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As crises económicas do capitalismo. A política ao serviço da economia

Por Eduard Alcántara

Hace un tiempo, coincidiendo con el punto más álgido alcanzado por la última crisis económica española, un amigo, desde allende los mares, nos pidió que le aclaráramos algunos puntos acerca de sus causas y del comportamiento y funcionamiento generales del sistema económico hegemónico en la mayor parte de nuestro planeta. Nosotros, además, le explicamos cómo la inoperancia del sistema económico capitalista no está exenta de relación con el mismo sistema liberal de partidos políticos.

Pero antes que nada le recordamos aquella máxima, como resumen de todo lo que había sucedido y sucede, de que la banca siempre gana.

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Novidade editorial – Os crimes dos bons


Os interessados em adquirir esta obra deverão enviar um e-mail para clinica.ans@gmail.com


Vivemos há 70 anos em plena falsificação histórica. Falsificação hábil, que começou por arrastar as imaginações populares para depois se apoiar na cons­piração dessas imaginações. Disse-se: eis como eram bárbaros os vencidos da última guerra mundial, que, para cúmulo, foi desencadeada por eles. E acrescentou-se: recordai o que sofreram os países ocupados e o que teriam sofrido os que não foram invadidos se os nobres Aliados não tivessem preservado a sua neutralidade. Inventou-se inclusivamente uma filosofia dessa falsificação, que consiste em explicar-nos que não importa o que uns e outros eram realmente, que só conta a imagem criada e que essa é a única realidade. E assim, duas centenas de carrapatos da imprensa, da rádio e da televisão, criadores da chamada “opinião pública mundial”, foram promovidos à existência metafísica. (...)
Não obstante, deve haver outra realidade. Há outra realidade. Frente aos crimes dos vencidos, reais ou inventados e exagerados em progressão geométrica, falta qualquer coisa. Mesmo para o espírito mais medíocre, é evidente que deve haver algo mais; que, frente aos demónios do nazismo, houve, não anjos, mas seres humanos, muito humanos, demasiado humanos, que cometeram atrocidades e crimes. 
Decidimos narrar esses crimes, pelo menos os mais relevantes, sem nos limitarmos ao relato cronológico dos abusos militares e civis propiciados pelos políticos aliados durante a II Guerra Mundial. A nossa relação abrange os crimes cometidos pelos “bons” entre 1933 e 1982, ou seja, durante meio século de “fascismo”, ou o que os mass media denominam com esse nome. Os “bons” são, evidentemente, os que a imprensa, a rádio e a televisão apresentam como tais: os democratas do leste e do oeste, os “anti-colonialistas” que desde 1945 integravam os chamados “movimentos de libertação” das colónias dos que antes eram “bons”. Naturalmente, muitos dos “bons” de ontem – praticamente todos os países europeus e a América – perderam essa categoria em benefício do que geralmente se denomina “a esquerda”. Assim, o general Patton, que era “bom” durante a II Guerra Mundial, passou a “mau” ao fim de pouco tempo, como passaram a ser “maus” os generais Vedemeyer, Clarck e Mac Arthur, o senador McCarthy, o presidente Chang-Kai-Chek, o general De Gaulle, o presidente Nixon, etc., etc. 
Uma vez que os crimes dos “maus” foram exaustivamente relatados pelos vencedores, fotografados, dissecados, expostos, retocados, exibidos e exagerados, quando não inventados, consideramos supérfluo epilogar de novo sobre eles. Disso nos ocupámos noutro lugar. Nas páginas seguintes, e dentro da tónica geral desta época de “desmitificação” de ídolos, cujo fim suplementar é desenvolver a virtude da modéstia entre os vencedores, apresentamos os crimes dos “bons”, baseando-nos, não em testemunhos emanados dos miseráveis vencidos, mas dos virtuosos vencedores. Dos consagrados pela “opinião pública” e por duas centenas de escribas mercenários portadores da espada flamejante da acusação em nome da humanidade. (...)

-- excerto do Prólogo

Francis García faleceu



Conheci Francis García em Madrid durante uma reunião dos Círculos Doctrinales José Antonio, num escritório que tinham na calle Ferraz. Presidiu à reunião Diego Márquez e Carlos Ruiz Soto. Deve ter sido por volta de 1973. Pretendia-se preparar as “concentrações nacionais” dos Círculos. Francis estava sentado na primeira fila e, como era seu hábito, começou sussurrar-me acerca do que se dizia na mesa presidencial. Na verdade, nem ele nem eu nos encaixámos muito naquele ambiente, o qual acabámos por abandonar como uma fase não particularmente feliz da nossa vida. Mas essa primeira conversa foi o início de uma grande amizade e camaradagem que haveria de permanecer até um dia e meio antes de decidir pôr termo à vida. Na verdade, trocámos um último e-mail e a notícia seguinte que eu tive dele foi a da sua morte.
Francis era um homem especial. Todos os que o conhecemos podemos atestar isso. E era muito jovem. Não se encontra duas pessoas como ele por esse mundo fora. Intelectual tradicionalista, praticante do Budismo desde o Verão de 1978, militou no Círculo José Antonio, de Saragoça, na Frente Nacional da Juventude e na Frente da Juventude, tendo vindo a ser detido no ataque que pulverizou esta organização em Junho de 1980. Não obstante isto, continuaria ao longo da sua vida a sua busca espiritual, reunindo uma biblioteca muito extensa, provavelmente com mais de 10.000 volumes, dedicados a temas de espiritualidade que sempre constituíram o cerne da sua existência. Devido ao seu contexto familiar e ao seu talento para idiomas, essa biblioteca – que considero única em Barcelona – englobava livros em todas as línguas. No entanto, foi, sem dúvida, a biblioteca mais caótica e desorganizada que eu já conheci, mas também a mais completa: bastava pedir um título que era logo localizado em qualquer saco de plástico ou na borda de uma prateleira esquecida.
O seu mundo era a espiritualidade: dominava desde muito jovem a obra de Evola e de René Guénon. Conheceu Schuon e mestres sufis, assim como budistas e taoistas. Mantinha correspondência e amizade com intelectuais franceses desta corrente. Porém, os seus interesses intelectuais iam muito além da espiritualidade: sociologia, política internacional, estudo da modernidade, ecologia, sociedades secretas foram outros alvos da sua curiosidade. Raro era o dia em que não comprava um ou mais livros. Não há muitas pessoas assim. Sempre se interessou por pontos de vista alternativos. Quando surgiram os protestos do “não à guerra”, em 2003, Francis foi um dos que organizaram a grande manifestação pelas ruas de Barcelona, gritando contra a intervenção dos EUA no Iraque. Continuou a manter as suas opiniões políticas de sempre, mas também se aproximou do mundo alternativo.
Depois de se ter casado, passou os últimos sete anos da sua vida na China, tendo regressado um mês e meio afectado por vários problemas físicos. Ele gostava da China e eu creio que me pintou o quadro mais completo dessa sociedade, cuja evolução observava com interesse. Graças a ele, aprendi que o comunismo chinês não é diferente, ainda hoje, do pior estalinismo; e que a doutrina do marxismo-leninismo é obrigatória para todos os cursos académicos, sendo determinante a sua assimilação, sem a qual não pode haver progressão na carreira. Fiquei a saber que nos campi universitários chineses, os megafones impunham aos gritos os slogans do Partido Comunista, o que parecia ser uma situação orwelliana. Soube também, graças a ele, que o suicídio era uma situação comum na China e muitos dias se passavam em que a poluição ambiental não permitia ver a luz do Sol. Não admira que ele tenha voltado com problemas físicos. No entanto, ele gostava muito do povo chinês. Teve oportunidade, todavia, de conhecer melhor naquele país (e em todo o Sudeste Asiático) os professores de diferentes correntes espirituais. Sempre acompanhado de sua esposa, Yiffen, mulher de grande integridade, trabalhadora e culta.
Francis era uma das pessoas mais sociáveis ​​que eu conheci. Com facilidade, fazia bons amigos e sempre procurava ver as melhores qualidades das pessoas. Bastava uma frase, uma ideia simples para se interessar por alguém e, a partir daí, considerava essa pessoa um interlocutor válido. Claro está que nem sempre acertava. Às vezes deixava-se levar pelo seu entusiasmo pelas pessoas, mas, se teve decepções, também conheceu gente excepcional – alguns seriam últimos exemplos de um mundo que está a acabar, testemunhas de uma outra época, que agora vivem em auto-reclusão sem interesse em chamar a atenção, nem em expressar a sua existência.
Eu creio que fui um dos seus melhores amigos e, claro, todas as vezes que me despedia dele por e-mail, terminava com “Saudações cordiais do teu amigo e camarada”. Era um amigo e camarada. Foi alguém excepcionalmente modesto e o melhor elogio que podíamos fazer e aquilo que de facto ele queria era, mais do que tudo, ser “uma boa pessoa”.
Ficámos ambos muito satisfeitos quando, em 1988, um amigo e editor nos pediu para traduzirmos Cavalgar o Tigre. Conhecíamos o livro, o qual tínhamos lido em finais de 70, cujo texto nos havia transformado a vida, pois espiritualmente fez-nos entrar na maturidade. Nenhum de nós duvidava da superioridade intelectual de Julius Evola sobre qualquer outro da mesma corrente. Para os outros, a espiritualidade era algo que não tinha nada a ver com o mundo contingente. Para Evola, espiritualidade e vida eram dois pólos dificilmente separáveis. Muito diferente das grandes teses de Guénon, impossíveis de levar à prática, tendo conduzido os seus partidários a instituições tão contraditórias como o tradicionalismo católico, a maçonaria e o Islão, com Evola havia dois tipos de prática a eleger: uma adaptada ao homem de acção e exposta na sua obra Os Homens e as Ruínas, ideal para aqueles que acreditam poder fazer-se algo para impedir a decadência; em paralelo, para aqueles que acham que nada pode ser feito e que faz mais sentido resistirmos ao mundo onde predomina a modernidade, Evola escreveu as suas últimas reflexões no Cavalgar o Tigre. O livro, escrito na década de 60, segue todas e cada uma das correntes daquele tempo e recomenda algumas normas de comportamento frente a problemas novos. Ela diz-nos que o declínio que estamos a viver hoje não é da “sociedade tradicional”. “Assistimos sim é a uma crise da sociedade burguesa e dos valores burgueses”. Diz-nos que antes e acima de tudo, é preciso “superar o niilismo”, passando pelo mesmo, reconhecendo que não há instituições que valham a pena defender, parar de usar desculpas e esperanças vãs. O que Evola pretendia dizer é que há que iniciar uma jornada para o fim do niilismo, usando-o, para depois o superarmos e conseguirmos permanecer de pé ante o vazio e a vacuidade da sociedade moderna.
Traduzimos o livro em cerca de um mês, que, após ter sido publicado, foram feitas sucessivamente dezenas de edições e tem sido difundido à saciedade pela Internet. Aproveitamos a oportunidade para discutirmos e comentarmos a obra e respectivos temas e ampliarmos as nossas próprias conclusões.
Um dos capítulos de Cavalgar o Tigre intitulado “O direito sobre a vida: o suicídio” é das páginas mais duras que eu alguma vez li. Se a vida não é um valor supremo (e não é, pois o herói está disposto a entregar a sua vida, renunciando a ela, em defesa da sua comunidade, da sua dama, dos seus valores) e nós somos donos da nossa vida e responsáveis por tudo o que nos acontece, a morte por nossa própria iniciativa é uma opção. Mishima, Venner, Montherland, Drieu, seguiram esse caminho. Evola cita a frase de Séneca: “Se não queres lutar, podes retirar-te. Com efeito, nada te impede de morrer.” É uma opção.
Apenas duas doutrinas aceitam o suicídio como moralmente admissível: o estoicismo e o Zen. Eu e Francis sentimo-nos sempre muito próximos de ambas as correntes. Se com a primeira só poderia haver um conhecimento literário e intelectual, com o Budismo Zen, é possível encontrar “mestres espirituais” que nos demonstram os rudimentos da prática.
Houve um tempo em que os nossos caminhos espirituais se afastaram, mas nunca a nossa amizade. Sempre considerei Francis Garcia como um irmão e agora sinto a mesma dor de quando se perde um irmão de sangue. Isto para além da nossa cumplicidade e das nossas análises políticas. Francis procurava “mestres espirituais” e “sistemas de iniciação”. Eu, no final dos anos 80, fiquei convencido de que essa busca era muito problemática: nada indicava que tal ainda existisse (pelo menos digno desse nome). A partir daí, comecei a imaginar a espiritualidade como uma parede em branco e o meio mais viável para aceder a ela seria a meditação Zen. Procurar sistemas complexos de iniciação poderia representar gastar muito tempo e esperanças excessivas susceptíveis de decepcionar. E o tempo não volta para trás. Quanto à “iniciação”, tinha conhecido sistemas iniciáticos quanto bastasse para duvidar de sua eficácia nos tempos actuais: era como se as portas de outros tempos permanecessem abertas e, permitindo o trânsito do mundo do contingente para a transcendência, se tivessem depois fechado. Tal é o drama da nossa época.
Tudo isso nada mais é do que aquilo que Evola nos disse: era necessário fazer a viagem até ao fim do niilismo, apurar o niilismo em todos os seus aspectos e actuar como o cavaleiro da gravura de Anton Dürer, “O cavaleiro, a morte e o Diabo”. O cavaleiro de Dürer, sem dúvida o melhor artista alemão, ainda que assediado e seguido pelo Diabo, parece dotado de uma serenidade impassível a toda a prova. Esta é a forma como devemos actuar ante a destruição omnipresente da modernidade. Não há remédios “tradicionais” acessíveis. As portas estavam já fechadas. Somos só nós diante do vazio. Sozinhos perante nós próprios. Sozinhos ante a ilusão de um mundo impermanente e em plena desintegração. Reconhecer isso implica colocarmo-nos perante o “ponto ómega” da nossa própria existência: e então abrem-se duas vias. A de aceitar a vida, tentar tirar proveito do que ela oferece. Ou considerar a inutilidade da viagem, pois sabemos com o que nos iremos deparar e retirarmo-nos, isto é, morrer. Francis escolheu a segunda opção.


As máscaras caem



Pierre Vial
Terre et Peuple Magazine n° 46
Inverno/2010

(…) Chegando a ter que lamentar ter tido razão e preferiríamos ter-nos equivocado. Infelizmente… Os factos aí estão. Quando publiquei no número 44 de Terre et Peuple “Grandes manobras judaicas de sedução à extrema-direita europeia”, não quis citar certos nomes, no benefício da dúvida. Hoje, já, não há dúvida.
De facto, uma delegação de representantes de movimentos “nacionalistas europeus” fazia visita de “peregrinação” a Israel nos princípios de Dezembro. Era constituída, entre outros, por Heinz-Christian Strache, presidente do FPÖ austríaco, Andreas Moelzer, eurodeputado do FPÖ, Filip Dewinter e Frank Creyelmans, do Vlaams Belang (sendo Creyelmans presidente da Comissão de Relações Externas do Parlamento flamengo), René Statkewitz e Patrick Brinkmann (do alemão Pro NRW). Recebida no Knesset, a delegação depositou uma coroa de flores no Muro das Lamentações (vejam as fotos de Strache e Moelzer com a kippah…), depois visitaram a fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, onde se encontraram com oficiais israelitas de alta-patente encarregados de explicarem a situação no terreno. Visitaram a cidade de Ashkelón, tiveram uma recepção pelo Presidente da Câmara de Sderot, entrevistas com o ministro Ayoob Kara, do Likud, com o rabino Nissim Zeev, deputado do movimento Shas (catalogado como de “extrema-direita”), ambos partidários do Grande Israel que implica a recusa da evacuação das colónias judaicas da Cisjordânia…
A razão oficial da presença de tal delegação era a participação num colóquio justificando a política israelita contra os palestinianos. Daí a “Declaracão de Israel” apresentada pelos visitantes europeus afirmando: “Derrotamos os sistemas totalitários como o Fascismo, o Nacional-Socialismo e o Comunismo. Agora, encontramo-nos perante una nova ameaça, a do fundamentalismo islâmico, e tomaremos parte na luta mundial dos defensores da democracia e dos direitos do homem.” Dewinter precisou: “Visto que Israel é o posto avançado do Oeste livre, devemos unir as nossas forças e lutar juntos contra o islamismo aqui e em nossa casa”. Em poucas palavras, a tramóia que já tinha denunciado anteriormente funcionou muito bem.
Esta gente, guiada pela preocupação de conseguir a qualquer preço uma carreira política, escolheu o que Marine Le Pen chama a “desdiabolização”. Dito de outra forma, pôr-se ao serviço de Telavive. Lamentável e, sem dúvida, inútil cálculo.
Nós temos uma linha clara: nem kippah, nem keffieh, nem kosher, nem hallal, nem Tsahal, nem Hamas. Não lutamos a não ser pelos nossos. Contra os invasores e os exploradores. Não, não morreremos por Telavive!

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