Entrevista do General Otto Ernst Remer ao jornal Alshaab
General Remer e Ahmed Rami |
Entrevista concedida pelo General Otto Ernst Remer ao jornal Alshaab em 1993
Rami:
O que você acha da "Nova Ordem Mundial"?
Remer: A "Nova Ordem Mundial" sofre de dois poréns, que ela não
é nem "nova" nem cobre o mundo. O conceito não é nada exceto uma nova
máscara atrás da qual está escondido o poder internacional das organizações
judaicas. A regra segundo a qual as organizações judaicas agem foi colocada
após a derrota da Alemanha na II Guerra Mundial. De fato e na verdade, foi a
máfia das organizações judaicas que emergiu como verdadeira vitoriosa daquela
luta das nações.
Todos os governos que se aliaram contra a Alemanha perderam a guerra -
como a Alemanha perdeu. Os Estados que se aliaram com a Alemanha erem, sabendo
eles ou não, a serviço dos planos e interesses judaicos que foram dirigidos não
apenas contra a Alemanha mas também contra as nações árabes e islâmicas, e
contra as nações ocidentais. O estupro da Palestina e a criação do Estado de
Israel após a II Guerra Mundial não é coincidência mas o resultado de um
processo de planejamento metodicamente implementado por gerações.
A ex-União Soviética (que fora criada pelos judeus) foi o primeiro Estado
a dar reconhecimento oficial ao Estado colonial de Israel. Os "Protocolos
dos Sábios de Sião" oferece a mais clara afirmação dos planos das
organizações judaicas de implementar sua na verdade bem velha "Nova Ordem
Mundial".
Rami: Você não acha que após a queda da União Soviética e após
a Guerra do Golfo não existe uma situação completamente nova?
Remer: O que é
"novo" não está na ordem mas nos seus desenvolvimentos, que não são
favoráveis a alguns dos poderes sionistas. Por causa destes desenvolvimentos,
os líderes sombrios da "Velha Ordem Mundial" embaralharam as cartas
de novo por um novo acordo, para tomar melhor conta dos ventos de mudança. Um
destes desenvolvimentos é que os grandes perdedores da II Guerra Mundial, a
Alemanha e o Japão, se tornaram superpoderes, ainda que seja só na área
econômica. Atrás dos bastidores destas relações, existe um tipo de guerra
econômica entre o Japão e a Alemanha de um lado, e os Estados Unidos da América
do outro, entre os dois perderores da guerra e os EUA. Isto é que é novo.
Ao mesmo tempo, a Revolução Islâmica no Afeganistão, saída exclusivamente
de raízes espirituais, deu um golpe forte no regime comunista da ex-União
Soviética. Em face daquela revolução, o Império soviético vermelho teve de
reconhecer que era incapaz, apesar de sua superioridade militar, de derrotas os
mujaheddin, cujas maiores armas eram o seu direito e a sua força espiritual.
Outra situação nova apareceu em conseqüência da Revolução Islâmica do
Irã, que destruiu o controle sionista do país e fez tremer os alicerces naquela
parte do mundo. A carta de Khomeini a Gorbachev, que convidava-o a se converter
ao Islã, teve um grande valor simbólico! O que é novo também o o movimento de
Renascimento Islâmico e o contínuo decaimento dos corpos governamentais
coloniais dirigidos de longe por Israel na maioria dos países islâmicos.
E outra situação nova surgiu com o fato de que o Iraque estava no caminho
de quebrar o monopólio israelense da bomba atômica no Oriente Médio, e de
quebrar a hegemonia tecnológica israelense, e assim ameaçar o poder israelense
sobre as partes islâmicas do mundo. Ademais, o desenvolvimento da "bomba
islâmica" que está alegadamente sendo levado a efeito no Paquistão, vai
levar a uma constelação inteiramente nova.
E, finalmente entre os novos desenvolvimentos, cito a aparição de países
onde as organizações judaicas não detém influência alguma. Todos estes items
fizeram os títeres da "Velha Ordem Mundial" entrar em pânico.
Reagiram fortemente, a fim de evitar a ameaça da perda de seu poder sobre o
destino das nações.
Aqueles desenvolvimentos certamente não lhes agradaram. O triunfo da
força islâmica no Afeganistão deu esperança às pessoas que viviam debaixo do
domínio soviético. Isto foi visto na emergência de movimentos independentistas
revolucionários, e levou ao completo colapso do império vermelho, à
reunificação da Alemanha e à independência das repúblicas islâmicas que estão
no sul da antiga União Soviética.
Rami: Hoje certos poderes do chamado Terceiro Mundo deploram o
colapso da União Soviética. Acreditam que dois demônios que competem por poder
é melhor que um demônio que mande sobre tudo. Isto é verdade nos países
pequenos. O que você acha?
Remer: A URSS era
completamente anti-islâmica. Quase conseguiu transformar o Afeganistão numa
nova Palestina, depois de tentar de tudo para aniquilar a religião nas suas
próprias repúblicas islâmicas. Uma realidade óbvia é também o poder enorme do
lobby judeu nos EUA.
Já fazem gerações que todos os presidentes dos Estados Unidos devem
gritar em favor dos judeus para conseguir ser eleitos, ou re-eleitos, com a
ajuda da mídia judaica. Por favor leia livros sionistas como "The Jewish
Paradox", de Nahum Goldman, ou "Hammer", uma autobiografia do
bilionário judeu Armand Hammer.
A empresa de Hammer "Petroleum Occidental" é dona de extensos
campos petrolíferos e oleodutos árabes. É bem conhecido que este magnata
financeiro judeu foi amigo próximo de Lênin, Stalin e de todos os líderes
soviéticos seguintes. Como um judeu americano e capitalista, ele era dono de
gigantescos campos petrolíferos e oleodutos na União Soviética.
Você sabia que durante a Guerra Civil dos EUA um plano foi implementado
de acordo com o qual duas filiais do mesmo banco judeu - o banco dos Rothschild
- financiou ambos os lados do conflito? A filial de Paris do banco Rothschild
financiou os Confederados do Sul, e a filial londrina os estados do Norte.
O objetivo da estratégia era arruinar ambos os lados, deixando-os sem
esperança em débito com o mesmo banco. O chefe da filial londrina era o judeu
August Belmont Schonberg. A filial parisiense era representada pelo seu tio, o
senador judeu da Louisiana, John Slidell. Este último também era amigo do então
primeiro-ministro britânico, o judeu Benjamin Disraeli.
É bem conhecido o quão astutamente os judeus que estão por cima sempre
souberam ao longo da história como fazer seu papel em proveito das mesmas metas
sionistas. Para não cair presa nestas maquinações judaicas, cada país e cada
nação precisa desenvolver sua própria estratégia de proteção de sua segurança
nacional. Não devem depender da existência ou do colapso de uma superpotência.
Vamos tomar a Suécia ou a Suíça como exemplo. Ambos os países se chamam
"neutros" e não tem conflito com qualquer país. Nenhuma parte de seu
território está ocupada por um poder estrangeiro. Entretanto, ambos os países
mantém seus próprios exércitos e mantém uma política independente de segurança
nacional, não se apoiando numa superpotência. Durante ambas as guerras mundiais,
a Suécia não foi atacada nem ocupada pela União Soviética.
E isso não porque ela era neutra, mas por causa de sua força militar, ela
teria sido conquistada apenas com grandes perdas por parte do atacante. A
estratégia dos sovietes era pegar o controle dos países árabes e islâmicos
através dos partidos comunistas locais. O objetivo anunciado na Palestina, por
exemplo, "libertação humana", o que significa em linguagem comunista
a transformação do humano em comunista.
Portanto, a Palestina era para se transformar em comunista também, o que
teria sido apenas outra forma de influência judaica. De qualquer modo, o
império soviético carregava as sementes da destruição dentro de si mesmo; os
pequenos países que hoje deploram o desaparecimento da União Soviética não
podem fazer nada quanto a isso.
Rami:
Como você considera a Guerra do Golfo?
Remer: O que está
sendo chamado de "Guerra do Golfo" não foi guerra nem batalha. Não
houve uma luta importante em terra, mar ou ar. O que aconteceu foi o massacre
bárbaro na forma de um ataque unilateral. Para ilustrar o oposto: quando a
Argentina ocupou as Ilhas Falkland, a Grã-Bretanha executou uma guerra para
recuperá-las, mas não para a matança da população argentina.
Os EUA ao contrário não intervieram para libertar o Kuwait, como alegado,
mas com o propósito único de destruir o Iraque: destruir o exército iraquiano,
o Estado iraquiano, a população civil iraquiana e a infraestrutura e economia
iraquianas. Após a "guerra" e depois da "libertação", os EUA
tornaram o propósito público: a reconstrução econômica, tecnológica e
industrial do Iraque deve ser evitada pelos próximos séculos.
Rami: Por quê isto?
Remer: Todo mundo
sabe que o Iraque não poderia ameaçar os Estados Unidos mesmo se tivesse armas
atômicas. Saddam Hussein não tinha nem a intenção declarada nem a secreta de
atacar os EUA, o que seria uma impossibilidade militar e tecnológica óbvia.
Normalmente, não existe nenhuma discussão ou conflito entre o Iraque e os EUA.
Os interesses econômicos dos EUA jamais foram ameaçados pelos iraquianos e
pelos persas, e não o são hoje.
Continua um fato que o Iraque nunca planejou uma guerra contra os EUA e
sequer declarou uma! Por quê então os EUA mobilizou todas as suas forças e aquelas
de seus aliados ocidentais e árabes contra o Iraque? A resposta é que Israel
viu seus interesses e sua hegemonia regional ameaçados com a crescente força do
Iraque. Por esta razão, os EUA, em serviço de Israel, fizeram guerra contra o
Iraque.
(O chanceler federal Kohl afirmou numa conferência de imprensa na Casa
Branca em 16 de setembro de 1991: "Eu estou um pouco surpreso que
exatamente este homem [presidente Bush] está sendo atacado de tal maneira, ele
sendo quem, mais do que qualquer outro, até mesmo chegando à guerra [a do
Golfo], tomou a responsabilidade e ficou com Israel e fica com Israel").
Israel viu no Iraque uma ameaça militar ao seu domínio sobre os
muçulmanos da área. Por isto que ela mobilizou, como usual, seus propagandistas
judeus, que controlam a mídia de massa no Ocidente. (Sobre isto o jornal
israelense Ha'aretz escreveu em 13 de janeiro de 1991: "Os lobbyistas
judeus nos EUA estão profundamente envolvidos no trabalho de propaganda dos
defensores da guerra contra o Iraque").
A propaganda das organizações judaicas soube perfeitamente como exagerar
a força militar do Iraque. Assim eles queriam aumentar o ataque contra o Iraque
e torná-lo aniquilador. Hoje em dia Israel vê no Irã uma ameaça militar e
ideológica.
O Estado judeu não vai deixar escapar qualquer oportunidade de fazer os
EUA contra o Irã, e portanto todo o Ocidente e a "opinião pública"
dos países ocidentais controlados pela mídia de massa. O objetivo de Israel é
liquidar o Irã - e ao mesmo tempo destruir o Islã, o Movimento Islâmico, e toda
e qualquer resistência contra a tirania da Nova Ordem Sionista.
Parte Dois, edição de 23 de julho de 1993
Rami: Na sua opinião, existe um plano para destruir o Irã da
mesma forma como aconteceu com o Iraque durante a Guerra do Golfo?
Remer: Como você
sabe, os judeus são numericamente uma minoria bem pequena. Toda a sua força
está na força de suas organizações. Esta força está primeiro e mais importante
na astúcia e abilidade de manipulação dessas organizações, e também no modo
como propagam mentiras e forjas históricas, usando sua influência na mídia de
massa.
Com estas mentiras históricas e falsidades que propagam, as organizações
judaicas escravizam a alma dos não-judeus. Pra fazer isto, eles usam, como eu
disse antes, a mídia que eles controlam, como o cinema, a imprensa, a
televisão, as agências de notícias, as editoras, etc. No topo disto, eles
controlam a maioria dos partidos políticos bem como organizações não-políticas.
Na sociedade árabe, os agentes israelenses das comunidades judaicas trabalham
como micróbios; isto é, trabalham de dentro, para decompor o organismo da
nação, explorando suas fraquezas.
Nas condições atuais, os movimentos islâmicos executam o papel de
anticorpos lutando para preservar a saúde da nação. O movimento de Reavivamento
Islâmico é hoje, para usar uma metáfora, o preservador da vida dos povos
respectivos. É uma revolução cultural com o objetivo da libertação da cultura,
da mídia de massa, da linguagem, da política, da educação. O movimento de
Reavivamento Islâmico toma o papel de preservador da vida, para salvar a nação
islâmica de afundar no mar de corrupção das organizações judias.
Em seus países, hoje em dia, a classe na liderança política, cultural e
formadora de opinião é produto do colonialismo cultural e intelectual do
Ocidente, que é fortemente judaico em essência. A prevalência da polícia
secreta judia no Ocidente pode ser comparada com doenças como câncer, ou AIDS.
(Victor Ostrovsky, "Der Mossad, Hoffman and Campe, 1991, p. 14: O serviço
secreto israelense pode contar com um apoio leal e importante das comunidades
judaicas por todo o mundo. Isto é possível através de um sistema único de
ativistas judeus voluntários").
Células inimigas, mascaradas como anticorpos pertencentes ao corpo,
penetraram-no. O organismo confia as células imunizadoras disfarçadas e
portanto se torna sem defesa contra um ataque por vírus. O organismo morre. O
sistema islâmico da Pérsia é a única forma de governo legítima no mundo
islâmico, porque se formou da maneira como o povo pensa e expressa sua vontade.
O governo do Sudão também é assim. Khomeini não tomou o poder com um golpe
militar, através da força bruta, ou de um movimento guerrilheiro: sua carta na
manga era seu poder espiritual e o apoio do povo.
O sistema islâmico permaneceu estável no Irã mesmo após a morte de
Khomeini e a mudança da pessoa do líder e do grupo de liderança, num caso único
do mundo islâmico, com o país permanecendo estável. Ao contrário, a fuga do
Shah significou ao mesmo tempo o colapso de seu regime, de sua forma de governo
artificial, e de seu exército. Tudo aquilo foi para os esgotos da história. O
mesmo destino aguarda os outros regimes que prevalecem no mundo muçulmano.
Israel sabe disso muito bem. Ela tenta desesperadamente parar a roda da
história. Entretanto, qualquer ataque ao Irã ou contra os crescentes movimentos
muçulmanos vai causar o crescimento da cólera das massas muçulmanas, e vai fazer
o fogo da Revolução Islâmica acender. Ninguém vai conseguir abafar esta
revolução.
Rami: Tendo
sido um dos maiores comandantes militares da II Guerra Mundial, e tendo seguido
até este momento os desenvolvimentos da tecnologia e da estratégia militares,
como você vê o futuro do poder militar do Islã?
Remer: As
organizações judaicas, auxiliadas pelas suas alianças com Estados, humilharam o
que restou da Alemanha após a I Guerra Mundial. Nossa nação foi degradada da
mesma forma que os povos islâmicos o são hoje.
O Ditado de Versalhes foi-nos enfiado goela abaixo. Minha geração tomou
conforto nas vitórias de Abd el-Krim na guerra de Rif contra os franceses e os
espanhóis no começo dos anos 20 (Abd el-Krim, 1880-1963, líder dos Rif Kabyls,
lutou contra a ocupação francesa e espanhola e foi exilado e preso pelos
franceses entre 1926 e 1947).
Eu me lembro de como minha mãe costumava falar sobre a coragem de Abd
el-Krim. Ele era muito popular nos anos 20 no que restara da Alemanha, que era
humilhada pelos franceses. Depois, tive o privilégio de conhecer pessoalmente
este herói árabe, e tive a honra de sua amizade. O povo alemão vê de sua
história de vida e de sua tragédia que ele tem algo em comum com o destino dos
palestinos e dos muçulmanos. Como resultado da Primeira e da Segunda Guerra
Mundial, milhões de alemães foram expulsos de sua terra natal e de seu país. O
resto da Alemanha foi destruído.
Até hoje, grandes regiões alemãs estão ocupadas, especialmente pelos
poloneses, que as pegaram dos exércitos de ocupação soviéticos. Na Polônia do
Oeste existe certamente uma Palestina alemã. Será missão das futuras gerações
recuperarem estas áreas, bem como como será tarefa das gerações da Intifada
libertar a Palestina.
Por causa do fato de que Hitler reconheceu os interesses e os problemas
que ele tinha em comum com os países árabes, durante a II Guerra Mundial ele
propôs ao Mufti de Jerusalém, Mohamad Aman Huss
eini, que fosse para Berlim. O mufti foi recebido na Alemanha como chefe
de Estado. As humilhações impostas sobre nós após a I Guerra Mundial nos tornou
aptos a grandes feitos, e ocasionou um grande renascimento nacional debaixo de
Hitler. Sob Hitler, a Alemanha se tornou livre dos elementos que sempre haviam
sido responsáveis pelo enfraquecimento da Alemanha no passado. A nação alemã
sempre conseguiu, em sua longa história, se levantar depois de profundos
colapsos.
Até a capitulação de 1945, as derrotas que sofremos nunca conseguiram
destruir nossa grandeza cultural, étnica, e construtora de civilização, e nossas
façanhas. Até lá, tinham sido derrotas puramente militares. Até 1945, jamais
tínhamos perdido uma guerra sem lutar. Em apenas seis anos (1933-1939),
tornamos possível um ato de poder sem precedentes, - ultrapassado apenas pela
nossa felicidade e confiança - de fazer sair da terra uma indústria, uma
agricultura, um povo unido, que ficam sem igual na História. Eu digo isso
porque um exército forte não é possível sem uma economia e uma indústria
fortes, sem tecnologias progressivas e sem um governo legítimo apoiado pelo
povo.
No mundo islâmico de hoje suas cidadelas estão ameaçadas por dentro, com
exceção do Irã e do Sudão. Vocês quase não tem Estados legítimos e formas
legítimas de governo, que deveriam expressar a vontade do povo. Poderia-se
dizer que vocês vivem sob a pior forma de ocupação: ocupação que é intelectual,
cultural, jornalística, e econômica. Seus líderes, consciente ou
inconscientemente, são apenas subordinados do inimigo externo.
Seus exércitos não servem hoje para defender a Nação Islâmica, mas sim
para defender o regime reinante. Nos países islâmicos, o exército não mais vê
um inimigo externo como inimigo, mas sim o movimento islâmico e o Islã. Hoje em
dia, na embaixada israelense em Berlim há dúzias de "attachés"
científicos e tecnológicos que fazem espionagem científica, econômica e
tecnológica. Isto serve para assegurar a segurança estratégica do Estado judeu
racista na Palestina.
Em contraste, nas embaixadas dos países islâmicos, com exceção da do Irã,
centenas de policiais espiões fazem seu pior, com a missão de vigiar seus
próprios cidadãos que vivem na Alemanha. Isto supostamente ajuda a assegurar a
segurança do regime nos países islâmicos. O dinheiro gasto com este serviço
iria ser suficiente para manter viva toda uma cidade palestina. Seria melhor
fechar todas aquelas embaixadas e gastar o dinheiro com os pobres dos países
árabes e islâmicos, o dinheiro que está sendo usado para elas.
O dano que estas embaixadas fazem aos seus países ultrapassa os
benefícios que elas trazem. Os jornalistas e a imprensa de seus países
infelizmente se tornaram papagaios que recitam a propaganda das organizações
judaicas que é distribuída pelas chamadas "agências de notícias".
Estou falando como um amigo que deseja o melhor à nação islâmica. Estive por um
ano e meio como conselheiro político e militar do presidente egípcio. Foi nos
anos de 1953 e 1954. Vivi por seis anos na Síria.
Vejo a terra islâmica como minha segunda terra natal. Me dá dor ver as
humilhações e malvadezas infligidas à nação islâmica pelo neocolonialismo e
pelos regimes títeres que ele impôs. Recentemente li sobre as conversações
militares entre o Egito e os EUA. Fiquei surpreso em saber que o exército
egípcio vai comprar materiais usados do exército americano.
O papel azul preparado pela delegação egípcia sublinha que o papel do
exército egípcio é ajudar os EUA em garantir "paz" e
"estabilidade" na região!!! Que tipo de estabilidade??? Bem
obviamente o adversário do Egito não é mais Israel e sim o Islã, Irã e Sudão!
Como é possível que o mundo islâmico tenha chegado a tal ponto na abismo da
decadência e da degradação? No meio-tempo, eu dificilmente posso acreditar nas
gigantescas divergências entre os líderes dos países islâmicos e o esforço de
seus povos.
A nação islâmica merece um destino melhor, um lugar muito mais honrado
entre os povos e líderes mais capazes. As riquezas das nações islâmicas ficam
escondidas nos cofres dos banqueiros judeus que financiam o status do Estado e
a economia de Israel. Seus heróis, suas grandes pessoas, apodrecem na cadeia ou
vivem no exílio.
Os traidores aproveitam o poder e determinam seu destino. Seus exércitos
se tornaram instrumentos para a manutenção da "estabilidade" ou
"paz", i.e. para a defesa dos ocupantes israelenses e turistas,
enquanto aqueles que resistem são considerados "terroristas" e
"extremistas".
Traição está sendo rotulada de "sabedoria" e
"diplomacia" na sua mídia. Lealdade aos seus princípios é chamada de
"extremismo". O futuro será fruto das suas ações presentes. Em vista
de tudo isso, eu não vejo saída das sérias circunstâncias correntes a não ser
criar uma sociedade verdadeiramente islâmica e um Estado islâmico em cada país
muçulmano, e a implementação de uma unidade política e econômica dos Estados
islâmicos.
A criação de um Estado grande e forte, no alicerce de uma revolução
islâmica social e cultural é pré-requisito, se vocês quiserem ser aptos a
ultrapassar eficazmente os desafios que encontram.
Rami:
Atualmente, uma onda de racismo é vista no Ocidente dirigida especialmente
contra árabes e muçulmanos. Como você explica este fenômeno, que tem aumentado
em violência nos últimos três anos?
Remer: Em primeiro
lugar: eu não quero ouvir nossos amigos muçulmanos recitando como papagaios as
afirmações da mídia sionista.
A linha do front não passa entre o mundo islâmico e o Ocidente. O sonho
acalentado de Israel, das organizações judaicas, da sua mídia, é convencer a
opinião pública no Ocidente que o Islãé um inimigo e uma ameaça para o Ocidente,
e que tudo que os judeus querem é proteção preventiva da força de ataque
islâmica para defender o Ocidente. O islamismo é uma religião mundial acessível
a todos. O judaísmo, ao contrário, é reservado para o grupo étnico racista dos
judeus, o "povo escolhido".
A caça às bruxas contra o Islã é a tática propagandística das
organizações judaicas que serviu, no seu tempo, para virar a opinião pública em
favor da guerra contra o Iraque. A mesma tática está sendo utilizada hoje na
caça às bruxas contra a Pérsia. Infelizmente, não existe uma mídia islâmica que
deveria ser páreo para a mídia judaica. Há uma necessidade urgente de se criar
um instituto de treinamento para jornalistas islâmicos, onde a nossa época, o
mapa geopolítico do Ocidente e os problemas de hoje em dia, sejam ensinados
mais totalmente do que no 6º século.
Suas escolas para treinamento de jornalistas e sua Universidade Islâmica
de Al-Azhar não são suficientes para a tarefa de produzir educados técnicos
islâmicos. Esta guerra contra as organizações judaicas é guerra total que deve
ser executada nas áreas da espiritualidade, da mídia de notícias, da ciência,
da cultura e da política. No Ocidente, a prevalência das organizações judaicas
nestas áreas é o alicerce de sua força.
Os judeus jamais executaram uma guerra de verdade eles mesmos e jamais
alcançaram uma vitória por seus próprios méritos. Para conquistar a Palestina,
eles fizeram o Ocidente servi-los, não porque as pessoas dos Estados ocidentais
amavam os judeus, mas porque os sionistas havia estudado totalmente o tipo de
mentalidade e o sistema político do Ocidente. Isto tornou possível para eles
descobrir como pode-se ocupar e controlar o Ocidente. Com os líderes árabes
(como Sadat), eles fizeram o mesmo.
Assim eles ganharam entrada no mundo muçulmano sem uma batalha.
Conseguiram o controle de todo um país sem um tiro. Não vamos ser guiados pelo
nariz pela propaganda mentirosa das organizações judaicas. A verdadeira linha
de frente passa entre o Bem e o Mal, entre Certo e Errado, não entre o Islã e o
Ocidente. Se a mídia islâmica fosse igual à judaica, então a maioria do povo no
Ocidente estaria convencida da justiça da causa islâmica. Eles iriam ficar do
lado do Correto e não com o Errado sionista.
Os "Versos Satânicos" de Salman Rushdie e "Nunca Sem Minha
Filha" de Betty Mahmoudi são propaganda consumada. Quase certamente foram
encomendados. Ambos os livros foram financiados e distribuídos por casas
publicadoras judaica. Seu estilo é atrativo e fácil de entender. Foram
distribuídos no Ocidente em edições de milhões de exemplares, e contém
propaganda mentirosa contra o Islã e contra os muçulmanos.
Se apenas um livro de conteúdo similar fosse escrito contra os judeus,
tanto o autor quanto a editora se achariam imediatamente na cadeia. Livros
desta estirpe, junto com a propaganda judaica na mídia, tiveram um grande papel
no aumento do ódio racial contra os árabes e o Islã. Os agentes do Mossad
cometem ou organizam ataques terroristas contra estrangeiros na Alemanha e em outras
partes da Europa, para manchar a reputação do povo alemão e criar inimizade
entre os alemães e os muçulmanos.
Eu trago atenção ao fato de que em Rostock existem mais judeus do
ex-bloco-soviético do que turcos, e ainda assim os ataques violentos não são
dirigidos contra os judeus. Propaganda racista é uma invenção das organizações
judaicas. Naturalmente a crise econômica, desemprego crescente, e o excesso de
estrangeiros criaram na Europa uma série de circunstâncias que deram origem a
uma atitude defensiva alarmada na população nativa. Isto é normal. Em vista
deste estado de coisas, a única solução para preservar a dignidade dos
muçulmanos e dos árabes é que eles voltem para suas terras natais. Deste modo
poderão colocar um fim em seu exílio não-merecido e contribuir para a
libertação de sua terra natal da tirania e corrupção.
A imigração para o Ocidente dos países árabes é uma perda para vocês,
porque muitas pessoas educadas e criativas, de quem vocês precisam
urgentemente, são perdidas para vós. O problema da imigração para a Europa é
resultado de suas dificuldades econômicas, políticas e sociais internas. Vocês
não superarão elas exportando seus filhos para a Europa aos milhões. O aumento
da imigração para o Ocidente não vai melhorar sua imagem, pelo contrário vai
piorá-la, e depreciar sua dignidade nacional.
Vocês foram colonizados no passado, porque vocês estavam num estado que
permitia a colonização, por causa de sua decadência e dissolução interna. Hoje,
é um dos seus deveres mais importantes derrubar o colonialismo e conquistar a
decadência e a degradação que criaram raízes em seus corações. Os
acontecimentos no Irã não foram apenas uma mudança de governo mas sim uma
mudança na consciência do povo iraniano Quando aquele povo se levantou e conquistou
seu medo e passividade, o Shah fugiu imediatamente como um cachorro assustado.
Seus regimes corruptos são apenas o topo de uma pirâmide de corrupção e
decadência. O colonialismo só pôde ganhar uma entrada graças à sua podridão
interna. Sua fraqueza é a força de Israel. Quando o Islã e os muçulmanos
acordarem, a terra vai tremer debaixo dos pés dos israelenses e das
organizações judaicas no Ocidente, e o controle do Ocidente por parte delas vai
tremer nas bases. Achem a sua força dentro de vocês!
Rami: Você vê uma solução possível para a questão palestina?
Remer: A tarefa
principal da sua geração é achar uma solução saudável e honrada para a questão
palestina. Capitular diante de Israel não é a solução; é trair as futuras
gerações. Se vocês não podem conseguir a vitória hoje, o mínimo que podem fazer
é não capitular sem resistir. Ao invés de desistir, devem trabalhar seriamente
e criar as condições econômicas, políticas e sociais para a vitória futura. Em
primeiro lugar, devem conquistar a tirania, a decadência e a corrupção de seu
próprio coração! Vocês devem saber que a sua fraqueza é a força de Israel.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi ao colapso como uma
maçã podre, enquanto a vitalidade do povo alemão foi preservada em semente e
pôde levar a nós alemães a um progresso renovado. O Islã começou no sexto
século como um movimento cultural, espiritual e reformador contra as
superpotências da época. A força militar do Islã cresceu em conseqüência da sua
força espiritual.
A única solução real para a questão palestina está no retorno do povo
palestino à sua pátria, na criação de uma verdadeira Palestina, que deveria ser
apta a confinar dentro de seus limites o estado usurpador judaico. Qualquer
solução extorquida violentamente será rejeitada pelas futuras gerações.
Os regimes que estão no poder do mundo árabe-islâmico são como cadáveres.
Mortos por causa da sua fraqueza. O futuro pertence às forças do Islã. O Hamas
e a Jihad (dois movimentos islâmicos intransigentes) são a resposta islâmica ao
desafio sionista. Isto é o que acontece em seus países hoje: seus líderes estão
politicamente acabados. Ao invés de descerem com honra, eles se agarram
amargamente ao poder e tentam carregar seus povos junto ao precipício.
Rami:
Como você julga a ONU?
Remer: O mundo é
dominado hoje pelos EUA sem um rival. Isto significa: quem quer que controle os
EUA, controla o mundo. Na verdade, nos EUA as organizações judaicas tem o
cetro. A ONU na sua situação atual não é nada a não ser um corpo executivo na
estratégia mundial das organizações judaicas e de Israel. Israel, com seu lobby
(grupo de pressão) nos EUA, toma as decisões da política doméstica e externa
dos EUA.
O corpo executivo agora tem o problema da emergência do Japão e da
Alemanha como superpotências econômicas, o que normalmente lhes teria
assegurado um assento permanente no Conselho de Segurança. Neste caso, a
questão do veto teria aparecido: Alemanha e Japão o teriam ou não?
De qualquer modo, o papel da ONU na sua situação atual é dar uma
aparência de legalidade à hegemonia mundial americana. Li em algum lugar que
uma das grandes vantagens que Boutros Ghali tinha para qualificá-lo para ser
secretário-geral da ONU era o fato de que tinha se casado com uma judia!
Se, por exemplo, os interesses de Israel tivessem sido afetados
diretamente na Bósnia, as Nações Unidas, que são é claro controladas pelos EUA,
teria intervido muito antes, como o fizeram na Guerra do Golfo. (Em 9 de agosto
de 1993, o comentário de notícias das 10:30, Martin Schulze disse sobre a
influência dos EUA na ONU: "Porque são os EUA que detém a influência na
ONU que determina guerra ou paz").
Desde que na Bósnia e na Palestina apenas muçulmanos são massacrados, as
Nações Unidas não moveram um dedo em ambos os casos. Aprendi recentemente de
uma transmissão da TV francesa que 95% das armas contrabandeadas à Sérvia vem
de fontes israelenses... Quais foram os assuntos discutidos na Conferência de
Tóquio dos G-7 (grupo dos sete poderes econômicos)?
O presidente americano Bill Clinton, o moço de recados de Israel, afirmou
que ele iria trazer àquela conferência o bloqueio do Irã e do Sudão e a
salvaguarda da ameaça islâmica. Ele disse que iria pedir à Alemanha e ao Japão
que participassem dessa política. Até onde François Mitterrand está preocupado,
ele afirmou que "tinha prometido a Israel levantar na conferência a
questão do fim do boicote econômico árabe a Israel".
E John Major prometeu em uma afirmação que ele iria apoiar qualquer ação
contra a ameaça islâmica. É portanto óbvio que este elevado clube dos grandes
poderes econômicos tudo é um assunto de lealdade à Israel e às organizações
judaicas. A lealdade escrava às organizações judaicas acha expressão na luta
contra o Islã! A França e os EUA até asseguraram oficialmente os governos de
Argel, Túnis e do Egito que eles vão cobri-los na sua luta contra os islâmicos.
No último ano em que Bush foi presidente, os Estados Unidos presentearam
Israel com $10 bilhões adicionais, para financiar a evasão dos judeus do
ex-bloco soviético para a Palestina. Por um longo tempo já os EUA vem dando e
continuam a dar a Israel US$ 3,5 bilhões anualmente, aos quais devem ser
acrescentados todas as entregas militares, que asseguram a superioridade
israelense sobre todos os países islâmicos juntos.
Como alemão, eu fico envergonhado que meu país cede à pressão americana,
e joga fora 3 bilhões de marcos alemães anualmente, como restituição de guerra,
dados a um Estado que não existia na II Guerra Mundial e portanto não sofreu
absolutamente nada durante aquela guerra. A Alemanha presentou Israel com mais
de 100 bilhões de marcos alemães desde a fundação. De acordo com as condições
impostas à Alemanha, meu país deve dar a Israel, até o ano de 2030, mais 37
bilhões de marcos.
E isto sem mencionar os "empréstimos" que em sua maioria se
transformam em presentes. A Alemanha financiou 72 por cento da construção da
infraestrutura econômica e social. Isto é reconhecido por Nahum Goldman em seu
livro "The Jewish Paradox". Goldman foi por muitos anos presidente do
Conselho Mundial Judaico.
Em seu livro ele vergonhosamente se vangloria de ter tirado da Alemanha
bilhões de marcos, e isto apenas através de mentiras, chantagem e a espalhagem
de mitos. Por favor note: mitos, não história. A cada ano as comunidades
alemães devem convidar e manter 20.000 judeus dos EUA, Israel e outros países.
Cada turista judeu custa ao pagador de impostos alemão 20.000 marcos
facilmente. E isto numa época em que os problemas financeiros e o desemprego
aumentam ameaçadoramente, e os alemães sofrem muito com a recessão.
Rami: Por
que a Alemanha dá a Israel e aos judeus tamanho apoio financeiro?
Remer: Os judeus
enriqueceram sua herança religiosa lendária com a lenda do assassinato de seis
milhões de judeus, que, é afirmado, foram em sua maioria mortos nas
"câmaras de gás" alemãs durante a II Guerra Mundial. Apesar do número
de judeus nos territórios controlados pelos alemães não subisse acima de 1,5
milhão, as organizações judaicas, com a ajuda da mídia controlada por elas,
conseguriam tornar sua lenda em "coisa de conhecimento geral".
As alegadas câmaras de gás de Auschwitz são apenas uma das muitas
mentiras propagandísticas das organizações judaicas contra a Alemanha. Eu
declaro categoricamente, como um dos mais importantes comandantes militares da
II Guerra Mundial, que nosso Exército jamais matou um único ser humano em
qualquer câmara de gás.
Como um general bem-informado eu aprendi que o plano de Hitler era
libertar a Europa do controle das organizações judaicas. Os judeus deveriam ser
relocados para a Europa oriental e para a Rússia; em Birobidjan (na Sibéria) já
havia sido criado um Estado judeu. Hitler tinha categoricamente recusado uma
oferta das organizações de fazer uma aliança entre os nacional-socialistas e os
judeus, com o objetivo de fazer a imigração dos judeus se direcionar à
Palestina.
Não devemos esquecer que, primeiro e mais importante, as organizações
judaicas repetidamente declararam guerra contra a Alemanha entre 1933 e 1939. A
perda de vidas humanas através da morte de mulheres e crianças alemãs indefesas
e de soldados alemães foi mais de cem vezes maior que a perda de vidas judias.
Durante a II Guerra Mundial houveram aproximadamente 55 milhões de vítimas.
Nenhum grupo étnico exceto os judeus demandam tais restituições pereniais.
A política de pilhagem judaica contra o povo alemão é uma provocação
contínua aos nossos sentimentos nacionais e à nossa dignidade humana,
especialmente porque sabemos que toda a ajuda que damos a Israel não é senão
uma contribuição aos esforços de guerra israelenses contra o povo palestino e
contra a nação islâmica.
Atualmente, Israel tem cerca de 200 bombas atômicas, basicamente
construídas para a destruição dos muçulmanos. Existe uma liderança no mundo
islâmico que tenha preparado um plano estratégico para a defesa da segurança
nacional islâmica em face desta ameaça que paira sobre todo muçulmano? No tempo
de Nasser houveram esforços sérios de criar um plano árabe comum que deveria
garantir a segurança nacional contra Israel.
Hoje em dia, ao contrário, nós vemos nada exceto dissensões árabes e
exércitos árabes que vêem como sua tarefa defender o regime reinante mesmo a
custo de colaborar com o inimigo. Depois de Nasser, até agora, só uma vez huve
uma operação militar executada por um número de Estados árabe - e esta foi
controlada pela liderança judia-americana durante a Guerra do Golfo, e destruiu
um país islâmico.
Em áreas onde não há liberdade e não há um governo popular legítimo, onde
as regras políticas civilizadas não se aplicam, onde o terrorismo de Estado
prevalece, para se conseguir mudança política ou expressar a vontade de uma
mudança política, só há um caminho, revelar a verdadeira natureza do poder de estado
despótico. Tome, por exemplo, a Suécia. Esta nação não tem os mesmos problemas
sérios(decadência, corrupção) que o mundo islâmico tem.
Ainda, o povo pode eleger seu governante a cada três anos. A nação
islâmica luta contra gigantescas dificuldades, mas também tem gigantescas
possibilidades. Deveria ser possível discutir os problemas num debate livre e
aberto. Pois uma das principais razões pelas quais a decadência prevaleceu
sobre vocês é a tirania política que proíbe qualquer discussão livre. Não há
nada mais perigoso que um tirano burro. Quantos tiranos burros existem em seus
países?
Rami:
Qual é sua mensagem pessoal aos leitores de ALSHAAB?
Remer: Através do
jornal ALSHAAB, eu congratulo o generoso e simpático povo egípcio, entre quem
eu vivo anos maravilhosos durante a revolução. Desde aqueles anos segui
atenciosamente o destino do Egito e de seu povo. No Egito, nenhum dos regimes
seguintes conseguiu suprimir a liberdade de imprensa completamente.
E isto não por causa da "humanidade" dos governantes, mas
porque a liberdade não é dada, ela é conquistada. No Egito, os jornalistas -
especialmente aqueles de ALSHAAB atualmente - tem uma parte extremamente
importante na educação do povo, na clarificação de noções, e na luta contra a
corrupção e a traição. Uma oposição e a imprensa da oposição são atributos de
qualquer sistema governo amante da liberdade e legítimo.
A imprensa livre pode ser útil até para um ditador inteligente,
ajudando-o a ver os lados negativos de seu governo, que, na falta de uma
oposição corajosa e de mente aberta, ficam escondidos dele. A existência do
jornal ALSHAAB, sua liberdade de expressão e sua aparição contínua, fazem honra
ao presidente Mubarak e prova que ainda há esperança de melhorar a condição do
Egito sem violência e sem guerra civil.
As circunstâncias de toda a nação islâmica estão conjugadas com aquelas
do Egito. O progresso e regresso do mesmo são espelhados em todo o mundo
muçulmano. O povo egípcio lançou a luta anti-colonial dos anos 40 aos 60 da
cidade de Cairo.
Entretanto, após a morte de Nasser e a capitulação de Sadat, o
capitalismo se espalhou por todo o mundo islâmico. Hoje em dia, os movimentos
islâmicos levantam a tocha da resistência. Aquela tocha queima mais
brilhantemente no Irã e no Sudão. O Egito logo vai ocupar o lugar que merece no
mundo islâmico - na luta por liberdade, dignidade e justiça.
ALSHAAB: Agradecemos ao nosso amigo, General Remer, por dar esta
entrevista ao nosso jornal.
Fonte: http://www.radioislam.org/remer/portugu.htm
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