Ontem tivemos a oportunidade de oferecer mais um exemplar do Código do Samurai:
Ser digno de confiança é uma das qualidades que se exige de um samurai que segue a via do guerreiro, embora se considere absolutamente desaconselhável que ofereça ajuda sem razão alguma em especial, se preste a intervir em questões que não têm relevância ou assuma obrigações quanto a assuntos que lhe não dizem respeito, só porque lhe apraz ou para dar a sua opinião. Mesmo em questões que o implicam apenas de forma indirecta, é melhor conservar a distância, caso ninguém lhe peça para intervir. Porque se um samurai se envolve em assuntos menores, para já não falar nos mais complexos, pode ficar numa situação de tal modo enredada que não consiga dela sair sem pôr em risco a sua vida preciosa, a qual deve exclusivamente ser colocada ao serviço do seu senhor ou dos seus pais.
Quando se pedia um favor aos samurais de outrora, estes consideravam se podiam ou não concedê-lo e, neste último caso, declinavam imediatamente a petição. E, quando aceitavam satisfazer o pedido, só o faziam depois de uma reflexão cuidadosa, pelo que se encontravam bem preparados para levar a cabo a tarefa, ficando o assunto rapidamente solucionado. Assim, eram resolvidas as dificuldades do peticionário, e o benfeitor recebia grandes elogios. Pelo contrário, se alguém assume alguma responsabilidade sem este género de reflexão, será incapaz de cumprir o seu dever e, quando tal facto se tornar evidente, adquirirá a reputação de ser um indivíduo sem princípios.
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