Novidade editorial – Os crimes dos bons


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Vivemos há 70 anos em plena falsificação histórica. Falsificação hábil, que começou por arrastar as imaginações populares para depois se apoiar na cons­piração dessas imaginações. Disse-se: eis como eram bárbaros os vencidos da última guerra mundial, que, para cúmulo, foi desencadeada por eles. E acrescentou-se: recordai o que sofreram os países ocupados e o que teriam sofrido os que não foram invadidos se os nobres Aliados não tivessem preservado a sua neutralidade. Inventou-se inclusivamente uma filosofia dessa falsificação, que consiste em explicar-nos que não importa o que uns e outros eram realmente, que só conta a imagem criada e que essa é a única realidade. E assim, duas centenas de carrapatos da imprensa, da rádio e da televisão, criadores da chamada “opinião pública mundial”, foram promovidos à existência metafísica. (...)
Não obstante, deve haver outra realidade. Há outra realidade. Frente aos crimes dos vencidos, reais ou inventados e exagerados em progressão geométrica, falta qualquer coisa. Mesmo para o espírito mais medíocre, é evidente que deve haver algo mais; que, frente aos demónios do nazismo, houve, não anjos, mas seres humanos, muito humanos, demasiado humanos, que cometeram atrocidades e crimes. 
Decidimos narrar esses crimes, pelo menos os mais relevantes, sem nos limitarmos ao relato cronológico dos abusos militares e civis propiciados pelos políticos aliados durante a II Guerra Mundial. A nossa relação abrange os crimes cometidos pelos “bons” entre 1933 e 1982, ou seja, durante meio século de “fascismo”, ou o que os mass media denominam com esse nome. Os “bons” são, evidentemente, os que a imprensa, a rádio e a televisão apresentam como tais: os democratas do leste e do oeste, os “anti-colonialistas” que desde 1945 integravam os chamados “movimentos de libertação” das colónias dos que antes eram “bons”. Naturalmente, muitos dos “bons” de ontem – praticamente todos os países europeus e a América – perderam essa categoria em benefício do que geralmente se denomina “a esquerda”. Assim, o general Patton, que era “bom” durante a II Guerra Mundial, passou a “mau” ao fim de pouco tempo, como passaram a ser “maus” os generais Vedemeyer, Clarck e Mac Arthur, o senador McCarthy, o presidente Chang-Kai-Chek, o general De Gaulle, o presidente Nixon, etc., etc. 
Uma vez que os crimes dos “maus” foram exaustivamente relatados pelos vencedores, fotografados, dissecados, expostos, retocados, exibidos e exagerados, quando não inventados, consideramos supérfluo epilogar de novo sobre eles. Disso nos ocupámos noutro lugar. Nas páginas seguintes, e dentro da tónica geral desta época de “desmitificação” de ídolos, cujo fim suplementar é desenvolver a virtude da modéstia entre os vencedores, apresentamos os crimes dos “bons”, baseando-nos, não em testemunhos emanados dos miseráveis vencidos, mas dos virtuosos vencedores. Dos consagrados pela “opinião pública” e por duas centenas de escribas mercenários portadores da espada flamejante da acusação em nome da humanidade. (...)

-- excerto do Prólogo

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