Legião e Partido
Legião e Partido são dois conceitos antitéticos e antagónicos. Enquanto que a essência de um partido é o manifesto ou o programa, que é como que a mercadoria que se oferece ao cidadão, o anzol com o qual se tenta apanhar o seu voto (o qual, como bem sabemos, tem apenas um inconveniente e que é o de nunca se cumprir), aqui é substituído por um conceito mais vasto e universal, que é a concepção do mundo. Se o Partido se esgota simplesmente na conquista do Estado para acomodar os seus membros e repartir prebendas aos seus votantes, a função da Legião é pelo contrário modificar o homem. É por isso que, dirá Codreanu para distinguir a política do Partido da da Legião, enquanto que para o democrata partidário a política é um negócio, para o legionário é uma religião.
Pois bem, sendo a Legião o oposto do conceito de Partido, sendo uma realidade antitética em relação a este último, exige uma série de requisitos totalmente distintos do que normalmente existe hoje em dia. É actualmente comum filiar-se num partido para progredir e, por sua vez, é normal da parte do Partido andar atrás das pessoas para que se filiem ou votem nele, pois isso implica para este um ganho de carácter principalmente económico (reconhecimento legal, franquias, subsídios, etc., portanto, dinheiro). Passa-se exactamente o contrário com a Legião. Ser legionário é principalmente um orgulho e algo que se consegue depois de uma série de requisitos não facilmente alcançáveis por qualquer um. Parte-se aqui da ideia de que vários séculos de modernidade e materialismo geraram uma profunda perversão no homem, o qual deve ser corrigido e modificado. Aquele que ingressa na Legião não o faz para ascender ou progredir, como acontece hoje em dia, mas sim para se rectificar. A Legião é pois uma escola para as pessoas, um lugar onde estas recebem uma aprendizagem, mas não no sentido habitual do que é a educação hoje em dia, pois actualmente onde menos se educa é na escola, onde quando muito se adquire um certo adestramento ou técnica que em si mesma não transforma grandemente a pessoa, mas sim uma acção modificadora desta, pela qual quem nela ingressa deve restaurar essa unidade originária no sentido de que o espírito reja a alma e esta governe o corpo. Numa época materialista como a nossa onde o hedonismo, a busca tão-só dos prazeres materiais, é o que prima, a acção correctiva desencadeava-se através de um profundo ascetismo. (…)
Por tudo quanto foi dito salta à vista a ideia grandiosa que resulta da Legião como projecto e a insignificância que perante a mesma adquire o conceito de Partido. Codreanu tinha imposto como norma que todo aquele que se filiasse num partido fosse automaticamente expulso da Legião. O partido era equiparado a uma instituição criminosa que tinha de ser combatida com todas as forças. No entanto, também na sua época surgiram pessoas que por vezes “por táctica” pensaram na conveniência de filiar-se em algum partido para “tomá-lo” ou transformá-lo. A este respeito Codreanu é claro nas suas críticas; ele costumava dizer que quem assim opinava assemelhava-se àqueles que consideravam que o Mar Negro, que é salgado e pequeno, em comparação com o Mediterrâneo por exemplo, iria transformar-se com o decorrer dos anos em doce em virtude de todos os afluentes que lançavam permanentemente as suas águas nele. Precisamente o contrário, respondia, não só continuará sempre salgado, como também transformará em salgadas as águas doces que afluem até ele. Recordemos a tal respeito todas aquelas pessoas que conhecemos que tentaram a sorte nos partidos e veremos quanta razão tem esta simples reflexão.
A terceira revolução, a legionária, aquela que substitui o vetusto conceito de partido pelo mais claro e radical de Ordem, era pois a mais profunda de todas: significava questionar a modernidade até às suas próprias raízes, implicava a verdadeira rectificação da história do Ocidente e, porque não dizê-lo, do mundo inteiro. (…)
Pois bem, sendo a Legião o oposto do conceito de Partido, sendo uma realidade antitética em relação a este último, exige uma série de requisitos totalmente distintos do que normalmente existe hoje em dia. É actualmente comum filiar-se num partido para progredir e, por sua vez, é normal da parte do Partido andar atrás das pessoas para que se filiem ou votem nele, pois isso implica para este um ganho de carácter principalmente económico (reconhecimento legal, franquias, subsídios, etc., portanto, dinheiro). Passa-se exactamente o contrário com a Legião. Ser legionário é principalmente um orgulho e algo que se consegue depois de uma série de requisitos não facilmente alcançáveis por qualquer um. Parte-se aqui da ideia de que vários séculos de modernidade e materialismo geraram uma profunda perversão no homem, o qual deve ser corrigido e modificado. Aquele que ingressa na Legião não o faz para ascender ou progredir, como acontece hoje em dia, mas sim para se rectificar. A Legião é pois uma escola para as pessoas, um lugar onde estas recebem uma aprendizagem, mas não no sentido habitual do que é a educação hoje em dia, pois actualmente onde menos se educa é na escola, onde quando muito se adquire um certo adestramento ou técnica que em si mesma não transforma grandemente a pessoa, mas sim uma acção modificadora desta, pela qual quem nela ingressa deve restaurar essa unidade originária no sentido de que o espírito reja a alma e esta governe o corpo. Numa época materialista como a nossa onde o hedonismo, a busca tão-só dos prazeres materiais, é o que prima, a acção correctiva desencadeava-se através de um profundo ascetismo. (…)
Por tudo quanto foi dito salta à vista a ideia grandiosa que resulta da Legião como projecto e a insignificância que perante a mesma adquire o conceito de Partido. Codreanu tinha imposto como norma que todo aquele que se filiasse num partido fosse automaticamente expulso da Legião. O partido era equiparado a uma instituição criminosa que tinha de ser combatida com todas as forças. No entanto, também na sua época surgiram pessoas que por vezes “por táctica” pensaram na conveniência de filiar-se em algum partido para “tomá-lo” ou transformá-lo. A este respeito Codreanu é claro nas suas críticas; ele costumava dizer que quem assim opinava assemelhava-se àqueles que consideravam que o Mar Negro, que é salgado e pequeno, em comparação com o Mediterrâneo por exemplo, iria transformar-se com o decorrer dos anos em doce em virtude de todos os afluentes que lançavam permanentemente as suas águas nele. Precisamente o contrário, respondia, não só continuará sempre salgado, como também transformará em salgadas as águas doces que afluem até ele. Recordemos a tal respeito todas aquelas pessoas que conhecemos que tentaram a sorte nos partidos e veremos quanta razão tem esta simples reflexão.
A terceira revolução, a legionária, aquela que substitui o vetusto conceito de partido pelo mais claro e radical de Ordem, era pois a mais profunda de todas: significava questionar a modernidade até às suas próprias raízes, implicava a verdadeira rectificação da história do Ocidente e, porque não dizê-lo, do mundo inteiro. (…)
- Excerto do texto "O Espírito Legionário", a publicar no próximo número do Boletim Evoliano
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