Ainda sobre Codreanu
Já Codreanu, nascido em 1899 (mais velho que José António apenas 4 anos), parece ter tomado consciência da necessidade do combate político mais cedo, talvez por influência familiar (seu pai, Ion Zelea Codreanu, era um destacado militante nacionalista). Em 1916, quando a Roménia entrou na I Guerra Mundial, o jovem Codreanu, apesar de não ter idade suficiente, tentou alistar-se. Não o podendo fazer, fugiu de casa para se juntar a seu pai na frente de combate.
Em 1919 muda-se para Iasi, para prosseguir os seus estudos universitários de direito. É aí que conhece o professor Cuza, destacado intelectual nacionalista, com o qual viria a fundar mais tarde, em 1923, a Liga de Defesa Nacional Cristã. É também aqui que, pela primeira vez, toma contacto directo com a subversão judeo-bolchevique. No final desse ano de 1919 junta-se à Guarda da Consciência Nacional, uma efémera organização nacionalista dirigida pelo operário Constantin Pancu. É no seio deste grupo que nasce a ideia de um “socialismo nacional cristão”. Segundo Codreanu: “Não basta derrotar o comunismo. Temos de combater pelos direitos dos trabalhadores. Eles têm direito ao pão e à honra. Temos de lutar contra os partidos oligárquicos, criando organizações nacionais de trabalhadores que possam obter os seus direitos no seio do Estado e não contra o Estado”.
Codreanu descreve-nos assim o início da sua actividade política: “Não sou capaz de definir como entrei na luta. Provavelmente como um homem que, caminhando pela rua, com as suas preocupações, as suas necessidades e os seus pensamentos, sendo surpreendido pelo fogo que consome uma casa, tira o seu casaco e corre a ajudar as vítimas das chamas. Com o senso comum de um jovem de vinte e poucos anos, a única coisa que podia compreender em tudo o que via à minha volta, era que estávamos a perder a Pátria, que não teríamos mais uma Pátria, que, com o apoio inconsciente dos miseráveis, os empobrecidos e explorados trabalhadores romenos, a horda judaica nos varreria. Comecei com um impulso do meu coração, com esse instinto de defesa que até o mais baixo verme possui, não com o instinto de auto-preservação, mas de defesa da raça à qual pertenço.”
Em 1922 participa na fundação da Associação de Estudantes Cristãos. Nesse mesmo ano muda-se para a Alemanha, para prosseguir os seus estudos, inscrevendo-se na Universidade de Berlim. É aqui que ouve falar pela primeira vez de Adolf Hitler e do nacional-socialismo. No entanto, no final desse ano, a 10 de Dezembro, os estudantes romenos entram em greve, exigindo melhores condições de vida, mas também a imposição do numerus clausus, visando limitar a presença judaica nas universidades; Codreanu apressa-se a regressar ao seu país para participar no movimento. Durante esta greve Codreanu convence-se que a altura é propícia à criação de um movimento de base mais ampla, e não apenas estudantil, o que o leva a fundar, em 1923, juntamente com o professor Cuza a Liga de Defesa Nacional Cristã.
Infelizmente a Liga parece estagnar e perder-se em disputas internas. Quando em 1927 Codreanu regressa de Grenoble, onde prosseguiu os seus estudos, decide começar de novo, fundando, a 24 de Junho de 1927, juntamente com alguns camaradas enrijecidos pelas inúmeras passagens que já todos tinham pelas cadeias romenas, a Legião de São Miguel Arcanjo. Nasce assim o Movimento Legionário, que mais tarde seria também conhecido pelo nome de Guarda de Ferro.
A década seguinte será marcada por sucessos eleitorais e por um clima de extrema violência política e arbitrariedade de parte a parte. A cada golpe infligido pelo regime político romeno, a cada arbitrariedade e violência, a Legião não hesita em responder na mesma moeda; os assassinatos e atentados sucedem-se. Tornar-se-ia fastidioso enumerar aqui todos os episódios de violência que ocorreram neste período… De qualquer maneira, aquilo que verdadeiramente nos interessa é a doutrina legionária, e não tanto as vicissitudes do seu combate.
Codreanu deixou alguns livros em que expõe a sua doutrina. De entre eles destacaremos os livros “Guarda de Ferro” e “Manual do Chefe”. O primeiro consiste numa autobiografia e história do Movimento Legionário, expondo simultaneamente a doutrina legionária. O segundo é, como o nome indica, um manual para todos os chefes de “cuib” (literalmente, ninho; o “cuib” era a célula base do Movimento Legionário); por entre indicações meramente práticas, como o tamanho dos estandartes ou as informações a incluir num relatório, encontramos também a exposição dos princípios legionários. E que princípios são esses? O melhor é deixarmos o próprio Codreanu falar: “O homem compõe-se de um organismo, ou seja, de uma forma organizada, depois de forças vitais, depois de uma alma. Podemos dizer o mesmo de um povo. E a construção nacional de um Estado, se bem que abranja naturalmente estes três elementos, por razões de vária ordem e diferentes heranças, pode sobretudo assumir especialmente um ou outro destes aspectos. (…) Daí vem o carácter dos diferentes movimentos nacionais, que, ao fim e ao cabo, compreendem os três elementos e não deixam nenhum de lado. O carácter específico do nosso movimento vem-nos de uma antiga herança. Já Heródoto chamava aos nossos pais “os Dácios Imortais”. Os nossos ancestrais geto-trácios tinham fé, inclusivamente antes do cristianismo, na imortalidade e indestrutibilidade da alma, o que prova a sua orientação em direcção à espiritualidade. A colonização romana acrescentou a este elemento o espírito romano de organização e de forma. (…) E é esta herança que o movimento legionário quer despertar (…) Partindo do espírito, quer criar um homem espiritualmente novo. Realizando esta tarefa enquanto “movimento”, aguarda-nos o despertar da segunda herança ou seja, a força romana politicamente formadora. Assim, o espírito e a religião são, para nós, o ponto de partida, o “nacionalismo construtivo” é o ponto de chegada, uma simples consequência. A ética simultaneamente ascética e heróica da Guarda de Ferro consiste em reunir um e outro ponto”.
Aqui está, resumida pelo próprio Codreanu, a doutrina legionária. Deixemo-lo falar mais uma vez, apenas para reforçar a ideia central do seu movimento: “Este país morre por falta de homens, não por falta de programas… Por outras palavras, o que precisamos não são programas, mas homens, homens novos.”
Codreanu descreve-nos assim o início da sua actividade política: “Não sou capaz de definir como entrei na luta. Provavelmente como um homem que, caminhando pela rua, com as suas preocupações, as suas necessidades e os seus pensamentos, sendo surpreendido pelo fogo que consome uma casa, tira o seu casaco e corre a ajudar as vítimas das chamas. Com o senso comum de um jovem de vinte e poucos anos, a única coisa que podia compreender em tudo o que via à minha volta, era que estávamos a perder a Pátria, que não teríamos mais uma Pátria, que, com o apoio inconsciente dos miseráveis, os empobrecidos e explorados trabalhadores romenos, a horda judaica nos varreria. Comecei com um impulso do meu coração, com esse instinto de defesa que até o mais baixo verme possui, não com o instinto de auto-preservação, mas de defesa da raça à qual pertenço.”
Em 1922 participa na fundação da Associação de Estudantes Cristãos. Nesse mesmo ano muda-se para a Alemanha, para prosseguir os seus estudos, inscrevendo-se na Universidade de Berlim. É aqui que ouve falar pela primeira vez de Adolf Hitler e do nacional-socialismo. No entanto, no final desse ano, a 10 de Dezembro, os estudantes romenos entram em greve, exigindo melhores condições de vida, mas também a imposição do numerus clausus, visando limitar a presença judaica nas universidades; Codreanu apressa-se a regressar ao seu país para participar no movimento. Durante esta greve Codreanu convence-se que a altura é propícia à criação de um movimento de base mais ampla, e não apenas estudantil, o que o leva a fundar, em 1923, juntamente com o professor Cuza a Liga de Defesa Nacional Cristã.
Infelizmente a Liga parece estagnar e perder-se em disputas internas. Quando em 1927 Codreanu regressa de Grenoble, onde prosseguiu os seus estudos, decide começar de novo, fundando, a 24 de Junho de 1927, juntamente com alguns camaradas enrijecidos pelas inúmeras passagens que já todos tinham pelas cadeias romenas, a Legião de São Miguel Arcanjo. Nasce assim o Movimento Legionário, que mais tarde seria também conhecido pelo nome de Guarda de Ferro.
A década seguinte será marcada por sucessos eleitorais e por um clima de extrema violência política e arbitrariedade de parte a parte. A cada golpe infligido pelo regime político romeno, a cada arbitrariedade e violência, a Legião não hesita em responder na mesma moeda; os assassinatos e atentados sucedem-se. Tornar-se-ia fastidioso enumerar aqui todos os episódios de violência que ocorreram neste período… De qualquer maneira, aquilo que verdadeiramente nos interessa é a doutrina legionária, e não tanto as vicissitudes do seu combate.
Codreanu deixou alguns livros em que expõe a sua doutrina. De entre eles destacaremos os livros “Guarda de Ferro” e “Manual do Chefe”. O primeiro consiste numa autobiografia e história do Movimento Legionário, expondo simultaneamente a doutrina legionária. O segundo é, como o nome indica, um manual para todos os chefes de “cuib” (literalmente, ninho; o “cuib” era a célula base do Movimento Legionário); por entre indicações meramente práticas, como o tamanho dos estandartes ou as informações a incluir num relatório, encontramos também a exposição dos princípios legionários. E que princípios são esses? O melhor é deixarmos o próprio Codreanu falar: “O homem compõe-se de um organismo, ou seja, de uma forma organizada, depois de forças vitais, depois de uma alma. Podemos dizer o mesmo de um povo. E a construção nacional de um Estado, se bem que abranja naturalmente estes três elementos, por razões de vária ordem e diferentes heranças, pode sobretudo assumir especialmente um ou outro destes aspectos. (…) Daí vem o carácter dos diferentes movimentos nacionais, que, ao fim e ao cabo, compreendem os três elementos e não deixam nenhum de lado. O carácter específico do nosso movimento vem-nos de uma antiga herança. Já Heródoto chamava aos nossos pais “os Dácios Imortais”. Os nossos ancestrais geto-trácios tinham fé, inclusivamente antes do cristianismo, na imortalidade e indestrutibilidade da alma, o que prova a sua orientação em direcção à espiritualidade. A colonização romana acrescentou a este elemento o espírito romano de organização e de forma. (…) E é esta herança que o movimento legionário quer despertar (…) Partindo do espírito, quer criar um homem espiritualmente novo. Realizando esta tarefa enquanto “movimento”, aguarda-nos o despertar da segunda herança ou seja, a força romana politicamente formadora. Assim, o espírito e a religião são, para nós, o ponto de partida, o “nacionalismo construtivo” é o ponto de chegada, uma simples consequência. A ética simultaneamente ascética e heróica da Guarda de Ferro consiste em reunir um e outro ponto”.
Aqui está, resumida pelo próprio Codreanu, a doutrina legionária. Deixemo-lo falar mais uma vez, apenas para reforçar a ideia central do seu movimento: “Este país morre por falta de homens, não por falta de programas… Por outras palavras, o que precisamos não são programas, mas homens, homens novos.”
As duras privações da prisão leva o Chefe da Legião do Arcanjo Miguel a aprofundar no seu interior o alcance de uma luta que não pode ser meramente político. Nas meditações destes dias da prisão começam a tomar forma em sua alma os traços do místico e do santo, que conduzirá os seus ao combate sob a custódia celeste do Arcanjo São Miguel
"Jamais tinha sido atraído pela beleza de uma imagem, porém me sentia ligado à esta com toda alma e tinha a impressão de que o Arcanjo estava vivo. Desde então comecei a amar a imagem. Cada vez que encontrávamos a Igreja aberta, entrávamos e nos ajoelhávamos diante dela, e a alma se nos enchia de calma e alegria"
Corneliu Zelea Codreanu