Tradição e Revolução

«Uma vez vistas as coisas claramente nestes termos, é necessário examinar a fundo as próprias ambições “revolucionárias”, tendo no entanto em conta que se estas ambições forem remetidas aos seus limites legítimos, limitar-nos-emos a ser parte das equipas de demolição. Num nível mais elevado encontram-se aqueles que ainda se mantêm realmente de pé. A sua palavra de ordem é Tradição, segundo o aspecto dinâmico que já coloquei em evidência mais acima. Como já dissemos, o seu será o estilo de quem, quando as circunstâncias mudam, quando as crises ocorrem, quando novos factores entram em acção, quando os diques anteriores começam a ceder, mantém o sangue frio, sabe abandonar aquilo que tem de ser abandonado de modo a não comprometer o essencial, sabe avançar estudando impassivelmente formas adaptadas às novas circunstâncias e com elas sabe impor-se, de modo tal a restabelecer ou manter uma continuidade imaterial, evitando toda a acção privada de base e aventureirista. É esta a missão, é este o estilo dos verdadeiros dominadores da história, bem diferente, mais viril do que o simplesmente “revolucionário”.»

- Julius Evola, Os Homens e as Ruínas

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