrevive, apesar de gravemente ferida.
O atentado foi, à época, reivindicado por dois grupos sionistas até então desconhecidos, embora a polícia tenha descartado tal possibilidade. Muitas outras teorias foram avançadas acerca do seu assassinato. Alguns acusaram a Mossad, devido ao apoio que Duprat sempre deu à causa palestiniana; outros apontaram o dedo a grupos de extrema-esquerda ou ainda a grupos nacionalistas rivais. A aparente falta de interesse em investigar o atentado, levou também a especulações acerca do envolvimento dos serviços do Estado no atentado.
Seja como for, a verdade é que as investigações levadas a cabo não levaram a qualquer acusação e até hoje desconhecem-se os verdadeiros responsáveis pelo atentado.
François Duprat foi um intelectual e um militante, um homem de pensamento e de acção. Esteve sempre na linha da frente do combate político e ideológico, e, em última análise, pagou a sua militância incansável com a própria vida.

François Duprat – Presente!

Traduzido e adaptado de: www.jeune-nation.com/culture/francois-duprat-6-octobre-1940-18-mars-1978.html

Equinócio de Primavera

Mais uma vez, e como sempre, a Legião celebrou o Equinócio de Primavera saudando o nascer do Sol.
Ocasião em que o dia e a noite se equilibram, o fim do Inverno e o início de um tempo mais quente.
É a altura onde a Natureza renasce... assim como o Legionário.











Solstício de Inverno

Tal como todos os anos, a Legião celebrou, no passado dia 21, a sua cerimónia do Solstício de Inverno. No dia mais curto do ano, no dia em que o Sol morre para de seguida renascer, a Legião evoca sempre aqueles que, embora já não se encontrando fisicamente entre nós, continuam a marchar nas nossas fileiras em espírito. Aqui fica o texto lido durante a cerimónia deste ano:
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 Em 2009 a estreia americana do filme alemão A Woman in Berlin e um estudo universitário sobre as vítimas alemãs de violação começaram a despertar a atenção para um assunto que ainda é considerado um tabu na sociedade alemã e ocidental da actualidade: as violações em massa de mulheres alemãs perpetradas pelos soldados do Exército Vermelho, após a queda do III Reich de Hitler.
Quanto ao filme, este é baseado num diário de uma mulher anónima berlinense, que teve vida bem real. Dolorosamente real.  Baseia-se num livro, da autoria da jornalista  Marta Hillers, publicado numa edição anónima. A narrativa cobre a época que vai de 20 de Abril a 22 de Junho de 1945, durante a tomada de Berlim por parte da forças soviéticas. A escritora descreve a propagação de situações de estupro por parte dos soldados do Exército Vermelho, inclusive a dela própria. A sobrevivência era encarada por estas mulheres com algum pragmatismo, e por vezes escolhiam alguns oficiais soviéticos de alta patente para sua protecção. Quando foi publicado em 1953 na Alemanha Ocidental, o livro foi recebido com desprezo e negação. A autora recusou-se a publicar outra edição durante o seu tempo de vida. A primeira edição em inglês surge nos EUA em 1954. Em 2003, dois anos depois da morte de Hiller, uma nova edição é publicada na Alemanha, de novo anónima. Um editor alemão Jens Bisky, identificou a autoria do livro como sendo da jornalista Marta Hillers, o que causou alguma controvérsia literária, tendo certas facções político-intelectuais colocado questões quanto à sua autenticidade. Mais tarde , em 2008 irá dar origem ao filme mencionado.  
As questões colocadas pelos críticos do livre vêm sendo facilmente desmontadas, pelo menos, quanto à veracidade histórica da narrativa. Pois os historiadores apontam que cerca de dois milhões de mulheres alemãs foram violadas após as forças soviéticas e dos aliados terem derrotado o exército alemão, na primavera de 1945. Durante décadas, as mulheres alemãs mantiveram silêncio acerca deste facto, tal como acontece com um trauma profundo.
No entanto, actualmente, um investigador alemão encetou um estudo pioneiro acerca destas vítimas de violação.
Após um longo silêncio, a propósito desse estudo, uma contemporânea desse funesto período, Ruth Schumacher, com 83 anos, decidiu contar a sua história, no ido ano de 2009. Ela lembra-se com clareza de vários factos, como por exemplo de pedir abrigo e protecção dos ataques aéreos de americanos e soviéticos. Tinha 18 anos de idade quando estava  amontoada e ferida, em conjunto com dezenas de civis, com água gélida até aos joelhos, numa mina abandonada em  Halle-Bruckdorf, na Alemanha Oriental.
Conta ela que pouco demorou até os combates terem acabado e, após as forças americanas se terem retirado, os soldados do Exército Vermelho começaram a atacar sexualmente as mulheres mais jovens da cidade.
"Fui violada por um grupo de cinco russos. Estas memórias regressam constantemente; é impossível esquecer uma coisa destas. Por vezes, depois de ter falado sobre isto, acordo passadas poucas horas de sono com pesadelos, a gritar e a chorar. "
Schumacher de muito pouco se esqueceu, durante estes 65 anos, na memória prevalecem os rostos dos violadores e as dores sentidas. Muitas das amigas dela foram também violadas repetidamente. Mas nenhuma delas fala nunca acerca do assunto.
"Avisei uma amiga minha a quem aconteceu isto para não falar sobre o assunto a ninguém, pois seria muito perigoso. Ninguém falava sobre o que se passou."
Na Alemanha de Leste comunista, contou Schumacher que foi forçada a assinar uma declaração na qual negava peremptoriamente que alguma violação tivesse ocorrido. Na posição oficial da República Democrática Alemã, os soviéticos foram libertadores e nunca perpetradores de crimes de guerra.
Como resultado disto, para as mulheres deste antigo país, o medo de perseguição política e a vergonha - em conjunto com sentimentos de culpa pelas propaladas atrocidades do regime nazi - criaram um determinado código de silêncio.
"Eu não queria saber nada acerca do que aconteceu às outras pessoas nem elas queriam saber da minha situação. A minha consciência estava pesada quanto bastasse. Não a queria piorar ainda mais. Embora nos sentíssemos envergonhadas acerca das coisas que se falavam sobre os crimes da época nazi, nós não tínhamos culpa das atrocidades que os governos cometem." Ela também referia que alguns alguns soldados soviéticos diziam pagar na mesma moeda aquilo que as tropas alemãs haviam feito aquando da entrada das forças do Eixo na União Soviética alguns anos antes. Todavia, não há registo que prove que tal precedente se tenha verificado.
Um trauma duradouro
Os historiadores indicam que pelo menos dois milhões de mulheres alemãs foram violadas no final da II Guerra Mundial. Este número baseia-se nos registos clínicos hospitalares e nas interrupções voluntárias de gravidez aqui registadas.
Muitas mulheres, como Schumacher, foram violadas várias vezes. Os tribunais militares e outros tipos de registos denunciam várias centenas de violações perpetradas por soldados americanos e franceses em 1945, mas a grande maioria foi da autoria dos soldados soviéticos na zona oriental da Alemanha.
Dr. Phillip Kuwert, a médico catedrático da University of Greifswald, do departamento psicoterapia, aponta que cerca de 200 000 crianças foram concebidas por alemãs violadas por soldados russos.  
Aliás, Kuwert entrevistou as mulheres mais velhas das que foram violadas em 1945. O objectivo maior do estudo era registar o impacto de longo prazo do trauma que elas mostravam, Este médico pretendia obter o depoimento destas violações antes de estas mulheres morrerem.
"Elas ficaram muito sensibilizadas com o nosso estudo e tudo isto, em especial porque o seu sofrimento ganhou uma voz. Mesmo que tardia. Ter uma voz é melhor do que permanecer no silêncio para sempre." disse ele.
Mesmo assim, Kuwert escolhe muito criteriosamente as suas palavras, pois a Alemanha tem-se deparado com muitas dificuldades para lidar com o propalado passado de genocídio e crimes. Por isso, confrontou-se com muitas dificuldades para conseguir livremente pesquisar entre pessoas não judias na qualidade de vítimas.
Ele reporta também que recebeu muitos emails da parte de familiares das vítimas dizendo que muito gostariam que este estudo tivesse sido feito muitos anos antes, de modo a que suas mães e avós tivessem participado nele.
A violação de mulheres indefesas desde sempre constituiu uma arma de guerra por parte das forças ocupantes. Mesmo quando estas não se manifestam sob a forma militar. Constituem uma manifestação de força dominadora sobre algo e alguém que já não tem defesa válida, nem o elemento alpha, masculino, macho, para seu resguardo. É a ofensa máxima que algum povo, enquanto colectivo, identidade, poderá sofrer. Ele está a acontecer sob os nossos olhos, de modo mais sub-reptício e sob o beneplácito e consentimento inconsciente de muitas mulheres deste Ocidente putrefacto.
 

Conferência


JULIUS EVOLA A TRAVÉS DE SU OBRA
 
Qué mejor manera que a través de un recorrido cronológico por sus libros para mostrar no sólo el núcleo de lo que Evola entendió por Tradición sino también las diferentes doctrinas que de dicho núcleo derivan y que el maestro italiano nos presentó de forma tan brillante. Acompañaremos dicho recorrido bibliográfico con algunos significativos apuntes biográficos que ayudarán a conocer los vectores existenciales y algunos de los aconteceres políticos del gran intérprete italiano de la Tradición, a la vez que servirán para mejor contextualizar algunas de sus obras.

Aos caídos da Divisão Charlemagne - Presente!




Nesta chama os nossos antepassados viam antes a imagem do Sol Invicto. Para nós, homens das Waffen SS, a luz não poderia extinguir-se. Nós sabemos que a noite e a morte chegam. Mas sabemos também que o Sol regressará. Acreditamos que a vida renascerá.
-- Henri Fenet

Origens
Antes de falarmos sobre a Divisão Charlemagne, é obrigatória a referência à Legião que lhe deu origem: a Légion des Volontaires Français contre le Bolchévisme. Esta era designada pelos oficiais alemães como a Infantaria 638 e encetou a sua luta em 1941, tendo como objectivo e ponto alto a luta na chegada a Moscovo em Novembro de 1941. Em 25 de Junho do ano seguinte, liderados pelo major Bridou, nas margens do rio Bobr, na frente oriental conseguiram deter o avanço soviético, destruindo mais de 40 tanques, com grande sacrifício de suas vidas. Os sobreviventes viriam então a dar origem à Divisão Charlemagne.

A Divisão Charlemagne
No final de Março de 1945, cerca de mil sobreviventes da Divisão Charlemagne das Waffen SS estavam agrupados perto de Neustrelitz. Aí, o Brigadefuhrer (patente exclusiva da SS e da SA, correspondendo a um general de segundo nível) Gustav Krukenberg recebe ordens para reunir um batalhão e dirigir-se para Berlim, onde iria culminar qualquer esperança do III Reich e onde se iria colocar ponto final na II Guerra Mundial. Pediu voluntários, e consta que terá dispensado todos aqueles que não queriam mais combater. Na verdade, já se sabia que a guerra estava perdida para o lado do Reich e apenas o que estava em jogo era morrer pelo mesmo ou sobreviver, fugindo ou submetendo-se ao inimigo vitorioso. Cerca de 300 homens seguiram para Berlim em 9 camiões liderados por Krukenberg.
Antes de chegarem a Berlim, depararam-se com um bloqueio gerado pela destruição de uma ponte, o que os levou a abandonar os veículos e a prosseguir a viagem a pé, completamente exaustos, movidos por um único pensamento: chegar a Berlim! Foram a última unidade a conseguir entrar na cidade antes que as tropas soviéticas a cercassem por completo.
Entram em Berlim nos últimos dias de Abril e aí juntaram-se aos voluntários da Divisão Nordland (constituída na sua maioria por escandinavos), que fica sob o comando directo de Krukenberg.
Na Batalha de Berlim os voluntários da Charlemagne, liderados por Henri Fenet, de apenas 25 anos, oficial várias vezes condecorado pela sua bravura em cenário de guerra, não obstante estarem mal armados, conseguiram abater mais de 60 tanques soviéticos. Na hora da queda de Berlim os últimos sobreviventes franceses da Divisão encontravam-se entrincheirados no edifício do Escritório Central de Segurança do Reich, aí ainda resistiram mais um dia, impedindo que os festejos do 1º de Maio soviético viessem a celebrar-se com a sua derrota e a capitulação de Berlim.
Assim, a SS francesa Charlemagne foi a última defensora do búnquer de Hitler, combatendo até 2 de Maio, dia em que os bolcheviques viriam a capturá-la, após levarem de vencida a perseverante resistência desta divisão.
Com um poder inicial de cerca de sete mil homens, ficou reduzida a 30 efectivos. Destes, os que regressaram a França, seu país de origem, foram denunciados e enviados para os campos de prisão dos Aliados.
Conta-se que o general francês Philippe Leclerc defrontou-se com um grupo de 12 homens da SS Charlemagne e perguntou-lhes por que vestiam o uniforme alemão, ao que um deles lhe respondeu perguntando por que ele vestia um uniforme americano. Esses 12 homens foram logo executados sem nenhum tipo de processo de tribunal militar. Consta que houve mais soldados franceses mortos na guerra, lutando pela Alemanha do que aqueles que morreram em defesa do comunismo.

Sobre Henri Fenet
Henri Fenet, o líder principal da Divisão, que pouco antes da capitulação havia sido, uma vez mais, condecorado – juntamente com dois outros camaradas – pela sua bravura e capacidade de liderança, no fim da batalha encontrava-se seriamente ferido e foi afastado dos seus homens e conduzido a um hospital antes de ser levado para os campos de prisioneiros.
Diz a lenda que os restantes voluntários da Divisão Charlemagne, ou, mais apropriadamente, o que dela sobrou, saem de Berlim para os anos de cativeiro, de que muitos não regressarão, cantando, uma última vez, o Canto do Diabo:
SS marchemos rumo ao inimigo
Cantando o Canto do Diabo,
Porque no coração dos destemidos
Sopra um vento formidável.
A sorte sobe alto, desce baixo,
Que nos dê o mundo inteiro:
Convidá-los-emos ao sabbat
E rimos com prazer.
Por onde passamos, que tudo trema,
E o Diabo ri connosco:
HA, HA, HA, HA, HA, HA, HA!
A chama permanece pura
E a nossa palavra chama-se fidelidade!
Ontem tivemos a oportunidade de oferecer mais um exemplar do Código do Samurai: 

Equinócio

Tal como todos os anos, de cara ao Sol, os Legionários renovaram o seu Juramento:
A HONRA É NOSSA PÁTRIA, FIDELIDADE A NOSSA MÃE!
Ontem tivemos a oportunidade de oferecer mais um exemplar do Código do Samurai:

Ser digno de confiança é uma das qualidades que se exige de um samurai que segue a via do guerreiro, embora se considere absolutamente desaconselhável que ofereça ajuda sem razão alguma em especial, se preste a intervir em questões que não têm relevância ou assuma obrigações quanto a assuntos que lhe não dizem respeito, só porque lhe apraz ou para dar a sua opinião. Mesmo em questões que o implicam apenas de forma indirecta, é melhor conservar a distância, caso ninguém lhe peça para intervir. Porque se um samurai se envolve em assuntos menores, para já não falar nos mais complexos, pode ficar numa situação de tal modo enredada que não consiga dela sair sem pôr em risco a sua vida preciosa, a qual deve exclusivamente ser colocada ao serviço do seu senhor ou dos seus pais.

Quando se pedia um favor aos samurais de outrora, estes consideravam se podiam ou não concedê-lo e, neste último caso, declinavam imediatamente a petição. E, quando aceitavam satisfazer o pedido, só o faziam depois de uma reflexão cuidadosa, pelo que se encontravam bem preparados para levar a cabo a tarefa, ficando o assunto rapidamente solucionado. Assim, eram resolvidas as dificuldades do peticionário, e o benfeitor recebia grandes elogios. Pelo contrário, se alguém assume alguma responsabilidade sem este género de reflexão, será incapaz de cumprir o seu dever e, quando tal facto se tornar evidente, adquirirá a reputação de ser um indivíduo sem princípios.

Solstício de Inverno

A Legião Vertical celebrou no passado dia 21 de Dezembro, como todos os anos, mais um Solstício de Inverno, tendo evocado, em cerimónia, o Prof. António José de Brito.

António José de Brito: - Presente!

Julius Evola - Presente!

Como todos os anos, a Legião Vertical evocou hoje, em cerimónia, a memória de Julius Evola, falecido no dia 11 de Junho de 1974.


Claro, se o catolicismo fosse capaz de se afastar do plano contingente e politicante, se fosse capaz de assumir uma atitude de alta ascese e, nessa base, retomando o espírito da melhor Idade Média — a das cruzadas — tornar-se uma espécie de nova ordem templária compacta e inexorável contra a corrente do caos, da abdicação, da subversão e do materialismo prático do mundo moderno, em tal caso não haveria um instante de dúvida na nossa escolha. Mas, como as coisas estão, isto é, dado o nível medíocre, no fundo burguês e paroquial, a que desceu hoje tudo o que é religião, para os nossos homens poderá bastar a pura referência ao espírito como evidência de uma realidade transcendente a invocar, não para evasões místicas ou alibis humanitários, mas para inserir na nossa força uma outra força, para fazer pressentir que a nossa luta não é apenas luta política, para atrair uma consagração invisível num mundo novo de homens e de chefes. 

-- Julius Evola, «Orientações»

Lucien Rebatet: – Presente!



Nascido em 15 de Novembro de 1903 em Moras-en-Valloire, Drôme, foi um grande autor, jornalista e intelectual fascista e anti-sionista francês do século XX. Na juventude foi educado em Saint-Chamond, Loire, tendo estudado na Sorbonne entre 1923 e 1927, tornando-se agente de seguros depois de concluir os seus estudos.
Inicia a sua carreira de escritor em 1929, tornando-se crítico musical e cinematográfico (neste último caso sob o pseudônimo de François Vinneuil) para o jornal integralista Action Française. Em 1932 torna-se colaborador do jornal de direita Je Suis Partout, para o qual escreve até à “libertação” aliada em 1944.
Em 1938 tornou-se chefe de informação da Action Française (a que posteriormente chamou sarcasticamente de “Inaction Française” na sua muito aclamada obra Les Décombres) tendo trabalhado juntamente com o fundador do movimento, Charles Maurras.
Muito antes da eclosão da guerra entre a França e a Alemanha, Rebatet expressava notavelmente as suas simpatias pelo nacional-socialismo nos seus artigos para o Je Suis Partout, nos quais demonstrava que os judeus fomentavam uma guerra mundial que ansiava derrubar o regime de Hitler. Foi convocado em 1940 para o exército francês, servindo a contragosto e desejando abertamente uma guerra curta e desastrosa para a França.
Após a queda da França, tornou-se repórter de rádio para o governo de Vichy, posto que rapidamente abandonou, bem como a Action Française, para participar no jornal de Jacques Doriot, Cri du Peuple, e continuou a escrever para o Je Suis Partout.
Em 1942 Rebatet publicou o seu extenso panfleto, Les Décombres (As Ruínas), obra que foi prontamente aceite e aclamada pelo público francês, desde: «velhos do tempo de Dreyfus que com tremuras na voz me testemunhavam a sua admiração e o seu ódio pelos judeus, a estudantes de liceu corados e atrevidos, a rapariguinhas risonhas, a professores, a grandes burgueses de Passy, a senhoras de sociedade da 7ª circunscrição, a dactilógrafas, operários, donos de lojas, imponentes industriais, marxistas convertidos, antigos monárquicos encantados pelo meu desabafo de verdades sobre a Action Française e Maurras. Via surgirem figuras esquecidas desde a minha adolescência, antigos camaradas dos meus anos de miséria, tendo-me conhecido empregado de seguros a ganhar 830 francos por mês, todos abismados por me verem herói daquele festival…»
Na sua obra máxima, Les Décombres, traçou o percurso das forças que levaram a França à sua queda. Acusou firmemente os políticos da III República, tal como as suas lideranças militares e os judeus franceses, sobre os quais afirmou terem sido a causa principal dos reveses políticos e militares da França. Les Décombres é a mais clara expressão do fascismo de Rebatet, e o seu trabalho mais veementemente anti-sionista e antijudaico. No mesmo ano começou a escrever Les Deux Etendards, a sua primeira novela.
Em Agosto de 1944 Rebatet abandona a França e foge para a Alemanha, viajando para Sigmaringen (local de refúgio para as autoridades de Vichy, assim como para o mais famoso escritor francês, o colaboracionista Louis-Ferdinand Céline). Foi em Sigmaringen que Rebatet terminou Le Deux Etendards, o qual veio a ser publicado em 1952 pela Gallimard. Foi preso na Áustria em 1945.
Foi enviado de volta para a França e em 1946 foi condenado à morte, pena esta que foi comutada para uma pena de trabalhos forçados no ano seguinte. Libertado da prisão em 1952, retomou o jornalismo em 1953, tornando-se director da secção literária do Dimanche Matin. Em 1954, a Gallimard publicou a segunda novela de Rebatet, Les Epis Mûrs. A sua obra final, sobre a história da música, que havia iniciado em 1965, foi publicada por Laffont em 1969.
Rebatet continuou a proclamar a sua aderência, comprometimento e fidelidade à causa até a sua morte em 24 de Agosto de 1972. É ainda hoje, para nós fascistas, neo-fascistas, reacionários e “criminosos do pensamento” – homens nobres no meio de uma geração frívola de plebeus imbecis e lobotomizados – mais uma forte e exemplar referência, de um verdadeiro homem que soube permanecer de pé entre as ruínas, literal e literariamente, até ao fim. Num momento da sua penosa evasão para a Alemanha, depois da tomada da França pelos yankees escreveu o seguinte: «Assim que me deitei, apagada a luz, fui tomado pelo desespero. Sinto-me submergido pela humilhação, na mais terrível catástrofe da minha vida. Continuo sem remorsos, o que me poderia talvez aliviar, transformando a dor em cólera contra mim mesmo. Nunca teria podido seguir o partido dos falhados da III República, dos capitalistas anglómanos, dos militares inconscientes, desse De Gaulle com o seu séquito de comunistas, que iriam cantar os Te Deum com atitudes de vencedores. A minha opção, nada teve de vil: em primeiro lugar, a colaboração, para poupar o país às piores consequências da derrota que tínhamos previsto, obra dos nossos piores inimigos, os antifascistas de gema; depois por horror ao bolchevismo. Não solicitei qualquer lugar. Ganhei dinheiro com a minha própria pena, para defender aquilo que considerava verdade, e infinitamente menos que dezenas de milhares de traficantes, de industriais que forneciam material de guerra a inúmeras divisões da Wehrmacht. Mas desafiei a fatalidade e agora ela esmaga-me. Sou atirado para sempre para o campo dos traidores. A minha vida está perdida, a minha literatura morta…»
Nós, legionários, ousamos fazer justiça à tua memória neste Solstício de Inverno: nem traidor nem ostracizado, mas sim um dos nossos camaradas caídos!
Lucien Rebatet: – Presente!

(Texto lido durante a cerimónia de Solstício de Inverno)


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