O BUDISMO ZEN

por Eduard Alcántara

Hemos sido honrados con la petición que nos ha hecho llegar el autor de la presente obra en el sentido de que tuviéramos a bien el prologarla y no podíamos por menos que acceder a ella por una cuestión de cortesía y agradecimiento, por otra cuestión de cercanía y fructífera relación que mantenemos desde hace ya un tiempo con él y por una tercera que responde a nuestra alta valoración sobre el tema objeto de estudio del libro. Si a todo esto añadimos el que, tras su lectura, hemos concluido que los aportes que se nos ofrecen en sus páginas resultan de mucho interés se comprenderá el porqué de nuestra respuesta afirmativa ante tal petición.


Para quem vive, ou pretende viver, com ideais, ideias e espírito crítico, o mundo de hoje é cada vez mais isolador, votando ao ostracismo quem contesta e não se coaduna com a frivolidade da maioria das relações sociais. Nestas prevalecem a hipocrisia, o oportunismo, o uso e descarte conforme as conveniências. Dentro das próprias famílias, por vezes, há “personas gratas” e “non gratas”, conforme o seu “status” social. Entre amigos, as circunstâncias do momento ditam os relacionamentos e o afastamento é impiedoso para quem não tenha aceitação. Desde sempre considero amigo um conceito burguês, pejado de relativismo e subjectivismo, algo que cada vez mais perde o seu conteúdo afectivo e moral. Pelo contrário, o conceito de camarada, para lá de qualquer conotação política, é algo que, dentro das próprias instituições militares e paramilitares, sempre implicou um compromisso e uma relação de reciprocidade e união para lá das trivialidades da vida civil. Pelos camaradas sempre se lutou e morreu, muitas vezes sacrificando a própria vida pelos demais.
Ao afastar-me cada vez mais das muito bem-amadas concepções políticas ditadas pela correcção tolerada pelo “establishment”, todas as instituições políticas, sociais e filosóficas existentes deixaram de me transmitir qualquer fiabilidade e qualquer razão de utilidade. As agremiações políticas, mesmo aquelas que se autoproclamam como radicais e alternativas ao sistema, vivem segundo as regras a que a democracia já habituou todos os seus apaniguados. Os egos são ali alimentados com cargos honoríficos e os seus membros digladiam-se por atenções e honrarias conferidas pelas hierarquias superiores. Outros, como alguns grupos de intervenção, sem intervenção definida, caracterizam-se por… intervenção nenhuma.
Quando descobri o blogue da Legião Vertical, corria o ano de 2009, deparei-me com conteúdos que pela primeira vez escapavam à chuva no molhado e aos lugares comuns habituais, para além da afinidade que já sentia pelo pensador Julius Evola. Para definir o momento do despertar do interesse, podemos começar pelo próprio conceito de Legião, que por si só significa um corpo da antiga milícia romana, ou por extensão corpo ou divisão de um exército. A meu ver, uma sociedade que não degrade os seus antepassados e valorize a estirpe da sua grei tem de ter conceitos fortes militaristas, sob pena de a decadência a destruir. Nenhum laço é mais forte do que o laço criado entre os soldados numa guerra ou num período de recruta. Um acaso feliz colocou-me no encontro entre membros da Legião Vertical e cedo comecei a participar nos seus eventos, permitam-me especificar, em cerca de 2010. Contudo, a vida impediu-me de estar nessa época disponível para participar de corpo e alma nas actividades da Legião, criando um muro entre mim e o meu destino. Quando não é chegada a hora, a obra não nasce e a luta faz-se noutros campos de batalha. Mas, quando o sentimento, os valores e os ideais prevalecem, graças à perseverança, o tempo próprio para a chegada da hora é aguardado sem impaciência e sem constituir nenhum óbice, e ninguém será votado ao esquecimento. E assim aconteceu, desde 2014, ano a partir do qual os meus medos e vontade de superação foram postos à prova em situações de limite criadas para o efeito pelos camaradas, nas quais aprendi a conhecer-me e a testar-me, ultrapassando receios e tornando-me mais homem. Barreiras foram ultrapassadas, tomando consciência de que é impossível esculpir a mente e o espírito, descurando a parte física e respectiva potencialidade. Não existe luta sem concertação de forças. Na diversidade e especialidade de cada uma dessas forças pode haver então uma frente de combate. A nossa sobrevivência enquanto homens e dos nossos ideais dependerá do poder que cada um irá acrescentar ao grupo. Tal desiderato não é para todos, é para os que já foram escolhidos, pois outros foram desviados por certas forças que os afastaram do nosso caminho. Que o destino nos torne, pelo menos, um farol que sirva como guia, através do nosso exemplo. E que este mesmo exemplo dignifique aquilo que representamos. Grato a todos os camaradas que me aceitaram.

Editorial do Boletim Evoliano nº 12 (2ª série)

PONTO DE SITUAÇÃO RELATIVAMENTE AO "PROCESSO" M. ALEGRE VS BRANDÃO F.

27/05/16
No dia 17 de Maio fui surpreendido pela notícia de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, com a data de 12 do mesmo mês, em que me condena a pagar uma multa de 1.800 euros ao Estado, e 25.000 euros de indeminização ao cidadão Manuel Alegre (assistente no processo crime contra a minha pessoa) por, na versão dos venerandos juízes Antero Luís e João Abrunhosa de Carvalho, o ter difamado.
A origem da queixa de difamação recorda-se, baseia-se na imputação de que no artigo intitulado "Manuel Alegre, combatente por quem?", publicado no Jornal "O Diabo", em 3/5/2010, o ter apelidado de traidor à Pátria.
Nesse mesmo dia (17/5),saiu um artigo no jornal "O Público", eivado de alguns erros e incorrecções, que dava conta do sucedido ao mesmo tempo que entrevistava o aparente ganhador da causa.
Acontece, porém, que este não foi o 1° acórdão do mesmo Tribunal da Relação, sobre o mesmo caso, e sem que qualquer alteração tenha ocorrido relativamente ao processo já apreciado.
A coisa conta-se em poucas palavras e compreenderão que haja "pormenores" que ainda não devam ser revelados.
Por douta sentença do Tribunal de 1§ instância, datada de 12 de Setembro de 2014, a Meritíssima Juíza Ana Paula Figueiredo, absolveu-me do crime de difamação e do pagamento de qualquer indeminização cível (por improcedente), em processo instaurado pelo supracitado vate e acompanhado pelo Ministério Público.
Não conformado com tal decisão o queixoso, naturalmente, recorreu.
O processo subiu ao Tribunal da Relação de Lisboa (15/12/2014), tendo calhado por sorteio, aos Juízes Desembargadores Carlos Benido (relator) e Francisco Caramelo (adjunto), da secção, cujo chefe é o Venerando Juiz Trigo Mesquita.
O  processo seguiu os seus trâmites e, em pouco tempo, conheceu decisão. Deste modo a 26/02/2015, os venerandos acima referidos, confirmavam o acerto da sentença da 1§ instância e negaram o provimento dos recursos interpostos pelo assistente e Ministério Público.
Desta decisão foi dado conhecimento ao arguido.
A questão estaria definitivamente encerrada, dado a moldura penal do eventual crime em questão não permitir recurso para instância superior, restando apenas levar o caso, eventualmente, ao Tribunal dos Direitos do Homem, em Bruxelas.
No entretanto, porém, o assistente mudou de advogado e para o lugar do Dr. Nuno Godinho de Matos foi o Dr. Afonso Duarte, por acaso filho do assistente, que já tinha patrocinado o pai antes do processo ter chegado à fase de julgamento.
Ora por aparente erro burocrático (a que, juro, sou alheio) um parecer do Procurador - Geral da República, junto ao Tribunal da Relação de Lisboa, em vez de ir parar ao novel advogado, foi parar ao anterior, o que deu origem a que aquele reclamasse do facto.
Havendo esta "irregularidade" (que não nulidade), o processo não transitou em julgado tendo voltado às mãos do Desembargador Benido, o qual por alturas de Maio/Junho, revogou o seu despacho; sendo que o normal nestas circunstâncias é corrigir-se a irregularidade e prosseguir- se com as formalidades.
Acontece que, entretanto, o Juiz C. Benido entrou de férias e quando regressou em Setembro, jubilou-se.
Em data não apurada o processo foi redistribuído (não por sorteio) a dois novos Desembargadores, os já referidos, venerandos Antero Luís e João Abrunhosa de Carvalho, tendo sido afastado do processo o Desembargador Francisco Caramelo, que era o juiz natural do processo e mais antigo do que os escolhidos!
Destas substituições não foi o arguido (eu) informado.
Mesmo assim - dizem-me profissionais do mesmo ofício - o habitual é a nova equipa confirmar tudo o que vem do anterior, não só por razões do foro deontológico, mas sobretudo por se tratar de juízes da mesma secção e não ter havido nada que pudesse ter carreado algo de novo para o processo, além do que já foi apontado atrás.
Ora não foi nada disto o que o novel Desembargador Dr. Antero Luís fez. O que fez foi, numa espécie de passe de mágica virar, 16 meses depois, o primitivo acórdão do avesso.
Com a curiosidade acrescida do advogado do assistente Manuel Alegre continuar a não ter sido informado do tal parecer do Procurador, que deu origem a esta "trapalhada" toda...
(E eu juro, que não tenho culpa nenhuma nisso!).
Face a este, algo "kafkiano" acontecimento, o Dr. Alexandre Lafayette - que como militar honrou os seus deveres para com a Pátria, e estando na reserva territorial há muitos anos, nunca deixou de combater o bom combate - interpôs tempestivamente (apesar de ter um prazo de apenas três dias para o fazer.) um "requerimento de nulidade" para o Tribunal da Relação de Lisboa, representando-me.
Este requerimento tem efeitos suspensivos da pena.
E, como dizem os espanhóis, "assy estamos". (1) 

João José Brandão Ferreira Oficial Piloto Aviador


[1]  Para quem quiser perceber porque é que as coisas se passaram da maneira como se passaram, aconselho a pesquisa nos "curriculum vitae" de alguns dos intervenientes no processo.

Conferência


JULIUS EVOLA A TRAVÉS DE SU OBRA
 
Qué mejor manera que a través de un recorrido cronológico por sus libros para mostrar no sólo el núcleo de lo que Evola entendió por Tradición sino también las diferentes doctrinas que de dicho núcleo derivan y que el maestro italiano nos presentó de forma tan brillante. Acompañaremos dicho recorrido bibliográfico con algunos significativos apuntes biográficos que ayudarán a conocer los vectores existenciales y algunos de los aconteceres políticos del gran intérprete italiano de la Tradición, a la vez que servirán para mejor contextualizar algunas de sus obras.

Evola e o fascismo e o nacional-socialismo

Por Alain de Benoist

As suas relações com o fascismo e o nacional-socialismo são bastante complexas. Este não é o lugar adequado para examinar em pormenor o que foi a vida de Julius Evola durante o Ventennio mussoliniano, nem a evolução das suas ideias durante esse período. Ele mesmo explicou-as amplamente nas edições sucessivas do seu livro sobre o fascismo, assim como na sua autobiografia. Apenas é preciso recordar que até 1928 foi amigo do ministro Giuseppe Bottai, e durante mais tempo manteve também amizade com Giovanni Preziosi, tendo-lhe este aberto as colunas da sua revista La Vita Italiana, assim como de Roberto Farinacci, o qual lhe permitiu dispor de duas vezes por mês – a partir de 1934 – de uma página especial («Diorama Filosofico») no diário Il Regime fascista. Além disto, encontrou-se com Mussolini duas ou três vezes durante a guerra.
Evola lançava em Fevereiro de 1930 uma revista intitulada La Torre, que, criticada duramente por alguns meios oficiais, deixou de existir em 15 de Junho do mesmo ano, depois de ter publicado apenas dez números. No quinto número, datado de 1 de Abril, escreveria:
Não somos nem «fascistas» nem «antifascistas». O «antifascismo» não é nada. Para nós […] inimigos irredutíveis de qualquer ideologia plebeia, de qualquer ideologia «nacionalista», de qualquer intriga e de qualquer espírito de «partido» […] o fascismo é demasiado pouco. Queremos um fascismo mais radical, mais intrépido, um fascismo verdadeiramente absoluto, feito de força pura, inacessível a qualquer compromisso.
Seria um grave contra-senso interpretar estas linhas, que são citadas com frequência, como a prova de que Evola teria desejado um fascismo mais extremista, «mais fascista» até do que realmente foi. O «fascismo verdadeiramente absoluto» de que falava Evola era um fascismo que teria feito seus os princípios absolutos da Tradição. Ou seja, um fascismo que teria sido, simultaneamente, «mais radical» e… menos fascista. Este «superfascismo» teria sido, na verdade, um «suprafascismo». Isto é o que aparece claramente na declaração que Evola faria no seu processo em 1951:
“Defendi e defendo as «ideias fascistas», não tanto porque foram «fascistas», mas sim na medida em que reconheciam uma tradição superior e anterior ao fascismo, de onde este herdou a concepção hierárquica, aristocrática e tradicional do Estado – concepção que tinha um carácter universal e que se manteve na Europa até à Revolução Francesa. Na verdade, as posições que defendi e que defendo como homem […] não devem ser chamadas «fascistas», mas sim tradicionalistas e contra-revolucionárias.”
Evola tinha uma concepção do mundo «superior e anterior» ao fascismo, uma concepção de «Antigo Regime», que tem um «carácter universal», à qual, segundo ele, o fascismo deveria ter aderido parcialmente. O que nos leva a concluir que ele apenas apreciava do fascismo o que não era especificamente fascista – ou, se preferirmos, que rejeitava o que havia de mais especificamente fascista no fascismo.
Quando lemos o livro que Evola consagrou ao fascismo e ao nacional-socialismo, comprovamos que as críticas que dirige a ambos os regimes não são menores. Ao fascismo critica a retórica nacionalista, a ideia do partido único, a tendência «bonapartista» e plebiscitária do regime, os seus aspectos moralizantes e pequeno-burgueses, o fracasso da sua política cultural, sem esquecer a ênfase posta no «humanismo do trabalho» (Giovanni Gentile), interpretado como uma espécie de «involução da política na economia». Não nos surpreende, por um lado, que tenha dado crédito ao fascismo por este ter «realizado em Itália a ideia de Estado» e de haver reafirmado, com força, a supremacia deste último sobre o povo e a nação.
Sobre o nacional-socialismo, é ainda mais severo. Ao sintetizar um conjunto de críticas que foi desenvolvendo nos seus artigos de inícios dos anos 30, atribui ao regime hitleriano o mérito de ter percebido a necessidade de uma «luta por uma visão do mundo», embora para rejeitar quase todos os componentes da dita visão. Por outro lado, denuncia o pangermanismo, o nacionalismo étnico e o irredentismo, a própria ideia de socialismo «nacional», o racismo biológico – que ele definia como uma associação de «uma variante da ideologia nacionalista de teor pangermanista em conjunto com ideias de cientificismo biológico» –, o darwinismo social, a «megalomania efectiva» de Hitler com seus «caprichos milenaristas» e o seu «espírito completamente plebeu», o «mito do Volk» e a importância dada à «comunidade popular» (Volksgemeinschaft), a idealização da função maternal na mulher, a exaltação da «nobreza do trabalho» e o igualitarismo inerente ao Serviço do Trabalho, a liquidação do Estado prussiano e da tradição dos Junkers, os aspectos «proletários» de um regime desprovido de qualquer «legitimidade superior», e inclusive um anti-semitismo que em Hitler tomou – segundo ele – a forma de um «fanatismo obsessivo».
Como vemos, a lista é longa. No entanto, não duvidemos, que Evola igualmente considerou que o fascismo e o nacional-socialismo se situavam, em termos gerais, «no lado correcto». Se por um lado não os poupou a críticas, por outro apresentou as ditas críticas explicitamente como prova, não de uma oposição de princípio («o antifascismo não é nada»), mas sim, de uma vontade e desejo de “rectificar” o que pareciam erros e insuficiências graves. Dito de outra forma, embora Evola nunca tenha sido fascista ou nacional-socialista no sentido estrito do termo, pelo menos teve o sentimento de que, feitas todas as contas, os ditos regimes valiam no mínimo mais do que os adversários e que os seus numerosos defeitos podiam ser corrigidos. Um sentimento tal pode surpreender, pois quando se vê tudo o que Evola recrimina ao fascismo e ao nacional-socialismo, coloca-se a questão do que pode restar deles que suscite a sua simpatia. É pois este sentimento de afinidade que deve ser posto em evidência.
Não há dúvida de que Evola dá crédito ao fascismo e ao nacional-socialismo pelo seu marcado «anti-iluminismo» e antidemocratismo. Fascismo e nacional-socialismo representam, para ele, fundamentalmente, uma reacção contra as ideias de 1789, e mesmo que esta reacção seja alvo de críticas contundentes pela presença de rasgos tipicamente «democráticos», ele considera-a de início uma reacção saudável. Evola chega à dupla conclusão sobre o parentesco de fundo do fascismo e do nacional-socialismo, e da possibilidade de os «rectificar» num sentido mais «tradicional» «devolvendo-os às suas próprias origens». O facto de ambos os regimes terem combatido os mesmos adversários que ele – as democracias liberais, os socialistas e os comunistas – era evidentemente de natureza a confirmá-lo nesta opinião.
O que a historiografia contemporânea permitiu estabelecer a propósito do fascismo e do nacional-socialismo conduz, no entanto, a questionarmos se Julius Evola não se terá equivocado tragicamente na sua apreciação. Não é nada evidente, com efeito, que os regimes fascista e nacional-socialista tenham pertencido ao «mesmo mundo», e é menos evidente ainda que se tenham inscrito no universo espiritual de Evola, isto é, nessa «tradição superior e anterior», de «carácter universal», que haveria transmitido desde sempre a «concepção hierárquica, aristocrática e tradicional do Estado» que se manteve na Europa até à Revolução Francesa. O carácter totalitário do nacional-socialismo hoje não poderia ser seriamente questionado, enquanto o fascismo é classificado geralmente entre os regimes autoritários. Desde Renzo de Felice até Ernst Nolte, as diferenças de inspiração ideológica de ambos os regimes têm sido frequentemente enfatizadas. Revelador neste aspecto é o facto de, para Evola, o mérito principal do fascismo ter sido afirmar a «preeminência do Estado sobre o povo e a nação», enquanto era precisamente isto que o tornavam alvo de críticas por parte dos teóricos nacionais-socialistas. O parentesco do regime nacional-socialista com o regime bolchevique, que sem dúvida era a forma política que mais repugnava a Julius Evola, é hoje em dia cada vez mais reconhecido, como o atestam os trabalhos de Hannah Arendt, Raymond Aron, François Furet ou Stéphane Courtois, por exemplo.
Finalmente, o vínculo profundo destes regimes com essa modernidade que Evola rejeitava com todas as forças, também foi revelado em numerosas ocasiões. Por detrás de uma retórica às vezes arcaizante, fascismo e nacional-socialismo constituíram fenómenos evidentemente modernos que, como tal, conferiam uma importância central ao desenvolvimento científico, técnico e industrial, ao mesmo tempo que conferiam um lugar preponderante à mobilização política das massas. Mussolini declarou-o aliás com clareza:
As negações fascistas do socialismo, da democracia, do liberalismo, não devem […] fazer crer que o fascismo queira levar o mundo ao que era antes de 1789, data considerada como o ano inaugural do século demoliberal. Não se pode regredir. A doutrina fascista não escolheu De Maistre como profeta.
Característico de tal equívoco é a atenção que, no interior do III Reich, Evola prestou às SS, muito provavelmente porque estas se apresentavam como uma «Ordem» e a noção que Ordem desempenhava, como já vimos, um papel central no seu pensamento político. Evola teve aliás a oportunidade, em 1938, de realizar, para a revista de Preziosi, uma reportagem acerca dos célebres «Ordensburgen» nacionais-socialistas; porém, por detrás da mesma palavra podem esconder-se realidades muito distintas. Ainda que Himmler pudesse estar pessoalmente fascinado pelos cavaleiros teutónicos e pela memória dos «antigos germanos», a sua concepção do mundo estava nos antípodas da de Evola. As SS não foram de modo nenhum concebidas como uma «sociedade de homens», como uma «elite definida por uma solidariedade exclusivamente viril» tendente à «pessoa absoluta»: cada um dos seus membros estava destinado, pelo contrário, a fundar um lugar que se inscreveria numa «linha hereditária». Muito mais ainda do que o próprio partido nazi, as SS tinham no «materialismo biológico» o centro da sua visão do mundo. Evola provavelmente não captou em toda a sua magnitude a vontade do fascismo e do nacional-socialismo de lutar contra as ideologias que o mesmo combatia, não apenas com os meios modernos, mas também em nome de outra forma de modernidade, daí a ambiguidade da sua posição. Apreciava no fascismo aquilo que não era especificamente fascista mas sim «tradicional», acreditando ser possível «rectificar» o fascismo levando-o a abandonar o que lhe pertencia com toda a propriedade – subestimando assim a importância daquilo que, no fascismo, o fazia ser fascismo e não outra coisa. Philippe Baillet referiu-se, a propósito disto, à «sobre-estimação das potencialidades reaccionárias» do fascismo e do nacional-socialismo, «e por cuja causa [Evola] passa ao lado do que fundava propriamente ambos os regimes e lhes conferia a sua especificidade». A questão que se pode colocar era saber se o fascismo «rectificado», tal como desejava Evola, poderia de facto ter algo a ver com fascismo.

Excerto do texto "JULIUS EVOLA, REACTIONNAIRE RADICAL ET METAPHYSICIEN ENGAGE"



EXTERMINIO O CATÁSTROFE

http://www.libreriaeuropa.es/ficha.php?codart=EXT
Quien crea encontrar en este libro una obra meramente histórica se equivoca. Tampoco son unas simples memorias o un ensayo político, Se trata de una toma de postura a favor del bien, la verdad y la belleza. Y el autor cree necesario poner primeramente en evidencia lo que él considera la mayor falsedad histórica de todos los tiempos y su utilización como arma política hasta nuestros días.

Alfonso Chapa es, sin duda, un hombre valiente, como demuestra su firme decisión de publicar la otra cara de la historia en una época donde el dominio de lo “políticamente correcto” es prácticamente total. Con ello se arriesga a enfrentarse a la venganza de los intolerantes de la dictadura del pensamiento único. Es igualmente un pionero, pues pocos son todavía en España quienes se atreven a tratar esta cuestión tabú del moderno pensamiento occidental: lo que debería ser un simple tema histórico para la investigación y el debate entre los profesionales y abierto a la curiosidad de los aficionados, se ha convertido en el dogma religioso primordial del mundo Occidental, una especie de nueva religión planetaria sobre la que se basa toda la construcción política mundialista.

Es un hombre también trabajador y meticuloso que ha tenido la paciencia de leer, archivar, catalogar y analizar innumerables documentos para exponerlos con su correspondiente comentario a un público totalmente ignorante de estas cuestiones de historia que son, forzosamente, cuestiones de alta política internacional.

Sobre a Síria

Nos pedía un camarada un breve sumario acerca del conflicto sirio y, así, a bote pronto, le explicamos que:

Tiene tantas aristas e implicaciones el conflicto sirio que es complicado despacharlo en pocas líneas. Siria es por un lado un país incómodo para el NOM, pues Al Assad no entra en los canales de la finanza mundial y su país no tiene deudas con organismos como el Banco Mundial. Esto lo coloca en el punto de mira de los dirigentes, más o menos visibles, y de los esbirros de dicho Nuevo Orden Mundial (Gaddafi pagó cara su osadía de no doblar el espinazo ante el mundialismo especulador y usurocrático). Por otro lado Siria es aliada de Rusia y buena manera de debilitar al gran competidor geoestratégico de los EE. UU. es aniquilando a sus aliados. En el territorio sirio Rusia posee una base naval que le da salida al Mediterráneo... perderla supondría un gran avance para los EE.UU. en el tablero estratégico mundial.

A Israel también le interesa el derrocamiento de un Régimen político que siempre ha mostrado su hostilidad hacia Estado sionista. Si cae el Régimen sirio de paso pierde Irán otro de sus aliados en la zona. Y no debemos olvidar que Irán es otro de los países que se halla más enfrentado con Israel. Irán es, a su vez, otro de los peones rebeldes al NOM; otro de los que no entra en las redes de la usurocracia planetaria.

Así las cosas se trataba de generar artificialmente otro conflicto (al estilo de las "Primaveras árabes") por tal de acabar con el Régimen de Al Assad. Se introducen yihadistas de diferentes países que se unen a los escasos que (por razones más bien étnico-religiosas; gentes no alauitas a diferencia de lo que ocurre con el Jefe de Estado sirio) existen en el país (o que potencialmente pueden llegar a serlo), se les arma desde Occidente (M16 británico, CIA y Mossad) a través de terceros países (para no levantar excesivas sospechas; aunque en ocasiones la careta se ha caído y hemos hasta visto helicópteros estadounidenses Apache escoltando convoys del ISIS...), se les financia y se les compra el petróleo (como lo hace Israel -el principal comprador- o Turquía -tal cual realiza el hijo del Presidente Erdogan a través de la empresa petrolífera que dirige) que extraigan de las zonas que puedan llegar a controlar para que así puedan mejor autosubvencionarse.

Sobre la consecuencias del conflicto las hay múltiples, pero por no abordarlas todas comentar una:

Con la excusa de "refugiados" que huyen de la guerra, desde las altas instancias mundialistas se decide atiborrar a Europa de extraeuropeos... la agenda trazada en el viejo ya Plan Khalergi sigue en marcha: se trata de bastardizar Europa a través del mestizaje para hacerle perder los residuos de su cultura genuina, sus raíces y su identidad y hasta su misma existencia para, de esta manera, adocenarla de forma ya irremisible y amputar, así, cualquier amago de reacción que pudiera haber, en un futuro hipotético, ante el siniestro plan mundialista. Ni que decir tiene que entre los "refugiados" la mayoría son varones jóvenes y casi todos musulmanes. Muchos de ellos son integristas islamistas (tal como se ha comprobado a través de múltiples sucesos acaecidos ya en tierras europeas) que no se entiende que pudieran tener nada en contra del ISIS o Al Nusra (rama de Al Qaeda) como para tener que huir de esas tierras en conflicto. Los menos de estos "refugiados" proceden de Siria e Iraq y los más, salvando los proyihadistas, intentan entrar a Europa (procedentes de un buen nº de países) por motivos económicos (buscando el vivir de las prestaciones que ofrece el viejo continente -a costa de todos nosotros- sin tener que trabajar). Ni que decir tiene que los ricos países árabes musulmanes de la zona (Arabia Saudí y el resto de países de la Península Arábiga) no se hallan dispuestos a acoger a ninguno de sus hermanos de fe ¡...todos deben venir a Europa!

Eduard Alcántara
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