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Conferência (fotos)

Realizou-se no passado dia 13, na cidade do Porto, uma conferência a cargo do Prof. Marcos Ghio do Centro Evoliano da América, subordinada ao tema Evola e Nietzsche. Contamos poder disponibilizar, durante as próximas semanas, o vídeo da conferência.
Vista parcial da sala
O Prof. Marcos Ghio expondo as suas ideias
Vista parcial da sala
Algum do material disponível para venda

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O Prof. Marcos Ghio estará de novo em Portugal para mais uma imprescindível conferência durante o próximo mês de Outubro.

Solstício de Inverno


Estamos aqui hoje reunidos, neste Solstício de Inverno, para, mais uma vez, recordarmos um camarada que já não se encontra entre nós no mundo dos vivos. Este ano decidimos evocar Guido Lupo Maria De Giorgio, importante figura do tradicionalismo italiano, e um dos responsáveis pela introdução de Evola à Tradição.
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Evola descreve-o, no seu livro «O Caminho do Cinábrio», da seguinte forma: “Era uma espécie de iniciado no estado selvagem e caótico (…). Possuía uma cultura excepcional, conhecia muitas línguas, mas tinha um temperamento muito instável (com alternâncias maníaco-depressivas, como diriam os psicólogos) e fortes achaques passionais, emotivos e líricos, quase à maneira de Nietzsche. A sua intolerância ao mundo moderno era de tal ordem que acabou por se retirar para as montanhas, que sentia como o seu ambiente natural, vivendo num presbitério abandonado quase sem nada, à base de algumas aulas que dava, e sofrendo fisicamente de cada vez que era obrigado a tomar contacto com a vida civilizada e citadina.” E de seguida acrescenta: “A sua influência sobre mim, que não se deve a livros, que nunca publicou, mas sim a cartas perturbadas e agressivas, polvilhadas de iluminações – e de confusões – fica a dever-se ao seu modo de dramatizar e energizar o conceito de Tradição, que em Guénon, devido à sua equação pessoal, apresentava traços demasiado formais e intelectuais. A isto unia-se a sua tendência para a absolutização que, naturalmente, encontrou em mim um terreno congenial.”
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De Giorgio nasceu a 3 de Outubro de 1890, na localidade italiana de San Lupo, na província do Benevento. Filho de um notário, estudou Filosofia em Nápoles, tendo-se diplomado aos 20 anos com uma tese sobre um tema “orientalista”. Muda-se de seguida para a Tunísia onde trabalha como professor de liceu ensinando italiano. É aqui que entra em contacto com o esoterismo islâmico através de uma fraternidade local, contacto este que o marcará profundamente.
Em 1915 volta à Itália, estabelecendo-se em Varazze. Após a I Guerra Mundial muda-se para Paris, onde conhece René Guénon, de quem se torna amigo e colaborador, colaborando com ele nas duas revistas francesas mais importantes da época dedicadas ao esoterismo: «Le Voile d’Isis» e «L’initiation».
Regressa a Itália nos anos vinte, tendo feito parte do Grupo de Ur juntamente com Evola, escrevendo na revista do mesmo nome sob o pseudónimo de Havismat. Em 1930 foi “um dos inspiradores” da revista «La Torre», fundada por Evola, onde escreve sob o pseudónimo de Zero, expondo as suas teses sobre aquilo a que chamava Fascismo Sacro, ou seja, uma tentativa de universalizar o movimento fascista através da via esotérica. No final dos anos 30 e início dos anos 40 colaborou ainda noutras publicações como «Krur» ou «Diorama Letterario» (suplemento do jornal «Il Regime Fascista» de Farinacci).
Após a II Guerra Mundial teve a coragem de escrever um violento panfleto contra o novo regime democrático com o provocatório título de «A República dos Canalhas».
A sua principal obra, «A Tradição Romana», na qual advoga o regresso à antiga concepção da autoridade espiritual e temporal, foi publicada postumamente em 1973. Esta obra, cujo título original era «O emblema fulgural da potência. Introdução à doutrina do Sacro Fascismo Romano», tinha sido originalmente oferecida a Mussolini, sob a forma de manuscrito dactilografado, no Natal de 1939. Em «Deus e o Poeta», obra publicada apenas em 1985, exalta de forma poética o conteúdo metafísico da doutrina católica, da qual se foi aproximando a partir dos anos da II Guerra Mundial, o que levou ao seu afastamento de Evola que o considerava entregue “a uma espécie de cristianismo vedantizante”.
De Giorgio faleceu em 27 de Dezembro de 1957, de causas naturais, na localidade piemontesa de Mondovì.
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Terminaremos esta breve evocação citando o próprio De Giorgio, que se referia aos modernos nos seguintes termos: “Sempre mais rápidos, sempre mais declives, queimai todas as metas, rompei todos os diques. Soltai as rédeas. Tomai os louros das vossas conquistas. Correi com asas sempre mais rápidas, com orgulho sempre mais despregado, com vossos impérios com vossas democracias. A fossa deve ser cheia e precisa-se de esterco para a nova árvore que brotará fulminante do vosso final”. Pois bem, aqui está resumida aquela que deve ser também a nossa atitude perante o mundo em ruínas que nos rodeia.

― Guido Lupo Maria De Giorgio: PRESENTE!

(Texto lido durante a cerimónia de Solstício de Inverno de 2011 da Legião Vertical)

Conferência - fotos

Ai que prazer
Cumprir um dever.
Ter palavras para dizer
E assim o fazer.
Pensar é bom
Agir é melhor.
O Sol brilha porque pode.
O rio escava seu próprio sulco,
e assim segue original.
E a Fidelidade, essa, tão anti-natural
Como não tem tempo, se apressa.

Humberto Nuno Oliveira expôs a situação de Pedro Varela

Marcos Ghio expôs os princípios fundamentais do pensamento tradicional

Vista parcial da sala

É já no próximo Sábado


Para além de Marcos Ghio, estará também presente Humberto Nuno Oliveira que falará sobre a situação de Pedro Varela.

Quando há uns anos fui recebido na Legião, foi-me entregue este livro. Ontem tivemos a oportunidade de oferecer outro.

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No caminho do guerreiro, são essenciais três qualidades: lealdade, integridade e coragem. Falamos do guerreiro leal, do guerreiro íntegro e do guerreiro corajoso, ma aquele que reúne as três virtudes é considerado o de maior valor. No entanto, entre milhares de samurais, é raro encontrar um que alcance tal categoria. Ora, é relativamente fácil distinguir o guerreiro leal e o guerreiro íntegro através dos seus comportamentos quotidianos, mas talvez se duvide que em tempos de paz e tranquilidade como os actuais seja possível distinguir o guerreiro corajoso. Porém, não é esse o caso, pois a coragem não se demonstra apenas quando um homem põe uma armadura, pega na lança e na alabarda e avança para a batalha. É possível ver se tem ou não coragem no decurso da sua vida quotidiana. Porque quem nasce corajoso será leal e filial para com o seu senhor e os seus pais, e sempre que tenha algum momento de ócio utilizá-lo-á para estudar, assim como não será negligente na prática das artes militares. Evitará escrupulosamente a indolência e prestará muita atenção à maneira como gasta cada uma das suas moedas. Pensar que isso revela uma avareza detestável é um engano, pois ele gasta com liberalidade quando necessário. Nada faz que seja contrário ao estipulado pelo seu senhor ou que desagrade aos seus pais, mesmo quando deseja proceder de outra forma. Assim, sempre obediente ao seu senhor e a seus pais, vive com prudência, na esperança de um dia realizar alguma obra de grande mérito, moderando o seu apetite na comida e na bebida, evitando os excessos do sexo, que é a grande ilusão da humanidade, a fim de preservar a saúde e a força. Porque nestes aspectos, como em todos os outros, é o autocontrolo inflexível que constitui o princípio da coragem.

Liberdade para Pedro Varela

Não podemos lá estar, mas não esquecemos:





Equinócio de Primavera

A Legião Vertical celebrou no passado fim-de-semana mais um Equinócio saudando, como sempre, o Sol. Ficam aqui algumas fotos:

Aguardando o nascer do Sol:



O nascer do Sol:

Liberdade para Pedro Varela

A Legião Vertical produziu o autocolante aqui reproduzido em solidariedade com Pedro Varela. Aqui ficam algumas fotos das colagens levadas a cabo junto da sede de alguns meios de comunicação social, cujo silêncio cúmplice relativamente ao encarceramento por delito de opinião deste dissidente é demonstrativo do seu compromisso com a "liberdade de expressão".







Solstício de Verão

A Legião Vertical celebrou no passado fim-de-semana de 19-20 de Junho mais um Solstício de Verão com a realização da já tradicional “Marcha dos Elementos”. Publicamos de seguida algumas fotos de mais estas jornadas de convívio e camaradagem:











Julius Evola – Presente!

Como todos os anos, a Legião Vertical evocou hoje, em cerimónia, mais um aniversário da morte do Mestre.

O “estilo” que deve tomar relevo é o de quem se mantém em posições de fidelidade a si mesmo e a uma ideia com uma intensidade total, com repulsa por qualquer compromisso, num empenhamento completo que se deve manifestar não apenas na luta política, mas em todas as manifestações da existência: nas oficinas, nos laboratórios, nas universidades, nas ruas, na própria vida pessoal e afectiva. Deve atingir-se o ponto em que o tipo de que falamos e que deve ser a substância celular do nosso ordenamento, seja bem reconhecível, inconfundível, diferenciado, e dele se possa dizer: “Trata-se de alguém que actua como um homem do Movimento”.

(…)

Além disso, é importante, é essencial, que se constitua uma elite que defina a Ideia, em função da qual nos devemos unir, com intensidade firme, rigor intelectual e absoluta intransigência e que afirme essa ideia sobretudo sob a forma de um homem novo, do homem da resistência, do homem de pé entre as ruínas. Se é possível ultrapassar este período de crise e de ordem ilusória, apenas a esse homem pertencerá o futuro; se, porventura, não puder ser detido o destino que o mundo moderno deu a si próprio e que agora o arruína, em tal situação as nossas posições internas serão mantidas: suceda o que suceder, o que deve ser feito será feito, pois pertencemos àquela pátria que nenhum inimigo conseguirá ocupar ou destruir.

― Julius Evola, Orientações

E porque "a Fidelidade é mais forte que o Fogo", de novo lá estaremos tendo o Sol como testemunha

A Legião Vertical realizou no passado fim-de-semana de 24 e 25 de Março a sua celebração do Equinócio de Primavera. Algures no interior transmontano, num ambiente familiar e de camaradagem, assinalamos a passagem de mais um equinócio.

O primeiro dia iniciou-se cedo pela manhã, com a partida em direcção ao nosso destino transmontano, ao qual chegamos à hora do almoço. Após a instalação numa antiga escola primária, agora transformada em empreendimento de turismo de habitação/rural, fizemos uma refeição leve e demos início ao nosso recheado programa de actividades.

A primeira actividade consistiu numa introdução ao Ikebana, a arte dos arranjos florais japoneses, organizada pelo Núcleo de Arte e Tradição (NAT). De seguida procedemos à realização de vários exercícios de Tai-Chi-Chuan, uma arte marcial interna, até meio da tarde, altura em que fizemos uma pausa para repousar e lanchar, tendo retomado o nosso programa por volta das 17:30, com a realização de vários exercícios de artes marciais (com e sem bastão) até ao final da tarde. Após o merecido repouso, seguiu-se, por volta das 20:00, um animado jantar, que consistiu de saladas e auto serviço de Raclete (queijo suíço derretido c/batatas) . Por volta da meia-noite, e já depois de arrumarmos as mesas e a cozinha, realizou-se um “brinde romano”, cerimónia plena de ritual e solenidade. Leram-se breves palavras alusivas à cerimónia e ao seu significado e evocaram-se os nossos melhores exemplos ancestrais (desde os 300 espartanos das Termópilas até aos cruzados cristãos da era medieval). O primeiro dia de actividade deu-se por encerrado já cerca das 2:00, já que antes de recolher às camaratas os homens fizeram ainda uma guarda de dois turnos à casa.

O segundo dia iniciou-se ainda mais cedo, uma vez que por volta das 7:00 estávamos já todos de pé e preparados para saudar o Sol, que deveria nascer por volta das 7:30. Metemo-nos ao caminho, sendo que o frio e o vento que se faziam sentir não foram suficientes para nos demover da caminhada que nos levaria até ao cimo dum monte próximo do local onde nos encontrávamos. Já no topo do monte aguardamos pacientemente, em formação, até que o disco solar surgisse totalmente no horizonte, altura em que saudamos o Sol “romanamente”. A ocasião serviu também para que alguns legionários renovassem o seu juramento de fidelidade para com a Legião. De seguida regressamos “à base” para tomarmos o pequeno-almoço e nos prepararmos para uma caminhada até à hora de almoço. Após uma breve exposição de algumas noções básicas de orientação e cartografia iniciamos a nossa caminhada que nos ocuparia toda a manhã. Por volta das 13:30 chegamos ao local onde almoçaríamos um fausto arroz de feijão e costelas na brasa. Mais uma vez, e como não podia deixar de ser, a refeição decorreu num ambiente animado e de camaradagem. No final da refeição, e após um período de repouso, realizou-se uma pequena cerimónia de atribuição de “prémios” a alguns dos elementos presentes pelo seu contributo em prol da Legião.

Estas jornadas, propositadamente intensas do ponto de vista físico, como forma de nos recordar que a vida é Milícia e a nossa missão é Servir, foram, sem dúvida, um tónico revigorante do ponto de vista espiritual. Brevemente haverá mais!
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