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A propósito de Pedro Varela: Bandeiras e Etiquetas




Voltamos a publicar este texto, aparecido originalmente no Boletim Evoliano, porque convém nunca esquecer que há homens que mesmo não partilhando todas as nossas posições, nem por isso deixam de ser “um dos nossos”!

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por Eduard Alcántara

Há pessoas que dizem hastear a mesma bandeira que a nossa. Há aqueles que dizem fazê-lo, senão for com a mesma, com uma bandeira semelhante. Nós temos dificuldades em identificar muitas dessas bandeiras como iguais ou semelhantes à nossa. Nisto não reside nenhuma dificuldade. No entanto, depois de conhecermos uns e outros não demora muito tempo até que comecemos a sentir-nos em comunhão existencial com uns e a ver outros como estranhos. Não adianta ostentar publicamente uma etiqueta ou outra mas sim aspirar a viver de acordo com os princípios e a essência que a caracterizam. Não nos chega, sequer, que nos demonstrem erudição e conhecimento dos conteúdos e objectivos contidos na nossa bandeira. Há que exigir, no mínimo, um intento de assumpção dos seus parâmetros vitais.
Há indivíduos que, por muito que digam que partilham a nossa trincheira, nunca serão dos nossos nem nunca os consideraremos como tal, pois após um breve contacto não descortinamos na sua actuação nenhum valor entre aqueles que são próprios do Homem da Tradição. Não identificamos nestes indivíduos nem um vestígio de nobreza, de lealdade, de fidelidade, de valentia, de sinceridade, de franqueza, de serenidade, de temperança, de espírito de serviço e sacrifício, de firmeza interior, de bravura, de tenacidade, de perseverança, de laconismo, de prudência ou de abnegação, mas pelo contrário, em pouco tempo, poderemos vislumbrar ou perfídia, ou hipocrisia, ou egoísmo, ou individualismo, ou ânsia de notoriedade, ou tendência para a cobardia, ou predisposição para a traição, ou deslealdade, ou mentira, ou ligeireza para criticar ou até caluniar aqueles que lhe são próximos, ou a inveja, ou rancor, ou o ódio, ou a incontinência verbal, ou a charlatanice, ou a irascibilidade, ou mudanças súbitas de humor, ou a instabilidade psíquica, ou a ruindade, ou a inconstância, ou a dissimulação, ou a estridência e a imprudência. Para nós é, por isto, quase indiferente, se alguém hasteia a nossa bandeira ou uma parecida, pois o que na verdade nos importa é que o faça tentando sentir os valores que sempre foram os da Tradição e não apenas impregnados dos contravalores do mundo moderno. A etiqueta não nos serve de nada se o etiquetado nada faz em honra dela. Causa-nos ainda mais desagrado o indivíduo que professa verbalmente a sua adesão a uma etiqueta semelhante à nossa e a mancha de modo execrável do que aqueles contemporâneos nossos que se sentem identificados com esta funesta modernidade e fazem gala do seu posicionamento. Estes, ao menos, mostram coerência entre os seus contravalores de referência e a etiqueta própria do mundo moderno, o qual idolatram e santificam. Os outros, pelo contrário, traem as nobres causas com a sua maneira de ser. Sentimos camaradagem por aqueles que mesmo não militando exactamente na nossa bandeira são fiéis na sua existência aos valores que temos identificado como próprios da Tradição. Talvez possamos discordar com estas pessoas em certos detalhes na hora de conceber a existência. Embora possamos ir beber a fontes idênticas, talvez algumas das nossas referências históricas (ou proto-históricas) ou míticas não sejam as mesmas (ou exactamente as mesmas) mas sentimo-nos como camaradas quando conhecemos e podemos comprovar os valores que os regem e caracterizam a sua maneira de ser.
Neste sentido, entre estas pessoas dignas de admirar pelo exemplo que dão – ao serem coerentes com os valores nos quais acreditam – encontramos um represaliado pelo Sistema Dominante, Pedro Varela. Poucas pessoas como ele libertam essa espécie de aura que é a marca da coerência, da honestidade, da tenacidade e da limpidez de ânimo. Uma aura que move a admiração de todos aqueles que apreciam os valores ignorados e menosprezados, pertencentes ao Mundo da Tradição. Por outro lado, Pedro Varela apenas provocará inveja, receios e ódio entre os modernos, impotentes para fazer seus aqueles elevados valores, pois a incapacidade e a impotência movem a inveja dos que não são capazes de dignificar-se pela sua vontade e esforço constante.
Que os escassos Homens rectos propaguem seus ideais entre si, enquanto os néscios, os desajustados, os alienados e os desequilibrados produtos da modernidade vão merecendo o respeito do Sistema. No entanto, não nos surpreende o destino que o mundo moderno outorga a estes tipos antagónicos de pessoas, pois aos primeiros não os pode manipular, domesticar, hipnotizar, e aos segundos, pelo contrário, seduz, programa e converte em seres movidos por reflexos compulsivos e escravizados com grande facilidade.
Mesmo que apenas exista um homem íntegro, a chama da Tradição não se extinguiu de todo!

-- Boletim Evoliano, nº 1, 2ª Série

Evola e o judaísmo

Conferência do nosso amigo e camarada Eduard Alcántara, proferida na Libreria Europa

O BUDISMO ZEN

por Eduard Alcántara

Hemos sido honrados con la petición que nos ha hecho llegar el autor de la presente obra en el sentido de que tuviéramos a bien el prologarla y no podíamos por menos que acceder a ella por una cuestión de cortesía y agradecimiento, por otra cuestión de cercanía y fructífera relación que mantenemos desde hace ya un tiempo con él y por una tercera que responde a nuestra alta valoración sobre el tema objeto de estudio del libro. Si a todo esto añadimos el que, tras su lectura, hemos concluido que los aportes que se nos ofrecen en sus páginas resultan de mucho interés se comprenderá el porqué de nuestra respuesta afirmativa ante tal petición.

Evola e o fascismo e o nacional-socialismo

Por Alain de Benoist

As suas relações com o fascismo e o nacional-socialismo são bastante complexas. Este não é o lugar adequado para examinar em pormenor o que foi a vida de Julius Evola durante o Ventennio mussoliniano, nem a evolução das suas ideias durante esse período. Ele mesmo explicou-as amplamente nas edições sucessivas do seu livro sobre o fascismo, assim como na sua autobiografia. Apenas é preciso recordar que até 1928 foi amigo do ministro Giuseppe Bottai, e durante mais tempo manteve também amizade com Giovanni Preziosi, tendo-lhe este aberto as colunas da sua revista La Vita Italiana, assim como de Roberto Farinacci, o qual lhe permitiu dispor de duas vezes por mês – a partir de 1934 – de uma página especial («Diorama Filosofico») no diário Il Regime fascista. Além disto, encontrou-se com Mussolini duas ou três vezes durante a guerra.
Evola lançava em Fevereiro de 1930 uma revista intitulada La Torre, que, criticada duramente por alguns meios oficiais, deixou de existir em 15 de Junho do mesmo ano, depois de ter publicado apenas dez números. No quinto número, datado de 1 de Abril, escreveria:
Não somos nem «fascistas» nem «antifascistas». O «antifascismo» não é nada. Para nós […] inimigos irredutíveis de qualquer ideologia plebeia, de qualquer ideologia «nacionalista», de qualquer intriga e de qualquer espírito de «partido» […] o fascismo é demasiado pouco. Queremos um fascismo mais radical, mais intrépido, um fascismo verdadeiramente absoluto, feito de força pura, inacessível a qualquer compromisso.
Seria um grave contra-senso interpretar estas linhas, que são citadas com frequência, como a prova de que Evola teria desejado um fascismo mais extremista, «mais fascista» até do que realmente foi. O «fascismo verdadeiramente absoluto» de que falava Evola era um fascismo que teria feito seus os princípios absolutos da Tradição. Ou seja, um fascismo que teria sido, simultaneamente, «mais radical» e… menos fascista. Este «superfascismo» teria sido, na verdade, um «suprafascismo». Isto é o que aparece claramente na declaração que Evola faria no seu processo em 1951:
“Defendi e defendo as «ideias fascistas», não tanto porque foram «fascistas», mas sim na medida em que reconheciam uma tradição superior e anterior ao fascismo, de onde este herdou a concepção hierárquica, aristocrática e tradicional do Estado – concepção que tinha um carácter universal e que se manteve na Europa até à Revolução Francesa. Na verdade, as posições que defendi e que defendo como homem […] não devem ser chamadas «fascistas», mas sim tradicionalistas e contra-revolucionárias.”
Evola tinha uma concepção do mundo «superior e anterior» ao fascismo, uma concepção de «Antigo Regime», que tem um «carácter universal», à qual, segundo ele, o fascismo deveria ter aderido parcialmente. O que nos leva a concluir que ele apenas apreciava do fascismo o que não era especificamente fascista – ou, se preferirmos, que rejeitava o que havia de mais especificamente fascista no fascismo.
Quando lemos o livro que Evola consagrou ao fascismo e ao nacional-socialismo, comprovamos que as críticas que dirige a ambos os regimes não são menores. Ao fascismo critica a retórica nacionalista, a ideia do partido único, a tendência «bonapartista» e plebiscitária do regime, os seus aspectos moralizantes e pequeno-burgueses, o fracasso da sua política cultural, sem esquecer a ênfase posta no «humanismo do trabalho» (Giovanni Gentile), interpretado como uma espécie de «involução da política na economia». Não nos surpreende, por um lado, que tenha dado crédito ao fascismo por este ter «realizado em Itália a ideia de Estado» e de haver reafirmado, com força, a supremacia deste último sobre o povo e a nação.
Sobre o nacional-socialismo, é ainda mais severo. Ao sintetizar um conjunto de críticas que foi desenvolvendo nos seus artigos de inícios dos anos 30, atribui ao regime hitleriano o mérito de ter percebido a necessidade de uma «luta por uma visão do mundo», embora para rejeitar quase todos os componentes da dita visão. Por outro lado, denuncia o pangermanismo, o nacionalismo étnico e o irredentismo, a própria ideia de socialismo «nacional», o racismo biológico – que ele definia como uma associação de «uma variante da ideologia nacionalista de teor pangermanista em conjunto com ideias de cientificismo biológico» –, o darwinismo social, a «megalomania efectiva» de Hitler com seus «caprichos milenaristas» e o seu «espírito completamente plebeu», o «mito do Volk» e a importância dada à «comunidade popular» (Volksgemeinschaft), a idealização da função maternal na mulher, a exaltação da «nobreza do trabalho» e o igualitarismo inerente ao Serviço do Trabalho, a liquidação do Estado prussiano e da tradição dos Junkers, os aspectos «proletários» de um regime desprovido de qualquer «legitimidade superior», e inclusive um anti-semitismo que em Hitler tomou – segundo ele – a forma de um «fanatismo obsessivo».
Como vemos, a lista é longa. No entanto, não duvidemos, que Evola igualmente considerou que o fascismo e o nacional-socialismo se situavam, em termos gerais, «no lado correcto». Se por um lado não os poupou a críticas, por outro apresentou as ditas críticas explicitamente como prova, não de uma oposição de princípio («o antifascismo não é nada»), mas sim, de uma vontade e desejo de “rectificar” o que pareciam erros e insuficiências graves. Dito de outra forma, embora Evola nunca tenha sido fascista ou nacional-socialista no sentido estrito do termo, pelo menos teve o sentimento de que, feitas todas as contas, os ditos regimes valiam no mínimo mais do que os adversários e que os seus numerosos defeitos podiam ser corrigidos. Um sentimento tal pode surpreender, pois quando se vê tudo o que Evola recrimina ao fascismo e ao nacional-socialismo, coloca-se a questão do que pode restar deles que suscite a sua simpatia. É pois este sentimento de afinidade que deve ser posto em evidência.
Não há dúvida de que Evola dá crédito ao fascismo e ao nacional-socialismo pelo seu marcado «anti-iluminismo» e antidemocratismo. Fascismo e nacional-socialismo representam, para ele, fundamentalmente, uma reacção contra as ideias de 1789, e mesmo que esta reacção seja alvo de críticas contundentes pela presença de rasgos tipicamente «democráticos», ele considera-a de início uma reacção saudável. Evola chega à dupla conclusão sobre o parentesco de fundo do fascismo e do nacional-socialismo, e da possibilidade de os «rectificar» num sentido mais «tradicional» «devolvendo-os às suas próprias origens». O facto de ambos os regimes terem combatido os mesmos adversários que ele – as democracias liberais, os socialistas e os comunistas – era evidentemente de natureza a confirmá-lo nesta opinião.
O que a historiografia contemporânea permitiu estabelecer a propósito do fascismo e do nacional-socialismo conduz, no entanto, a questionarmos se Julius Evola não se terá equivocado tragicamente na sua apreciação. Não é nada evidente, com efeito, que os regimes fascista e nacional-socialista tenham pertencido ao «mesmo mundo», e é menos evidente ainda que se tenham inscrito no universo espiritual de Evola, isto é, nessa «tradição superior e anterior», de «carácter universal», que haveria transmitido desde sempre a «concepção hierárquica, aristocrática e tradicional do Estado» que se manteve na Europa até à Revolução Francesa. O carácter totalitário do nacional-socialismo hoje não poderia ser seriamente questionado, enquanto o fascismo é classificado geralmente entre os regimes autoritários. Desde Renzo de Felice até Ernst Nolte, as diferenças de inspiração ideológica de ambos os regimes têm sido frequentemente enfatizadas. Revelador neste aspecto é o facto de, para Evola, o mérito principal do fascismo ter sido afirmar a «preeminência do Estado sobre o povo e a nação», enquanto era precisamente isto que o tornavam alvo de críticas por parte dos teóricos nacionais-socialistas. O parentesco do regime nacional-socialista com o regime bolchevique, que sem dúvida era a forma política que mais repugnava a Julius Evola, é hoje em dia cada vez mais reconhecido, como o atestam os trabalhos de Hannah Arendt, Raymond Aron, François Furet ou Stéphane Courtois, por exemplo.
Finalmente, o vínculo profundo destes regimes com essa modernidade que Evola rejeitava com todas as forças, também foi revelado em numerosas ocasiões. Por detrás de uma retórica às vezes arcaizante, fascismo e nacional-socialismo constituíram fenómenos evidentemente modernos que, como tal, conferiam uma importância central ao desenvolvimento científico, técnico e industrial, ao mesmo tempo que conferiam um lugar preponderante à mobilização política das massas. Mussolini declarou-o aliás com clareza:
As negações fascistas do socialismo, da democracia, do liberalismo, não devem […] fazer crer que o fascismo queira levar o mundo ao que era antes de 1789, data considerada como o ano inaugural do século demoliberal. Não se pode regredir. A doutrina fascista não escolheu De Maistre como profeta.
Característico de tal equívoco é a atenção que, no interior do III Reich, Evola prestou às SS, muito provavelmente porque estas se apresentavam como uma «Ordem» e a noção que Ordem desempenhava, como já vimos, um papel central no seu pensamento político. Evola teve aliás a oportunidade, em 1938, de realizar, para a revista de Preziosi, uma reportagem acerca dos célebres «Ordensburgen» nacionais-socialistas; porém, por detrás da mesma palavra podem esconder-se realidades muito distintas. Ainda que Himmler pudesse estar pessoalmente fascinado pelos cavaleiros teutónicos e pela memória dos «antigos germanos», a sua concepção do mundo estava nos antípodas da de Evola. As SS não foram de modo nenhum concebidas como uma «sociedade de homens», como uma «elite definida por uma solidariedade exclusivamente viril» tendente à «pessoa absoluta»: cada um dos seus membros estava destinado, pelo contrário, a fundar um lugar que se inscreveria numa «linha hereditária». Muito mais ainda do que o próprio partido nazi, as SS tinham no «materialismo biológico» o centro da sua visão do mundo. Evola provavelmente não captou em toda a sua magnitude a vontade do fascismo e do nacional-socialismo de lutar contra as ideologias que o mesmo combatia, não apenas com os meios modernos, mas também em nome de outra forma de modernidade, daí a ambiguidade da sua posição. Apreciava no fascismo aquilo que não era especificamente fascista mas sim «tradicional», acreditando ser possível «rectificar» o fascismo levando-o a abandonar o que lhe pertencia com toda a propriedade – subestimando assim a importância daquilo que, no fascismo, o fazia ser fascismo e não outra coisa. Philippe Baillet referiu-se, a propósito disto, à «sobre-estimação das potencialidades reaccionárias» do fascismo e do nacional-socialismo, «e por cuja causa [Evola] passa ao lado do que fundava propriamente ambos os regimes e lhes conferia a sua especificidade». A questão que se pode colocar era saber se o fascismo «rectificado», tal como desejava Evola, poderia de facto ter algo a ver com fascismo.

Excerto do texto "JULIUS EVOLA, REACTIONNAIRE RADICAL ET METAPHYSICIEN ENGAGE"





Já todos conhecem aquela velha máxima: constrói a casa sobre a rocha e ela aguentará tempestades… Constrói a casa sobre a areia e ela desaparecerá com a primeira subida das águas.
Algumas casas construídas em cima de areia que por obra do destino se têm miraculosamente aguentado, devem a sua periclitante estabilidade precisamente à ausência de um, digamos, aguaceiro mais sério, e assim vão continuando.
Vimos outras casas desaparecerem sem mesmo que o clima externo interferisse… ruindo por dentro.
Outras feitas por “engenheiros e arquitectos de renome” com estacas bem espetadas na areia ruíram também… feita a inspecção verificou-se que a “minha estaca era melhor que a tua…”
Ultimamente temos assistido a pretensas construções em cima de ondas, sim textualmente, naquelas mesmas ondas que batem a costa grega e italiana. O lema destas casas é: temos que apanhar a onda!
Outros como não conhecem Rocha Sólida constroem consecutivamente na areia… uma após outra…
Nós também construímos uma casa na areia, mas é uma “casa de férias”, onde podemos convidar os nossos amigos e alguns conhecidos, fazer umas brincadeiras na praia e surfar.
A outra nossa casa não é de fácil acesso, é pequena, quiçá muito pequena, mas construída sobre um Grande Rochedo, talvez para além do bem e do mal porque foi construída com Amor.

Aos caídos da Divisão Charlemagne - Presente!




Nesta chama os nossos antepassados viam antes a imagem do Sol Invicto. Para nós, homens das Waffen SS, a luz não poderia extinguir-se. Nós sabemos que a noite e a morte chegam. Mas sabemos também que o Sol regressará. Acreditamos que a vida renascerá.
-- Henri Fenet

Origens
Antes de falarmos sobre a Divisão Charlemagne, é obrigatória a referência à Legião que lhe deu origem: a Légion des Volontaires Français contre le Bolchévisme. Esta era designada pelos oficiais alemães como a Infantaria 638 e encetou a sua luta em 1941, tendo como objectivo e ponto alto a luta na chegada a Moscovo em Novembro de 1941. Em 25 de Junho do ano seguinte, liderados pelo major Bridou, nas margens do rio Bobr, na frente oriental conseguiram deter o avanço soviético, destruindo mais de 40 tanques, com grande sacrifício de suas vidas. Os sobreviventes viriam então a dar origem à Divisão Charlemagne.

A Divisão Charlemagne
No final de Março de 1945, cerca de mil sobreviventes da Divisão Charlemagne das Waffen SS estavam agrupados perto de Neustrelitz. Aí, o Brigadefuhrer (patente exclusiva da SS e da SA, correspondendo a um general de segundo nível) Gustav Krukenberg recebe ordens para reunir um batalhão e dirigir-se para Berlim, onde iria culminar qualquer esperança do III Reich e onde se iria colocar ponto final na II Guerra Mundial. Pediu voluntários, e consta que terá dispensado todos aqueles que não queriam mais combater. Na verdade, já se sabia que a guerra estava perdida para o lado do Reich e apenas o que estava em jogo era morrer pelo mesmo ou sobreviver, fugindo ou submetendo-se ao inimigo vitorioso. Cerca de 300 homens seguiram para Berlim em 9 camiões liderados por Krukenberg.
Antes de chegarem a Berlim, depararam-se com um bloqueio gerado pela destruição de uma ponte, o que os levou a abandonar os veículos e a prosseguir a viagem a pé, completamente exaustos, movidos por um único pensamento: chegar a Berlim! Foram a última unidade a conseguir entrar na cidade antes que as tropas soviéticas a cercassem por completo.
Entram em Berlim nos últimos dias de Abril e aí juntaram-se aos voluntários da Divisão Nordland (constituída na sua maioria por escandinavos), que fica sob o comando directo de Krukenberg.
Na Batalha de Berlim os voluntários da Charlemagne, liderados por Henri Fenet, de apenas 25 anos, oficial várias vezes condecorado pela sua bravura em cenário de guerra, não obstante estarem mal armados, conseguiram abater mais de 60 tanques soviéticos. Na hora da queda de Berlim os últimos sobreviventes franceses da Divisão encontravam-se entrincheirados no edifício do Escritório Central de Segurança do Reich, aí ainda resistiram mais um dia, impedindo que os festejos do 1º de Maio soviético viessem a celebrar-se com a sua derrota e a capitulação de Berlim.
Assim, a SS francesa Charlemagne foi a última defensora do búnquer de Hitler, combatendo até 2 de Maio, dia em que os bolcheviques viriam a capturá-la, após levarem de vencida a perseverante resistência desta divisão.
Com um poder inicial de cerca de sete mil homens, ficou reduzida a 30 efectivos. Destes, os que regressaram a França, seu país de origem, foram denunciados e enviados para os campos de prisão dos Aliados.
Conta-se que o general francês Philippe Leclerc defrontou-se com um grupo de 12 homens da SS Charlemagne e perguntou-lhes por que vestiam o uniforme alemão, ao que um deles lhe respondeu perguntando por que ele vestia um uniforme americano. Esses 12 homens foram logo executados sem nenhum tipo de processo de tribunal militar. Consta que houve mais soldados franceses mortos na guerra, lutando pela Alemanha do que aqueles que morreram em defesa do comunismo.

Sobre Henri Fenet
Henri Fenet, o líder principal da Divisão, que pouco antes da capitulação havia sido, uma vez mais, condecorado – juntamente com dois outros camaradas – pela sua bravura e capacidade de liderança, no fim da batalha encontrava-se seriamente ferido e foi afastado dos seus homens e conduzido a um hospital antes de ser levado para os campos de prisioneiros.
Diz a lenda que os restantes voluntários da Divisão Charlemagne, ou, mais apropriadamente, o que dela sobrou, saem de Berlim para os anos de cativeiro, de que muitos não regressarão, cantando, uma última vez, o Canto do Diabo:
SS marchemos rumo ao inimigo
Cantando o Canto do Diabo,
Porque no coração dos destemidos
Sopra um vento formidável.
A sorte sobe alto, desce baixo,
Que nos dê o mundo inteiro:
Convidá-los-emos ao sabbat
E rimos com prazer.
Por onde passamos, que tudo trema,
E o Diabo ri connosco:
HA, HA, HA, HA, HA, HA, HA!
A chama permanece pura
E a nossa palavra chama-se fidelidade!

José Antonio Primo de Rivera - Presente!

¿Quién ha dicho que cuando insultan nuestros sentimientos, antes que reaccionar como hombres, estamos obligados a ser amables? Bien está, sí, la dialéctica como primer instrumento de comunicación. Pero no hay más dialéctica admisible que la dialéctica de los puños y de las pistolas cuando se ofende a la justicia o a la Patria.

A Legião precisa de ti!

Conheci a Legião Vertical por intermédio de um camarada que me disse muito bem da Ordem e das suas actividades. Li alguns números do Boletim Evoliano e tive a certeza de que se tratava de uma iniciativa séria, tomada no momento certo, da maneira correcta. Este sentimento levou-me a estabelecer contacto com a Legião Vertical, e uma vez estabelecido o contacto, fui convidado a participar numa das suas actividades. 
Encontrei inicialmente alguma dificuldade nas actividades físicas da Legião Vertical. Eu estava fora de forma e sem praticar desporto havia quase dez anos, mas ainda assim esforcei-me para participar nas actividades. As minhas primeiras marchas foram levadas a cabo com muita dificuldade, e numa delas, por um erro de cálculo da minha parte, fiquei sem água, doze quilómetros antes do primeiro acesso a um rio, sem qualquer nascente em todo o percurso, sob um sol abrasador e num terreno difícil; mas o camarada no comando ajudou-me, partilhou comigo a sua própria água e não me deixou ficar para trás. Aqui aprendi duas das primeiras lições da Ordem: um legionário deve estar pronto e bem aprovisionado para marchar dezenas de quilómetros quando necessário, parando apenas para as refeições e para uns poucos minutos de descanso, seja sob o sol abrasador, sob a tormenta, ou sob a neve; e, por outro lado, um legionário nunca deixa um camarada ficar para trás. 
Nunca fiz parte de nenhuma sociedade iniciática, partido político ou grupo religioso, pois acredito que na sua maioria são compostos por elementos amorfos, com orientações duvidosas, nos quais as acções e o discurso não possuem a menor convergência, nobreza ou autêntica espiritualidade. No meu caso específico, eu já possuía uma orientação filosófica e ideológica mais ou menos formada, pelo que não foi complicado adaptar-me ao estilo legionário, embora se possa dizer que a adaptação do homem ao Ideal é um trabalho constante de autodisciplina e autoconhecimento, e não algo instantâneo e prático como é comum em alguns círculos, nos quais muitas vezes são os “ideais” que têm de se adaptar aos homens. Na Legião Vertical isto não é uma opção, há o Ideal Superior, da mente sã, do corpo são e do espírito impassível e imperturbável, pelo qual o Legionário se rege. 
Depois de um período de reconhecimento mútuo, fui iniciado como Protector da Ordem, numa cerimónia altiva e de elevada espiritualidade. Um legionário deve ter um rígido controlo sobre o seu espírito, treinar o seu corpo físico, e cultivar, diligentemente, o seu intelecto. Para isto, é gentilmente convidado (não desafiado ou obrigado) a transformar-se no Ideal, a viver o Ideal, antes de pretender mover uma palha que seja pelo ideal. A prática de artes marciais, o estudo literário e o cultivo de bons hábitos e costumes são fundamentais para um legionário.
Posso dizer que é para mim uma grande honra colaborar na divulgação da obra de Evola e na sua tradução para a língua portuguesa, assim como é também um orgulho ver o nosso trabalho reconhecido, prestigiado e mesmo auxiliado por camaradas de toda a Península Ibérica e de alguns países da América Latina. Ao reflectir sobre este facto, lembro-me das palavras do Mestre nas suas Orientações: “Na ideia se reconhece a nossa verdadeira Pátria. O que hoje conta, não é ser da mesma terra ou falar a mesma língua, mas pertencer à mesma ideia”, “Suceda o que suceder, o que deve ser feito será feito, pois pertencemos àquela Pátria que nenhum inimigo conseguirá ocupar ou destruir”. 
Julius Evola é um pensador cuja obra poderia representar um papel importantíssimo, senão determinante, para o renascimento e o resgate das mais genuínas e nobres tradições do Ocidente. Alguns dos seus livros, textos e ensaios nunca foram traduzidos para a língua portuguesa, ou estão permanentemente “esgotados” nas livrarias e “desaparecidos” das bibliotecas… O mundo moderno inclina-se para a supressão de tudo o que se oponha ao delírio demagógico das massas e da burguesia.
O hiperindividualismo é encorajado em todos os sectores da vida moderna, o caos, a subversão e a desordem das ideias são venenosamente ministrados aos jovens pelos media, pelos meios académicos e culturais e muitas vezes pela própria família moderna. A Legião Vertical é formada por homens que se esforçam pela convergência, enquanto outros menos dignos se esforçam pela divergência. Não queremos ser muitos, prezamos a qualidade acima de quantidade. 
Aos legionários que estão ainda adormecidos, que isto sirva como o toque da alvorada, despertai! 
A LEGIÃO TAMBÉM PRECISA DE TI! 

Telémaco
(Editorial do Boletim Evoliano - 2ª Série, Número 6
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