Foi a revolução francesa uma vingança dos Templários?
Um historiador francês observou que apesar de hoje se reconhecer que as doenças do organismo humano não nascem sozinhas, mas que se devem a agentes invisíveis, a micróbios e bactérias, no que se refere às doenças desses maiores organismos que são as sociedades e os Estados, doenças correspondentes às grandes crises históricas e às revoluções, pensa-se que aqui, pelo contrário, as coisas sucedem de outra forma, quer dizer que se trataria de fenómenos espontâneos ou devidos a simples circunstâncias exteriores, apesar de nas mesmas poderem ter actuado com grande vigor um conjunto de forças invisíveis similares aos micróbios nas doenças humanas.
Escreveu-se muito a respeito da Revolução Francesa e sobre a causa que a originou; habitualmente reconhece-se o papel que, pelo menos como preparação intelectual, tiveram certas sociedades secretas e especialmente a dos denominados Iluminados. Uma tese específica e mais avançada é aquela que a tal respeito sustenta que a Revolução Francesa tenha representado uma vingança dos Templários. Já num período extremamente próximo àquela revolução juntou-se uma ideia semelhante. Seguidamente De Guaita haveria de retomá-la e aprofundá-la.
A destruição da Ordem dos Cavaleiros Templários foi um dos acontecimentos mais misteriosos da Idade Média. Os Templários eram uma Ordem cruzada de carácter tanto ascético como guerreiro, fundada em 1118 por Hugues de Paiyns. Exaltada por S. Bernardo na sua Laude de la nueva Milicia, haveria de tornar-se rapidamente numa das ordens cavalheirescas mais ricas e poderosas. De forma improvisada em 1307, a mesma foi acusada pela Inquisição. A iniciativa partiu essencialmente de uma figura sinistra de soberano, Filipe O Belo de França, que impôs a sua vontade ao débil Papa Clemente V, conseguindo para si as grandes riquezas da Ordem. Acusava-se os Templários de professar só em aparência a fé cristã e de ter um culto secreto e uma iniciação alheia ao cristianismo e mais ainda anti-cristã. Como foram as coisas verdadeiramente é algo que não se pôde nunca saber com exactidão. De qualquer forma o processo concluiu com uma condenação: a Ordem foi dissolvida, a maior parte dos Templários foi massacrada e terminou na fogueira. Foi queimado também o Grão-mestre Jacques de Molay. Este justamente na fogueira profetizou os dias da morte dos responsáveis da destruição da Ordem, do rei e do pontífice. Filipe o Belo e Clemente V haveriam de morrer exactamente dentro dos termos profetizados pelo Grão-mestre Templário para apresentar-se perante o tribunal divino.
Diz-se que alguns Templários que se salvaram do massacre se refugiaram na corte de Robert Bruce, Rei da Escócia, e que se integraram em certas sociedades secretas preexistentes. De qualquer modo, de acordo com a tese mencionada ao inicio, certas derivações dos Templários teriam continuado de maneira subterrânea até ao próprio período da Revolução Francesa e teriam preparado, como uma verdadeira vingança, a queda da casa de França.
(A conclusão deste texto será publicada no próximo Boletim Evoliano)
A destruição da Ordem dos Cavaleiros Templários foi um dos acontecimentos mais misteriosos da Idade Média. Os Templários eram uma Ordem cruzada de carácter tanto ascético como guerreiro, fundada em 1118 por Hugues de Paiyns. Exaltada por S. Bernardo na sua Laude de la nueva Milicia, haveria de tornar-se rapidamente numa das ordens cavalheirescas mais ricas e poderosas. De forma improvisada em 1307, a mesma foi acusada pela Inquisição. A iniciativa partiu essencialmente de uma figura sinistra de soberano, Filipe O Belo de França, que impôs a sua vontade ao débil Papa Clemente V, conseguindo para si as grandes riquezas da Ordem. Acusava-se os Templários de professar só em aparência a fé cristã e de ter um culto secreto e uma iniciação alheia ao cristianismo e mais ainda anti-cristã. Como foram as coisas verdadeiramente é algo que não se pôde nunca saber com exactidão. De qualquer forma o processo concluiu com uma condenação: a Ordem foi dissolvida, a maior parte dos Templários foi massacrada e terminou na fogueira. Foi queimado também o Grão-mestre Jacques de Molay. Este justamente na fogueira profetizou os dias da morte dos responsáveis da destruição da Ordem, do rei e do pontífice. Filipe o Belo e Clemente V haveriam de morrer exactamente dentro dos termos profetizados pelo Grão-mestre Templário para apresentar-se perante o tribunal divino.
Diz-se que alguns Templários que se salvaram do massacre se refugiaram na corte de Robert Bruce, Rei da Escócia, e que se integraram em certas sociedades secretas preexistentes. De qualquer modo, de acordo com a tese mencionada ao inicio, certas derivações dos Templários teriam continuado de maneira subterrânea até ao próprio período da Revolução Francesa e teriam preparado, como uma verdadeira vingança, a queda da casa de França.
- Julius Evola
(A conclusão deste texto será publicada no próximo Boletim Evoliano)
Há um livro interessante sobre o tema... Born in Blood...
Bom artigo, e que dá "pano para mangas"...
Embora apenas uma parte dos Templarios fosse massacrada, e é claro o seu rosto emblemático (Jacques de Molay) sofresse a vil ambição de Filipe, O Belo, uma maioria conseguiu escapar para vários países, entre eles Portugal.
Aqui tivemos a nossa emblemática Ordem de Crist.
Sem me debruçar em pormenores (pois seriam demasiado longos), esta Ordem foi muito importante para o nosso País. Herdeiros de uma tradição de lealdade, coragem e conhecimento, podemos até liga~los com os os Cátaros. Mas isso daria mais um texto grande de mais para um comentário...