É mais necessário e premente do que nunca que toda esta Europa de gente sabida se transforme numa Europa de gente sabedora; que a Europa dos construtores de catedrais se desembarace dos arquitectos de capelinhas; que por sobre as ruínas desta Europa diletante se relancem as bases de uma Europa militante; que a Europa dos réus ceda o passo à dos reis (digamos assim...) E por aí adiante.
É que, tal como reza, num dos seus pontos cardiais, o recém-elaborado programa político de uma formação de combate que ultimamente ajudámos a criar e a estrutural, – já, para nós, é dado aceite – e bem assente – que a Europa que convém à ex chamada União Soviética não nos convém, como não nos convém a Europa que convém aos Estados-Unidos.
Soviéticos sempre nos recusámos a ser, bem entendido, mas lá para amer(d)icanos é que também não vamos.
Quer dizer: temos de libertar a Europa de todos os seus “libertadores”; mais: “temos de exumá-La dos escombros de uma vitória abjecta”; ou seja: temos de varrer do seu espaço as telhas partidas de 45, que ainda hoje Lhe submergem pensamento e território.
Só então, o rosto, o corpo e o espírito da Europa recobrarão os mais insinuantes e esbeltos dos seus traços, por forma a novamente se ter d’Ela a imagem de uma rapariga moderna... muito antiga.

- Rodrigo Emílio

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