Estamos em guarda

Nós, tradicionalistas, ficamos muitas vezes com a sensação de que o que dizemos ou escrevemos é para “ninguém” entender. Seja!

Raramente discutimos o dia-a-dia qui passe e, quando o fazemos, desconcertamos os nossos interlocutores, muitas das vezes de posições e opiniões radicalmente opostas, dizendo-lhes abertamente que estão enganados a nosso respeito pois também nós queremos ver aniquilado aquilo que eles atacam.

Não acreditando, mudam de estratégia e tentam a provocação com coisas que pretensamente, pensam eles, nos são queridas. Então argumentam com conservadorismos burgueses e/ou religiosos à espera que surja em nós uma agressividade na defesa de ditas posições. A desilusão aumenta quando lhes dizemos que estão a atacar o nosso objectivo, provavelmente até prioritário, embora, claro está, desde posições diferentes, mas isto nós não lhes dizemos, o que os deixa mais irritados.

Mas então o que é que vós defendeis (perguntam)? – Nada, ou muito pouca coisa, temos mesmo dificuldade em encontrar coisas defensáveis, pelo que só podemos dizer: lutamos por nós e pelos nossos.

Mas afinal em que mundo acreditais, que sociedade é que pretendeis, alguma coisa deveis defender, não tendes filhos?. o que quereis para eles?

- Sim, defendemos os nossos, já o dissemos, e por muito que nos custe, o melhor para os nossos seria uma dissolução imediata do pós-modernismo, ultimo fôlego do mono-darwiniano que, recordamos, foi usado com mestria e apoteose no desfecho de uma recente reunião política por um popularucho dirigente sofista da chamada esquerda caviar.

Como amamos os nossos, gostaríamos de os ajudar lutando por eles e ao lado deles numa batalha final para que a Ordem pudesse de novo vingar sobre o caos mas, infelizmente, embora estejamos na última fase do kali-yuga, isto não vai acontecer na nossa geração e, portanto, só nos resta treinar “auxiliando”, se vantajoso, as autorizadas forças subversivas a atacar.

É um processo perigoso ou ideologicamente perigoso, exige demasiado, corre-se o risco de se cair numa espécie de síndrome de Estocolmo?

- Sim nós sabemos. Estamos em guarda.

9 Response to "Estamos em guarda"

  1. Volta e meia duvido que inclusive as próximas gerações se revoltem, "somos" mesmo a última linha se olharmos para os interesses da juventude actual.

    Anónimo says:

    Sim, e tu és o paradigma perfeito disso!

    Vamos ver se são mesmo a ultima linha...

    Seja como for e apesar das divergências, aqui com a Legião Vertical, acho que estão a fazer um trabalho bastante interessante.

    Força !!!

    Anónimo says:

    Ludovico,
    pelo que sei o comentador Flávio Gonçalves não tem nada que ver com a Legião Vertical.
    E tambem para ficar esclarecido as suas divergências com a Legião são?
    É que eu tambem tenho algumas "divergências" sou demasiado anarco para me integrar numa Legião a não ser que fosse uma legião de anarcas.
    :)

    Existem pequenas divergências que de momento de bom grado deixaria para trás, Mas existe uma vital.

    Em relação ao problema da raça, temos algo a discordar, apesar de também ter lido aqui que a ideia é unir e não misturar.

    Li o boletim evoliano 4, as questões étnicas não podem ser relativizadas ao ponto de assumirem apenas um ponto cultural e/ou espiritual como foi feito em relação aos judeus.

    Eu não posso ser sério e ao mesmo tempo alinhar numa coisa em que não acredito.

    Assim eu (e não apenas eu) discordo do próprio doutrinador Julius Evola neste ponto.

    Para finalizar e apesar desta divergência coincidir num ponto vital, acho que podemos e devemos lutar em conjunto contra inimigos comuns.

    Anónimo says:

    Tenho que ler melhor esse boletim nº4 mas pela observação que você faz, e no caso dos judeus que são de origem etnicamente diversificada foi precisamente a sua forma de ser, o seu modus-vivendi que lhes deu a caracteristica de "raça", ou melhor de povo. Um livro, uma lei, uma religião, uma organização e aí temos os judeus com todos os adjectivos porque são conhecidos. E até há alguns bio-racistas, com os quais você não terá motivos para divergir, que acham que os judeus são uma etnia e com direito a ocupar uma terra e formar um Estado passados milénios de desse mesmo local terem saído.
    O que você parece não querer entender é que quando o invólucro é destituído da sua Essência primordial perde toda razão de ser, é lixo. Como alguem lhe chamou com sabedoria - Lixo branco - dito em inglês soa melhor.
    Por isso penso que ao contrário de si o que me agrada na gente da Legião Vertical é que dão sobretudo muito mais atenção à Essencia. Mesmo que duvidando que eles deixassem entrar não europeus nas sua hostes, diga-se europeus que tambem não são uma etnia mas várias.
    ;)

    "O que você parece não querer entender é que quando o invólucro é destituído da sua Essência primordial perde toda razão de ser, é lixo. Como alguém lhe chamou com sabedoria - Lixo branco - dito em inglês soa melhor."

    Supôs erradamente neste ponto. Apesar de concordar que existe lixo, também é preciso ver que existe uma grande zona indefinida, sem qualquer tipo de consciência do que nós achamos evidente, que a aperceber-se da situação, (provavelmente tarde de mais) podem engrossar as fileiras.

    O que me preocupa é se o lixo é ou não reciclável, e a quantidade de gente comprometida pelo meio. Esta preocupação está ligada a uma atenuação dos efeitos colaterais
    do dito "multiculturalismo".

    O tal "multiculturalismo", mais parece ser uma religião, propagada pelos "pastores" politicamente correctos. Os que de alguma forma se assumem contra, são vistos e tratados como hereges, e rotulados com os títulos demoníacos do nosso tempo.

    Eu acho que é essencial dar atenção à Essência. Mas descurar o resto é no mínimo desaconselhavel.

    Não fazer referência a isso, é compreensível, poupa chatices, mas do meu ponto de vista, desvalorizar e/ou sobrestimar um problema como este, mais tarde ou que mais cedo correm se riscos de zona de recrutamento estar cheia de lixo não reciclável.

    Esperemos que esse dia nunca chegue.

    Anónimo says:

    Acho que tem alguma razão.
    E o que fazer com essa possibilidade da reciclagem?
    Insuflá-los com a Essência em primeiro lugar ou dizer-lhes simplesmente que tem uma boa cor propícia a albergar Nobreza?
    È que em ambos os casos, segundo nos ensinam os antigos sábios, a Virtude pratica-se e é desta forma mais bem assimilada pelo próprio como também funciona melhor como exemplo a seguir.
    Mas se calhar você daria um bom legionário se gosta dessas cenas das hierarquias e disciplina.
    Mesmo dando primazia ao hardware e não ao software.

    ;)

    Essa coisa do hardware\software além de hilariante, tem genialidade e potencial.
    Posso plagiar e propagar?

    Quanto ao processo de reciclagem, não tenho fórmulas mágicas...

    Mas presentemente estou a colaborar com uma pequena equipa a desenvolver coisas.

    Com isto estou a dizer que estou a rentabilizar-me, e a disponibilidade que ainda tenho, é sazonal e vai esgotar-se daqui a algumas semanas.

    Ainda sou novo, ainda estou a formar-me. Aprender a cavalgar o tigre também é um dos meus objectivos.

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