Charlie Hebdo e liberdade de expressão



Após o recente massacre na capital francesa, mais de 50 líderes mundiais participaram numa marcha com o intuito de apoiar incondicionalmente a liberdade de expressão e denunciar o “extremismo” que põe em causa essa mesma liberdade.
Embora seja natural a condenação de actos terroristas, não devemos permitir que estes eventos sejam usados para promover outros interesses.
A verdade é que há já várias décadas que a liberdade de expressão tem sido atacada na Europa, ataque este que nada tem a ver com o Islamismo. É importante salientar que muitos dos chefes de Estado e ministros presentes na marcha representam países – incluindo a própria França – que criminalizam a expressão de certas opiniões, categorizando-as como “discurso de ódio”, sendo estes crimes puníveis em muitos casos com vários anos de prisão. Naturalmente, os crimes de “discurso de ódio” são aplicados de forma selectiva, apenas protegendo determinados grupos ou eventos.
Assim sendo, nas últimas décadas, milhares de europeus (principalmente alemães) foram condenados por delito de opinião. Seguem-se alguns dos casos mais conhecidos:
Vincent Reynouard, engenheiro químico francês, é autor de livros e folhetos que disputam a versão oficial da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto. Em 1992, foi condenado a 1 mês de prisão por “contestar a existência de um ou vários crimes contra a humanidade”. Em 2007, após ter distribuído o livreto “Holocausto? O que vos estão a esconder…”, foi condenado a 1 ano de prisão, ao pagamento de uma multa de 10.000 € e ainda ao pagamento de uma indemnização de 3.000 € à organização “anti-racista” LICRA. Após ter recorrido da decisão do tribunal, foi condenado a pagar um total de 60.000 €. Estas sentenças baseiam-se na lei Fabius-Gayssot, de 1990, que pune quem disputa a “existência de crimes contra a humanidade” (basicamente aplicada apenas no caso do Holocausto) com pena de prisão de 1 mês a 1 ano e multa até 45.000 €. Em Junho de 2008, um tribunal de Bruxelas (Vincent Reynouard tinha, entretanto, fugido com a sua família para a Bélgica) condena-o a 1 ano de prisão e 25.000 € de multa por “questionar crimes contra a humanidade”.
Jürgen Graf, professor e tradutor suíço, publicou vários livros revisionistas do Holocausto. Em 1998 foi condenado a 15 meses de prisão por questionar a existência de câmaras de gás em campos de concentração e por contestar o número de judeus mortos segundo a versão convencional do Holocausto. O seu editor, Gerhard Förster, foi condenado a 12 meses. Graf encontra-se exilado na Rússia desde o ano 2000.
Wolfgang Fröhlich, engenheiro austríaco, foi perito no processo judicial contra Jürgen Graf, em 1998. O seu parecer indicou a impossibilidade física do homicídio de seis milhões de pessoas através da utilização do gás Zyklon B. Face à conclusão indesejada do parecer, Dominik Aufdenblatten, Procurador da República, ameaçou incriminar o perito. Wolfgang Fröhlich, por sua vez, apresentou uma denúncia por coacção e tentativa de indução a falso testemunho, denúncia essa que foi rejeitada. Em 2003, foi detido em Viena, tendo sido posteriormente condenado a 3 anos de prisão (sentença baseada no chamado “Verbotsgesetz”, lei austríaca criada em maio de 1945 que proíbe o nacional-socialismo e suas manifestações). Em 2005, após cumprir 23 meses de prisão, envia CD’s a repartições públicas contestando a falta de liberdade de expressão na Alemanha e Áustria, sendo, consequentemente, condenado a mais 4 anos de prisão por reincidência. Em 2008, foi novamente condenado a 6 anos e 4 meses de detenção por continuar a contestar a narrativa oficial do Holocausto.
Pedro Varela é um livreiro, escritor e historiador revisionista. Tornou-se conhecido por vender, através da sua livraria (Librería Europa), literatura nacional-socialista, revisionista do Holocausto e “anti-semita”, como “Mein Kampf” de Adolf Hitler e “Os Protocolos dos Sábios de Sião”. Em 1998, devido às suas publicações, foi condenado em Espanha a 7 meses de prisão por supostamente fazer “apologia ao genocídio” e “incitação ao ódio racial”. Teve ainda que pagar uma multa avultada e foi ordenada a destruição de 20.900 livros da sua livraria. Em 2006 foi novamente detido por ter publicado livros “politicamente incorrectos” através da sua editora Ediciones Ojeda. Em 2010, foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão por “distribuir propaganda racista”. Foi libertado em Fevereiro de 2012, após 15 meses de detenção.
Axel Möller, alemão, foi condenado, em 2011, a 30 meses de prisão devido a artigos escritos para a agência noticiosa alternativa Altermedia. Em Março de 2013 foi condenado a mais 1 ano de prisão. Estas sentenças basearam-se em supostas “incitações ao ódio”, “declarações anti-semitas” e “difamação da memória de falecidos”.
Dieudonné M'bala M'bala, comediante francês de origem camaronesa, foi acusado de “incitação ao ódio racial” e condenado, em 2007, ao pagamento de 5.000 € por ter comparado os judeus a negreiros. Desde essa data foi condenado em várias outras ocasiões ao pagamento de avultadas multas (por exemplo: 7.000 € em 2008, 10.000 € em 2009, 15.000 € em 2010, 28.000 € em 2012), sempre por delitos de opinião relacionados com críticas dirigidas ao Estado de Israel ou à versão oficial do Holocausto. Mais recentemente (2014) viu numerosos espectáculos serem proibidos pelo governo francês.
Graças à Internet, a causa do revisionismo histórico tem conhecido nos últimos anos um rápido desenvolvimento. Tudo indica que o recente episódio em Paris irá ser usado para justificar maior controlo sobre a população, nomeadamente no que diz respeito à censura da informação divulgada pelos revisionistas.

Contradições “democráticas”



Por Walter Romero


Si haces caricaturas riéndote de Mahoma, está todo bien. Eso es “libertad de prensa”. Si haces caricaturas riéndote del Holocausto, eso está mal. Vas preso por “apología del nazismo”.
Una revista anarquista es atacada y el mundo “democrático” se rasga las vestiduras. Cuando la Librería Europa de Pedro Varela fue incendiada por anarquistas… “mutis por el foro”
Si Francia bombardea partes de Africa con el argumento de matar “terroristas musulmanes” y al final esos bombardeos terminan matando decenas de personas inocentes entre ellos niños, mujeres y ancianos, eso está bien. Es para defender “la democracia”. Si algunos musulmanes le dan “el vuelto” a Francia fusilando 12 cartunistas marxistas ateos, arde Troya.
Si EEUU y una coalición de países occidentales bombardea Bagdad por haber invadido Kuwait, esta todo bien. Es lógica pura. Si Israel invade la Franja de Gaza masacrando miles de inocentes, no pasa nada. Los EEUU y los países aliados a los yanquis no se dan por enterados…
Si un soldado serbio mata un soldado de otro país, se lo envía urgentemente a La Haya para que sea juzgado por “crímenes contra la humanidad”. Si los soldados estadounidenses violan, humillan y matan presos musulmanes en Irak, Afganistán u otros países árabes, los gobiernos
occidentales no dicen “ni mu” y EEUU prohibe que sus soldados sean juzgados por crímenes contra la humanidad. Claro, un estadounidense es un ser humano de primera. El resto es de tercera… o de cuarta categoría.
Si los alemanes meten a miles de judío en el Ghetto de Varsovia… Genocidio !!! Holocausto !!! Si los israelíes mantienen a casi dos millones de palestinos en el mayor campo de concentración de la historia (Gaza), los gobiernos occidentales… silencio de negra.
Si Irán tiene presos políticos, los grupos de “derechos humanos” ponen el grito en el cielo. Si EEUU o Israel mantienen presos en Guantánamo o en Tel Aviv sin derecho a abogado o a un juicio justo, no pasa nada. Total… son solamente musulmanes… No nos olvidemos que “los buenos” tienen derechos mientras que “los malos” no tienen derecho a nada.
Al presidente francés le parece un acto de barbarie absoluta el ataque de musulmanes contra el semanario anarquista. Pero no le parece lo mismo cuando el propio gobierno francés financia con dinero y armas a los musulmanes extremistas de la oposición siria que matan soldados, también musulmanes, del régimen de Assad. Contradicciones… contradicciones…
Resumiendo: cuando “los malos” se pasan de la raya… a la horca con ellos. Pero cuando “los buenos” violan, asesinan, invaden países, bombardean, humillan, etc., etc., etc., los gobiernos occidentales no dicen nada. Silencio hospital.
La lista es larga. Ustedes ya la conocen. Pero para muestra basta un botón. Bueno, aqui les enumeré “varios botones”.
Para pensar.

Atentado em França: a profecia de Assad

Brevemente veremos os países ocidentais que apoiam o terrorismo pagar um preço muito elevado.
Bashar Al Assad, 16 de Julho de 2014

Ensaio de ano novo, vida nova

28/12/14

“…só tem Pátria quem sabe morrer,
só tem Pátria quem sabe lutar”.
Última estrofe da marcha dos Fuzileiros.

Andámos a filosofar sobre o “sentido da vida”.
Mas enquanto “peregrinamos” sobre o Planeta Terra confrontamo-nos com a realidade do dia-a-dia.
Independentemente das convicções religiosas, ideologias, afectos, etc., devemos preocupar-nos em tornar a nossa existência melhor.
Melhor quer dizer Justa e harmoniosa do ponto de vista material, moral e espiritual.
Os homens apareceram na Terra há cerca de dois milhões de anos – segundo os últimos estudos – não se fazendo ideia do como nem do porquê, multiplicaram-se e evoluíram sem um nexo que se entenda.
Ao princípio eram muito poucos, começam por juntar-se em famílias; estas em grupos (clãs), depois em tribos.
Lutaram entre si, amalgamaram-se, sedentarizaram-se. Aumentaram, diferenciaram-se, criaram-se novas realidades sociais e políticas; outras desapareceram.
Surgiram cidades-estado, impérios, reinos, repúblicas.
A Geografia arrumou e confinou povos, que criaram identidade própria, por processos vários.
Nascem as Nações, desenvolve-se o Estado, e vice-versa.
Portugal nasceu no meio deste turbilhão histórico, no princípio do século XII, país onde a Nação precedeu largamente o Estado e onde este foi apenas corolário dos elementos coesos constitutivos daquela: unidade de objectivos políticos; uma só cultura; uma só língua e uma única religião. Tudo resultou numa unidade geopolítica coesa.
Em súmula um Estado-Nação quase perfeito (não há nada perfeito), seguramente um dos mais perfeitos e arrumados que há no mundo, e que resiste mesmo depois do poder político ter residido em Madrid durante 60 anos, e de ter passado por três enormes “desarrumações” que lhe feriram gravemente a sua matriz inicial: a ocorrida no reinado do “Piedoso”; as sequelas do Liberalismo e do 25 de Abril.
A evolução do mundo não pára e enquanto muda a maior parte dos países – cujo número cresceu desmesuradamente no último século, de poucas dezenas para duas centenas – ainda procura conseguir ter um Estado que represente uma Nação, os países mais antigos e desenvolvidos estão a autodestruir-se, através de associações regionais de tendência federativa; de regionalismos de deriva separatista, do fim das Pátrias, pela desagregação do sentimento de pertença, do conceito de família; da transversalidade das ideologias; dos fluxos migratórios descontrolados e em massa e do desenvolvimento do conceito de “cidadão do mundo”.
Finalmente pela Globalização económica e financeira, que irá destruir o tecido empresarial nacional em favor das multinacionais de negócio e “trusts” bolsistas mundiais.
Em termos de organização política os Estados vão ter tendência a desaparecer, pois não servem para nada, já que não dominam qualquer das alavancas fundamentais do Poder: a emissão de moeda e a capacidade de levantar tropas; não controlam as fronteiras, o movimento das pessoas e mercadorias.
Apenas lhes é permitido, por enquanto, cobrarem impostos. Até lhes arranjarem substituto…
Sabe-se quem puxa os cordelinhos disto tudo, mas é quase tabu falar-se nisso.
Ou seja, caminhamos para que cada indivíduo apenas valha por si só (tem-se instigado, aliás, um individualismo narcísico) – pois não se anda a vender a ideia que cada um pode ser Deus de si mesmo? E que seja um consumidor passivo do que lhe quiserem dar, segundo fórmula ainda a estabelecer, e que não esteja restrito/veiculado a nenhuma família, religião, tribo, nação ou ideologia.
De onde deriva – pensarão, eventualmente – que não havendo família, religião, nação e ideologia, não haverá razão para haver guerras. Esqueceram-se do dinheiro…
Ou seja, daqui resultaria uma “Nova Ordem Mundial” (como de resto está escrito nas notas de dólar) verdadeiramente “revolucionária”.
Como se consegue isto, que se arrasta há bastantes décadas?
Parece-me que através da ajuda da informática (como instrumento fundamental); com o controlo do que cada um faz através de um “chip” que se introduz no organismo (não deve faltar muito); controlo da mente – propaganda em catadupas; dilúvio de notícias; imbecilização da sociedade; eliminação do transcendente; relativismo moral; condicionamento social que dificulte a capacidade de pensar/reagir; controlo da natalidade – pílula e derivados; aborto; vacinações selectivas; manipulação genética, etc.); a existência de uma força de policiamento internacional (há muito exercida pelas FA dos EUA e agora a ser extrapolada para a NATO, a EUROGENDARFORCE, Guarda Costeira em gestação, etc.) e, sobretudo, através da manipulação do dinheiro.
Ou seja a concentração do dinheiro nas mãos de cada vez menos pessoas ou organizações (as mesmas que começaram a surgir há cerca de 250 anos) e a sua distribuição (crédito) segundo as conveniências, o que permite manter em regime de “escravidão” cada vez mais populações e países.
No limite o dinheiro pode até desaparecer, passando a virtual – grande parte dele já o é, aliás.
Passaríamos a ter – ó ironia das ironias – uma sociedade comunista aparentemente perfeita, criada pelos expoentes do Capitalismo!
Como, afinal os extremos se tocam…
Ou será que a “mente” que pensa (e tudo vê) é só uma?
Será um mundo destes que nós queremos? É que estamos a caminhar para ele a passos de gigante!
Se os leitores chegaram a este ponto do escrito poderão pensar se estarão a entrar no mundo da ficção científica, ou a ser confrontados com um caso clinico de demência.
Pensem o que quiserem, apenas peço que pensem alguma coisa, o que já não seria mau.
*****
Para os que optaram pelo caso clínico, vou acrescentar mais uns elementos fundamentais de insanidade.
Se continuarmos por esta via a Humanidade fundir-se-á – num futuro sem pressas – numa só, através da mistura indiscriminada de todas as raças e culturas. E, até, de todas as religiões, para o que até – teoricamente – já se encontrou um substituto para todas: aquele que tem como vértice o “Supremo Arquitecto do Universo”. Seja lá isso o que for.
Escapariam, eventualmente, a esta “amálgama”, aqueles que, por primazia da linha materna de descendência, pudessem manter a sua identidade…
Não devo ir mais além nisto.
Existem porém, ainda, forças poderosas que resistem, ou são entraves, a tudo isto, a saber:
- O mundo muçulmano, completamente dividido em termos de fronteiras “coloniais”, entre ricos e pobres e, sobretudo, entre facções religiosas que se antagonizam à lei da bala; no meio um conflito aparentemente insolúvel, Israel/palestiniano e um problema longe de estar resolvido entre o que pertence a César e o que pertence a Deus.
Daí o constante apelo à união dos crentes (UMA) e à sua reunião num Califado, para o que se procura constantemente um novo Saladino;
- Os povos eslavos debaixo da tutela do antigo Ducado da Moscóvia intentam afirmar-se ciclicamente e libertar-se de jugos alheios, o que lhes desenvolveu durante séculos um complexo de cerco de que não se libertam. As condicionantes geopolíticas não ajudam e a economia não descola, dependente que está da tecnologia alheia e de insuficiência alimentar crónica. Vivem do que tiram do subsolo e da capacidade de sofrimento de um povo estóico e infeliz, que uma demografia negativa está a colocar em perigo e que o ressurgimento da Igreja Ortodoxa vai aguentando;
- Temos, finalmente, a China, com uma civilização milenar, que só um poder central forte consegue manter unida, na sua multitude de raças e culturas e na tendência cromossomática para o vício do jogo e da corrupção. Tem desenvolvido uma estratégia planetária e tende a exportar de tudo e a tomar conta de tudo. Espalham-se pelo mundo como uma mancha de óleo. Podem vir a ser vítimas das suas contradições políticas internas, do crescimento descontrolado, da poluição gigantesca que criam e da sua falta de jeito para se integrarem ou lidarem com outros povos.
Estão-se a constituir como o principal futuro adversário/inimigo dos EUA encontrando-se, para já, prisioneiros um do outro por causa da desmesurada quantidade de dólares e de dívida que os chineses adquiriram aos americanos.
Este equilíbrio que ninguém sabe como vai evoluir, pode romper-se de vez caso os chineses intentem criar uma moeda (baseada num padrão quantificável qualquer), que possa concorrer com o dólar (e também com o euro).
Se tal acontecer a possibilidade de uma confrontação militar gigantesca não é de excluir. Para tal eventualidade as forças militares dos EUA já se encontram a tomar posições que rodeiam a China por todos os lados.
*****
Em todo este contexto a África não conta para nada; o Japão está debaixo da pata estado-unidense desde o tratado de paz que assinaram, em 1945, além de que se encontram em recessão económica que já dura há três décadas, que tem sido gerida internamente.
A Oceânia mantem-se algo isolada (a Geografia protege-a) e é uma ilha de prosperidade, que constitui uma reserva a ser usada quando os interesses anglo-americanos ficam em perigo.
A América Central e Sul continuam a ser o quintal das traseiras dos EUA, apesar das “arruaças” que uns quantos governos mais à “esquerda” lhes vão fazendo amiúde, e onde apenas o Brasil tem capacidade para resistir e fazer frente, embora não pareça nada que tenha vontade suficiente. O “clima” não ajuda e uma classe política do outro mundo, ainda ajuda menos.
Uma palavra para o “eixo“ EUA/Canadá/ Europa.
Acontece que os povos destes países foram sucessivamente deixados de ser governados pelos respectivos governos, passando o Poder para organizações políticas, económicas e financeiras, que tudo manobram fora dos Parlamentos em que as sociedades dos respectivos países pensam estar representadas.
E resta ver o que vai resultar do Tratado de Parceria Comercial e de Investimento em fase de negociação, assaz discreta, entre os EUA e a UE. Esta já estava amarrada àquele, em termos de Segurança, por via da NATO; agora vai ficar dependente económica e financeiramente. O que faltará?
Enlearam tudo isto debaixo do manto diáfano da “Democracia”, logo não passível de qualquer crítica – apesar de esta ser um dos esteios da Democracia…
Resta a Igreja Católica, sem dúvida a Instituição mais atacada em todo o mundo, desde a Revolução Francesa, ataque que hoje só tem paralelo naquele que é feito na Europa Ocidental (e só nesta) contra a Instituição Militar.
A Santa Sé não tem, neste momento, nenhum Estado que a proteja, podendo apenas contar com a protecção Divina – que, em tese, tudo pode – e com a oração dos fiéis, embora cada vez menos com o seu dinheiro, ao contrário do que se passa com o Islão e os seguidores da “Lei Mosaica”, onde o “vil metal” abunda.
Como o mundo gira muito depressa, o actual Papa parece querer acompanhar esse movimento.
Ora é necessário ter muito cuidado com isto: por um lado o mundo anda depressa demais, há que o desacelerar; por outro a Igreja não pode andar depressa, nem tem que o fazer, pois os seus Princípios e Doutrina estão estabelecidos há muito.
O que há a fazer é adequar em cada momento a maneira de os difundir e defender – isto é, de evangelizar (o que implica dar o exemplo) – não de os relativizar.
Se entrar por esse caminho, rapidamente rebentarão cismas por todo o lado, por mais que a generalidade dos OCS “bem pensantes” possa engalanar em arco com medidas tidas por “progressistas”.
Para bom entendedor…
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Em síntese a actual Globalização, materialista e massificadora, com o desaparecimento de (algumas) fronteiras, onde impera o “Deus Mamon”, nivelada através do conceito mentiroso/jacobino de que somos todos iguais – quando todos somos diferentes, tanto individualmente como em termos de Nações/Tribos – encontra no culto do individualismo feroz a sua aparente antítese, mas que se tocam nos seus efeitos, ou seja a incapacidade de resistência, que desaguará na indigência da escravatura.
A qual será sempre apresentada com as mais finas e douradas cores…
A necessidade de mudar tudo isto é premente, mas homérica!
Teríamos que passar novamente o Poder Político para o âmbito dos Estados Nacionais; substituir a federação/integração destes a ser tentada pela UE (e não só), pela cooperação entre todos; passar a resolução dos conflitos e do Direito Internacional para uma nova ONU, com regras que funcionem – a actual é apenas uma perda de tempo e dinheiro, pois nunca resolveu nada (numerosas organizações foram surgindo para o fazer, de que são exemplo o “telefone vermelho”, o Grupo Bidelberg, a Comissão Trilateral, o G-7, o G-20, a OMC, a NATO, etc.).
Falando em ONU, talvez não fosse má ideia colocar a tal nova ONU em Jerusalém, a qual poderia ser transformada numa cidade-estado como Singapura, onde o governo seria rotativo entre representantes das três comunidades das três principais religiões para quem o local é sagrado. Podia ser uma maneira de passar a haver um mínimo de Paz na região (e não só), já que não existe nenhuma solução que seja boa…
Seguidamente é necessário reformular todo o sistema financeiro, para o que é vital nacionalizar todos os bancos centrais, já que quase todos são dominados por capital privado, sendo o exemplo mais flagrante o Federal Reserve (the FED), sito em Washington – uma cidade construída de raiz com arquitectura e simbologia maçónica – que é dominado por meia dúzia de famílias, cujos nomes nunca aparecem, criado após um verdadeiro golpe de estado, ocorrido no Congresso, em 23/12/1913.
Escusado será dizer que a maior parte do controlo escapa ao que é tido por governo americano.
Isto leva-nos a outro ponto capital: a necessidade de desmantelar todas as organizações que actuam secretamente (não estamos a falar de serviços de informações) cuja actividade passa ao lado dos povos e das pessoas, que ninguém elege, mas que lhes vão moldando a existência.
A sua existência é incompatível com qualquer sistema democrático (ou outro), mas é justamente a “Democracia” que é usada como capa das suas actividades.
Obviamente que nada disto será discutido numa televisão…
Terá ainda que se fechar as Bolsas por tempo indeterminado e regulá-las em termos estritos.
O “Juro” tem que ser regulado e a usura punida exemplarmente. A moeda tem que voltar a ter correspondência na riqueza produzida, não na especulação e em produtos fictícios ao sabor da ganância humana.
E, claro, é imperioso encerrar todos os “Offshore”, para pôr ordem no caos e crimes financeiros, e na pouca-vergonha.
Curioso que toda a gente clama contra os “Offshore”, mas depois os mesmos tentam-nos usar e ninguém fecha nenhum… (parece que o do Funchal foi o único…).
Isto só quer dizer que serve a muita e poderosa gente!
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Para fazer face a tão ciclópicos trabalhos talvez não fosse má ideia voltar a centrar a vida, não no Homem (Antropocêntrico), mas sim na comunidade e em valores, sejam eles religiosos (teocêntrico) ou simplesmente morais.
Depois uma mobilização dos exércitos nacionais (isto na Europa) para uma espécie de “internacional militar” – o que parecerá uma ideia estapafúrdia e contra natura (não o sendo dado o objectivo) – de modo a salvar os seus povos/nações, do desaparecimento e de se tornarem num simples trabalhador/consumidor, um número entre milhões, a que as chamadas “forças sem rosto” os querem aparentemente, transformar.
Como as sedes principais destas forças se encontram, ao que julgamos, em solo norte-americano, ter-se-á de convencer a “tropa da União”, a abrir os olhos – pois são eles que têm sido usados como o ariete da tal “nova ordem mundial” – sobre o que se passa, e a ocuparem militarmente Washington e Nova York. Enquanto não chegam lá por eles.
Não há outras forças no mundo, que se vislumbrem, capazes de tentar endireitar as coisas.
(Nesta altura já me estou a ver ser enviado para um hospício!)
Relaxem, porém os leitores, pois nada disto se vai passar…
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“De que servirá termos bens a crédito
Se ficarmos escravos dos bens e do crédito?”.
(Concordam?)
O Professor Salazar, na sua imensa sabedoria, virtuosismo político e diplomático; Patriotismo e Fé (enfim, esta última deve ter tido quebras, mas nunca as deu a conhecer), conseguiu não só recuperar Portugal, mas pô-lo a salvo de todas estas ameaças (só não conseguiu aguentar o Estado da Índia, mesmo assim resistindo 14 anos às malfeitorias indianas).
Mas Salazar é morto, sem descendentes políticos e a sua obra vilipendiada.
Queria, como afirmou, que o Povo Português fosse pobre (embora o Estado fosse poupado e, por isso, rico), mas independente – “um povo que tenha a coragem de se manter pobre, é invencível” – muito poucos, até hoje, entenderam a profundidade desta mensagem.
Pelos vistos quase todos, senão mesmo todos, querem ser ricos, pouco importando como (não há cidade cercada que resista a um burro carregado de ouro, já diziam os Romanos).
Como corolário ficaremos todos pobres e escravos, isto é sem Liberdade.
Liberdade, uma palavra solta inconscientemente no mês de Abril de 74, e que virou mágica…
Numa altura – única em quase 900 anos de História – em que a Nação estando a combater vitoriosamente num longo conflito, de uma forma magnífica, como já não se assistia desde a Restauração, se resolveu abdicar do nosso futuro e da maneira portuguesa de estar no mundo.
Acompanhado da incrível atitude de termos ficado contentes com isso e abdicando das nossas razões para assumirmos as do inimigo!…
Uma tragédia histórica inominável que está longe de estar assumida e interiorizada, que nos fez perder o “Norte”; diminuiu catastroficamente o Poder Nacional; nos corrompeu e nos tornou descrentes do nosso devir colectivo.
Esquecemo-nos da marcha dos Fuzileiros…
Hoje andamos, simplesmente, por aí.
Convinha, em última análise, colocar ao leme do nosso destino pessoas que, ao menos, percebam minimamente o que se passa.

João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
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