Disparando em dois sentidos (recados para dentro e para fora)
A sociedade está doente, diz-se a cada passo que o mal é visível, está em todo o lado: no trabalho; na família; nos governos; nas várias instituições; etc. Fazemos todos portanto parte desta doença, ou será que não?
A consciência do mal que não é verdadeiramente extirpado apenas torna mais culpado aqueles que o diagnosticaram e não fazem nada para se verem livres dele.
O mal em si não é mal, nem o bem é bom se estas duas polaridades não se manifestarem tomando forma em acções maléficas ou benéficas. Um mau pensamento de ódio ou raiva que se possa ter, sendo devidamente canalizado dentro da nossa consciência pode, e muitas vezes deve, ser um escape para não nos deixarmos levar pelas reacções que poderiam acarretar consequências graves ou indesejáveis. Acontece porem que este tipo de atitude de filtragem emocional só se dá se tivermos tido uma educação que de várias formas nos possibilite a chamada tomada de consciência e evite por conseguinte cair no erro.
Numa situação de conflito, quer seja, por motivos passionais, de trabalho, de ordem pública ou simples discussões familiares, é costume dizer-se que quem segura o barco é quem tem mais poder de encaixe! Na verdade, até nas Artes Marciais (de pleno contacto), acontece precisamente a mesma coisa, saindo muitas vezes vencedor não aquele que mais ataca mas aquele que melhor encaixa, o que melhor aguenta o sofrimento.
O ser humano não é bom nem mau, o ser humano é! Numa perspectiva mais pessimista do homem, que eu partilho, diria que o ser humano é essencialmente mau, e na verdade prefiro vê-lo assim do que ao contrário, pois iria passar uma vida de desilusões sempre a dizer – fui enganado! Também ao pensar desta forma eu consigo melhor controlar, tanto quanto possível, dependendo da situação e de suas condicionantes (as que geralmente servem sempre de desculpas), consigo, dizia eu, controlar as minhas emoções e consequente reacção ou acção. Portanto, partindo do principio que não acredito no homem tal como a modernidade mo apresenta, um macaco em constante evolução e portanto amanhã melhor que hoje (!), para mim o homem… é, simplesmente é!
Como as sociedades actuais perderam referências importantes, e as que restam estão a ser destruídas com o argumento de que estão a lutar contra essa coisa monstruosa que é o preconceito, o "bom ser humano" depois de se libertar dessa "anomalia" viverá melhor. Portanto, eles que destruam todas as "barreiras". Alguma delas terão o precipício logo aí. A nós só nos resta aguardar e dar o empurrãozinho respectivo. Esta é a minha "parte mazinha" a falar. A minha parte verdadeiramente má era empurra-los já, desde aqui até ao precipício. Mas deixemos, há gente que não cheira a própria merda e consequentemente, só dá conta quando nela se está afogar!
Queria neste contexto esclarecer uma "dúvida" ou posicionamento de um elemento próximo de nós quando me disse algo como: - Mas, se não experimentarmos, se não mudarmos, não podemos saber se vai ser melhor ou pior! – Este é o típico pensamento e perspectiva com que a modernidade nos educou: o estar "aberto"!
Acontece que para alem do homem, sempre desejoso de experimentar, existe a Natureza, verdadeiro mestre, que nos mostra aquilo que é natural mesmo com algumas excepções, que não são mais do que manifestações também próprias da Natureza. O que a Natureza nos diz é que quando as excepções querem ser regra (ou moda) o desastre é iminente. Concluindo, quando tiverem alguma duvida em relação a um determinado posicionamento, perguntem a vós próprios se toda a humanidade fizesse determinada coisa, se isso seria bom ou mau, ou seja, se a nossa existência estaria em perigo? E falo "só" na existência física sem qualquer pretensão filosófica ou religiosa.
Exemplo: se todos deixássemos de comer; se todos deixássemos de respirar, se todos nos suicidássemos, se todos andássemos constantemente drogados (andamos mais do que pensamos!), se as mulheres não tivessem filhos, etc. Isto são comportamentos marginais que mesmo que possam ser uma opção (!) não podem ser uma indução, preconizados como modelos a seguir.
Tanto o mal como o bem já existem em nós como gérmen, as diversas circunstâncias da vida é que fazem que um se manifeste com maior ou menor intensidade em detrimento do outro. As organizações humanas, logicamente por serem constituídas por homens e mulheres, reagem mais ou menos da mesma maneira. Também elas trazem consigo o gérmen do sucesso ou da sua própria destruição, mais do que factores externos são circunstâncias internas de carácter individual ou colectivo que corrompem essas organizações. A tentativa de marcar uma posição diferente no seio de uma determinada organização, com as regras bem explícitas e à partida aceites, põe em perigo o saudável funcionamento da mesma, fazendo surgir quase como espontaneamente uma oposição "radical" em sentido contrário. Esta é a tentativa "natural" de ajuste ou de reequilíbrio. Cabe à hierarquia eliminar o mal ou aceitá-lo, o que neste caso, aceitando-o, leva ao desastre final, ou transforma a organização numa outra coisa completamente diferente.
No que nos diz particularmente respeito, se não gostarmos do que estamos a fazer ou se alimentarmos qualquer espécie de vergonha no que fazemos, das duas uma: ou isto é mau ou não é suficientemente bom para nós. E até podemos acrescentar para melhor desculpar o germinar da latente negação, dizendo: – Como isto mudou, já não me revejo, e eu que até já perdi tanto para estar aqui...
A consciência do mal que não é verdadeiramente extirpado apenas torna mais culpado aqueles que o diagnosticaram e não fazem nada para se verem livres dele.
O mal em si não é mal, nem o bem é bom se estas duas polaridades não se manifestarem tomando forma em acções maléficas ou benéficas. Um mau pensamento de ódio ou raiva que se possa ter, sendo devidamente canalizado dentro da nossa consciência pode, e muitas vezes deve, ser um escape para não nos deixarmos levar pelas reacções que poderiam acarretar consequências graves ou indesejáveis. Acontece porem que este tipo de atitude de filtragem emocional só se dá se tivermos tido uma educação que de várias formas nos possibilite a chamada tomada de consciência e evite por conseguinte cair no erro.
Numa situação de conflito, quer seja, por motivos passionais, de trabalho, de ordem pública ou simples discussões familiares, é costume dizer-se que quem segura o barco é quem tem mais poder de encaixe! Na verdade, até nas Artes Marciais (de pleno contacto), acontece precisamente a mesma coisa, saindo muitas vezes vencedor não aquele que mais ataca mas aquele que melhor encaixa, o que melhor aguenta o sofrimento.
O ser humano não é bom nem mau, o ser humano é! Numa perspectiva mais pessimista do homem, que eu partilho, diria que o ser humano é essencialmente mau, e na verdade prefiro vê-lo assim do que ao contrário, pois iria passar uma vida de desilusões sempre a dizer – fui enganado! Também ao pensar desta forma eu consigo melhor controlar, tanto quanto possível, dependendo da situação e de suas condicionantes (as que geralmente servem sempre de desculpas), consigo, dizia eu, controlar as minhas emoções e consequente reacção ou acção. Portanto, partindo do principio que não acredito no homem tal como a modernidade mo apresenta, um macaco em constante evolução e portanto amanhã melhor que hoje (!), para mim o homem… é, simplesmente é!
Como as sociedades actuais perderam referências importantes, e as que restam estão a ser destruídas com o argumento de que estão a lutar contra essa coisa monstruosa que é o preconceito, o "bom ser humano" depois de se libertar dessa "anomalia" viverá melhor. Portanto, eles que destruam todas as "barreiras". Alguma delas terão o precipício logo aí. A nós só nos resta aguardar e dar o empurrãozinho respectivo. Esta é a minha "parte mazinha" a falar. A minha parte verdadeiramente má era empurra-los já, desde aqui até ao precipício. Mas deixemos, há gente que não cheira a própria merda e consequentemente, só dá conta quando nela se está afogar!
Queria neste contexto esclarecer uma "dúvida" ou posicionamento de um elemento próximo de nós quando me disse algo como: - Mas, se não experimentarmos, se não mudarmos, não podemos saber se vai ser melhor ou pior! – Este é o típico pensamento e perspectiva com que a modernidade nos educou: o estar "aberto"!
Acontece que para alem do homem, sempre desejoso de experimentar, existe a Natureza, verdadeiro mestre, que nos mostra aquilo que é natural mesmo com algumas excepções, que não são mais do que manifestações também próprias da Natureza. O que a Natureza nos diz é que quando as excepções querem ser regra (ou moda) o desastre é iminente. Concluindo, quando tiverem alguma duvida em relação a um determinado posicionamento, perguntem a vós próprios se toda a humanidade fizesse determinada coisa, se isso seria bom ou mau, ou seja, se a nossa existência estaria em perigo? E falo "só" na existência física sem qualquer pretensão filosófica ou religiosa.
Exemplo: se todos deixássemos de comer; se todos deixássemos de respirar, se todos nos suicidássemos, se todos andássemos constantemente drogados (andamos mais do que pensamos!), se as mulheres não tivessem filhos, etc. Isto são comportamentos marginais que mesmo que possam ser uma opção (!) não podem ser uma indução, preconizados como modelos a seguir.
Tanto o mal como o bem já existem em nós como gérmen, as diversas circunstâncias da vida é que fazem que um se manifeste com maior ou menor intensidade em detrimento do outro. As organizações humanas, logicamente por serem constituídas por homens e mulheres, reagem mais ou menos da mesma maneira. Também elas trazem consigo o gérmen do sucesso ou da sua própria destruição, mais do que factores externos são circunstâncias internas de carácter individual ou colectivo que corrompem essas organizações. A tentativa de marcar uma posição diferente no seio de uma determinada organização, com as regras bem explícitas e à partida aceites, põe em perigo o saudável funcionamento da mesma, fazendo surgir quase como espontaneamente uma oposição "radical" em sentido contrário. Esta é a tentativa "natural" de ajuste ou de reequilíbrio. Cabe à hierarquia eliminar o mal ou aceitá-lo, o que neste caso, aceitando-o, leva ao desastre final, ou transforma a organização numa outra coisa completamente diferente.
No que nos diz particularmente respeito, se não gostarmos do que estamos a fazer ou se alimentarmos qualquer espécie de vergonha no que fazemos, das duas uma: ou isto é mau ou não é suficientemente bom para nós. E até podemos acrescentar para melhor desculpar o germinar da latente negação, dizendo: – Como isto mudou, já não me revejo, e eu que até já perdi tanto para estar aqui...
Estava a ver que isto tinha parado mas pelos vistos voltou em força. Quem tiver cabeça que enfie o barrete.
Excelente texto.
Valho-nos as nossas AM que nos vão dando o equilíbrio.
Algumas cabeças nem para criar piolhos servem!
dhaah!
O deus Thoth congratula-se com os homens, que sendo mortais, sabem honrar os deuses com as suas acções cada vez mais justas, e cada vez mais próximas da Ideia...
Continuo atento aos passos que cada bom homem dá!
Cumprimentos divinos
Há coisas que nem têm que ser comentadas!
PARABENS